A Influência do Destreinamento na Velocidade Crítica de Nadadores.

Introdução: Na década de 90, o termo velocidade crítica (VC) foi aplicado na natação,  eferindo-se à potência crítica, que antes era utilizada no ciclismo (MACHADO et al., 2009).  a mesma década, a VC foi proposta como a máxima velocidade que um indivíduo pode  anter por um tempo indeterminado (GRECO et al., 2003). Como o limiar anaeróbio (LAn) e   VC apresentam grande correlação, fica possível afirmar que a VC também é uma forma de predizer o rendimento dos sistemas aeróbicos de um atleta. Por isso, o presente estudo  plicou testes de esforço máximo em atletas antes e após um período de destreinamento  e trinta e cinco dias e observou se esse tempo foi suficiente para gerar uma queda  ignificativa na performance individual dos atletas voluntários. Assim, partindo da correlação  ntre VC e LAn, torna-se possível mensurar o nível de destreinamento das capacidades  eróbicas através da determinação da VC.

 Métodos: Os sujeitos possuem entre 18 e 28 anos de idade, são integrantes da equipe  enatação universitária da Universidade Estadual de Campinas, e estavam treinando  egularmente em sessões de uma hora diária, cinco vezes por semana. Os testes foram  ealizados em uma piscina semi-olímpica de 25 metros de comprimento, com temperatura  ariando entre 25° e 28° Celsius. A velocidade crítica (VC) foi determinada através do  oeficiente angular da reta de regressão linear entre as distâncias percorridas (100, 200 e  00 metros) e os respectivos tempos cronometrados (t100, t200 e t400). As distâncias  oram escolhidas com base nos estudos de Machado et al. (2009). Assim sendo, foram  ealizados esforços máximos nas distâncias de 100, 200 e 400 metros, com intervalo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas entre as atividades. A comparação das médias foi feita  través do "teste t" de Student para amostras pareadas. Foi utilizado o "teste de  hapiro-Wilk" para análise de normalidade dos dados e estes apresentaram distribuição  ormal. Foi encontrada diferença significativa entre as médias de pré e pós teste, através  o software SPSS 11,0 para Windows em nível de p = 0,0165 (teste unilateral com t = 2,522   GL = 9) ou p=0,033 para teste bilateral.

Resultados: Os valores de VC obtidos apresentaram diferença significativa e estão  presentados no quadro abaixo. Valores da média dos 10 indivíduos testados juntamente  om o desvio padrão, valor máximo e valor mínimo. VC(m/s)
Média
± Desvio Padrão
MÁX.
MIN.
PRÉ
1,21264 ± 0,1525
1,5985
1,0241
PÓS
1,13272 ± 0,0821
1,2421
0,9501
Conclusões: Conclui-se que houve queda da VC pelo destreinamento e, portanto, queda na capacidade aeróbia dos atletas durante trinta e cinco dias de interrupção do treinamento.