Resumo

A assimetria existente entre a circunferência dos braços pode ter como uma de suas causas a dominância lateral. Portanto, o propósito deste estudo foi verificar se a preferência lateral influencia as variáveis antropométricas dos braços. Foram mensuradas a circunferência, as dobras cutâneas biciptal e triciptal e o diâmetro ósseo de ambos os braços de 82 homens (não-praticantes de exercícios físicos sistematizados) com idades entre 19 e 29 anos, utilizando-se respectivamente, fita métrica, compasso de dobras e paquímetro. A média das circunferências dos braços relaxados foi de 27,45 ± 1,85 cm para o braço dominante e de 27,11 ± 1,98 cm para o não-dominante e as circunferências dos braços contraídos foi de 30,64 ± 1,84 cm para o braço dominante e de 30,02 ± 1,91 cm para o não-dominante, ocorrendo diferenças estatisticamente significativas em ambas as variáveis. Já as médias das dobras cutâneas tanto do bíceps quanto do tríceps não apresentaram diferenças significativas (p = 0,13), uma vez que o resultado das dobras biciptais foi de 6,38 ± 2,44 mm para o braço dominante e de 6,22 ± 2,29 mm para o braço não-dominante e das dobras triciptais foi de 11,01 ± 4,18 mm para o braço dominante e de 11,23 ± 4,32 mm para o não-dominante. Finalmente as médias dos diâmetros ósseos do úmero foram de 6,63 ± 0,34 cm para o braço dominante e de 6,53 ± 0,31 cm para o não dominante sendo, portanto, significativamente diferentes. Os dados sugerem que a assimetria entre os braços tem, pelo menos, a dominância lateral como um dos fatores determinantes para sua existência.

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