Resumo

: O aumento da expectativa de vida é crescente no mundo e, simultaneamente, é observada uma mudança no perfil epidemiológico marcado por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), dentre elas a Doença de Alzheimer (DA) considerada uma síndrome crônica progressiva que afeta a Capacidade Funcional (CF) e Qualidade de Vida (QV). Objetivo: Verificar a influência do Exercício Físico (EF) sobre a capacidade funcional e qualidade de vida de idosos com diagnóstico de DA. Referencial Teórico: Há evidências científicas sobre os efeitos do EF na prevenção e tratamento de muitas DCNT, dentre elas a DA. Idosos que apresentam maiores níveis de EF apresentam melhores estados cognitivos quando se comparado a sedentários, nessa perspectiva é essencial que o idoso com DA tenha um estilo de vida o mais saudável possível, estabelecendo uma rotina de EF para retardar a perda das habilidades funcionais e atividades de vida de diária. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo de revisão da literatura estruturada a partir das recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and MetaAnalyses (PRISMA). As buscas foram realizadas nas bases de dados Lilacs e PubMed, utilizando-se palavras-chave e descritores definidos através do Medical Subject Heading (MESH) e Descritores de Ciências em Saúde (DeCs). Foram incluídos estudos realizados com idosos com diagnóstico de DA submetidos a uma intervenção de Exercício Físico (EF), publicados no período de 2016 a 2021. Resultados e Discussão: Sete artigos foram incluídos nessa revisão que corresponderam aos critérios de elegibilidade, totalizando uma amostra de 330 idosos com DA leve a moderado, sendo 70,3% do sexo feminino. Foram encontrados quatro tipos diferentes de exercício: Exercícios Funcionais (57,14%), Exercícios Multicomponentes (14,28%), Exercício Aeróbico, (14,28%) e Exercício combinado a outra terapia (14,28%). De maneira geral, os estudos aplicaram sua intervenção numa frequência de duas a cinco vezes por semana, em uma zona alvo de tempo de 135 a 180 minutos semanais, demonstrando aumento no desempenho da caminhada, manutenção da funcionalidade, diminuição do risco de quedas, melhoria da força muscular através das intervenções de programas de exercícios combinados ou não. Conclusão: O EF pode ser considerado uma terapia não farmacológica para prevenção e manutenção da CF, e em consequência, melhora da QV

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