A Influência de Diferentes Distâncias na Determinação da Velocidade Crítica em Nadadores
Por Marcus Vinicius Machado (Autor), Orival Andries Junior (Autor), Alexandre Rosas Batista (Autor), Ricardo Okada Triana (Autor), Alessandro Custodio Marques (Autor), Leandro Ricardo Altimari (Autor), Dácio Maurino Júnior (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 11, n 2, 2009. Da página 190 a 194
Resumo
O objetivo do presente estudo foi verificar a influência da utilização de diferentes combinações de distâncias sobre os valores da Velocidade Crítica (VC) e Capacidade de Trabalho Anaeróbio (CTAn). Participaram do estudo dezenove nadadores com experiência em treinamento na modalidade. A VC foi determinada através do coeficiente angular da reta de regressão linear entre a distância e o tempo obtido em cada repetição. Para a determinação da VC, foram utilizadas cinco distâncias (50, 100, 200, 400 e 800m) com intervalo de 24 horas entre elas. Posteriormente, foram feitas quatro combinações entre as distâncias: VC1 (50, 100 e 200m), VC2 (100, 200 e 400m), VC3 (200, 400 e 800m) e VC4 (50, 100, 200, 400 e 800m). O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para determinar a normalidade das amostras. Para comparações entre a VC e as diferentes combinações de tiros, utilizou-se ANOVA one way (p < 0,05). A combinação com distâncias menores (VC1) proporcionou maiores valores da VC (1,47 ± 0,13), causando com isso uma diminuição na CTAn (11,91 ± 2,61). A utilização de tiros de média e longa distância proporcionou um valor mais baixo para a VC (1,38 ± 0,10, 1,34 ± 0,09 e 1,36 ± 0,09) e maior para a CTAn (19,84 ± 6,74, 27,44 ± 6,91 e 18,43 ± 5,21) quando comparados com os tiros curtos, respectivamente para VC2, VC3 e VC4. Através dos dados obtidos, conclui-se que a distância dos tiros possui grande influência sobre os valores da VC e da CTAn, podendo com isso superestimar ou subestimar a velocidade correspondente à máxima fase estável do lactato