A Influência do Treinamento na Discinesia Escapular em Jogadoras de Voleibol: Um Estudo Prospectivo
Por Renato Rozenblit Soliaman (Autor), Fabrício Lisboa Azzolini (Autor), Lígia Leme (Autor), Benno Ejnisman (Autor), Alberto de Castro Pochini (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 21, n 3, 2015. Da página 206 a 300
Resumo
Introdução: No movimento de ataque, o equilíbrio do ritmo escapulotorácico exerce papel fundamental na eficiência do gesto esportivo, sendo a discinesia escapular comumente associadas a lesões específicas do ombro do arremessador. Dentre suas causas é frequentemente relatada a fadiga muscular consequente ao uso excessivo da musculatura periescapular. Objetivo: Avaliar a influência do treinamento na presença de discinesia escapular em atletas de voleibol. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, no qual foram avaliadas 12 atletas do gênero feminino praticantes de voleibol, que não possuíam cirurgias prévias nos ombros e praticavam no mínimo 10 horas de treinos semanais. Foi realizada avaliação pré e pós treino, no qual realizavam 30 min de aquecimento e 120 min de treino específico da modalidade. A discinesia escapular foi avaliada em ‘ SIM’ ou ‘ NãO ’, definida de acordo com a presença ou ausência de alterações no padrão de movimento escapulotorácico, respectivamente. Resultados: A prevalência de discinesia nesta população foi identificada em nove das doze atletas na avaliação pré-treino (75%) e após a realização do treinamento uma atleta que não apresentava inicialmente alteração evoluiu com o padrão de discinesia, resultando na prevalência acumulada de 10 atletas (83%) nesta população. Conclusão: Concluiu-se que uma única sessão de treinamento foi capaz de aumentar a prevalência de discinesia escapular em 8% (ou uma atleta) das atletas de voleibol.