Resumo

sono é um dominador poderoso. Temos controle limitado sobre a decisão, podemos adiar o sono por algum tempo, mas finalmente ele nos subjuga. Com o avançar da idade ocorrem mudanças no padrão de sono, podendo afetar qualidade de vida dos idosos, seus contatos sociais e lazer. Estudos da década de 1950 mostraram que é possível dividir o fenômeno sono em fase REM (Rapid Movement Eyes) na qual ocorrem movimentos oculares, e fase NREM (No Rapid Movement Eyes) sem esses movimentos. A fase NREM é fisiologicamente controlada pelo sistema autônomo parassimpático, dividida em quatro estágios, ocorrendo alterações graduais do nível de consciência. Estudos testando a qualidade do sono em idosos, observaram que noites de sono bem dormidas diminuem a sonolência diurna, melhorando aspectos do desempenho cognitivo como a atenção, concentração, planejamento durante as atividades básicas (higiene, alimentação, vestuário) e instrumentais (fazer compras, resolver questões financeiras). Testes neuropsicológicos medindo o desempenho cognitivo, memória visual e verbal, atenção, concentração e função executiva da memória, obtiveram um bom desempenho os idosos que apresentavam boa qualidade do sono, dormiam bem e controlavam a insônia. O sono é essencial para a reposição das energias, para a manutenção da temperatura corporal e retenção da memória do que aprendemos durante o dia. Na prática significa dizer que ter bom sono é essencial para a memória e aprendizado. Nos idosos, as queixas sobre o sono e memória tornam-se freqüentes; bem como a sonolência diurna, o déficit de atenção e concentração, a memória; necessitam de bom desempenho e funcionamento estas funções vitais para melhor qualidade de vida dos idosos. As relações entre o sono e a memória são pouco estudas, porém de suma importância para que os idosos tenham bom desempenho em suas atividades diárias e conseqüentemente uma melhor qualidade de vida.