Resumo
O objetivo deste trabalho abrangeu a prática do judô, no que se concerne a influência do seu ensino sob condições de maior ou menor rigidez disciplinar na formação do auto-conceito da criança. O desenvolvimento do auto-conceito inicia-se a partir do processamento de informações decorrentes da exploração e experimentação de eventos com os quais um indivíduo interage oportunizando ao mesmo, a percepção dos conteúdos destes eventos. A prática do judô, na sua dinâmica, fundamentos de base, representam neste estudo, uma imersão no processo de ação consciente do ser, abrindo espaço para a consciência, em dimensão de chegada ao próprio "eu". O trabalho desenvolveu-se sob forma de pesquisa de campo, em operacionalização ex post facto. A sua amostra totalizou em número de 39 crianças de 8 a 12 anos. O instrumental utilizado compreendeu dois questionários um deles baseado no SDQ I - "Self Description Questionários I, desenvolvido e testado pelo Professor Herbert Marsh, sendo o outro o próprio SDQ I mencionado. Aplicação efetuada, os dados resultantes foram estudados através de uma análise de variância, com perspectiva do teste de Tukey, para decompor as possíveis diferenças nas modalidades contidas nos dois instrumentos. Além disto, foram utilizados testes comparativos de médias através do Score T e Qui-Quadrado. Os resultados das análises e testes demonstraram que o ensino sistemático do judô, ministrado com maior ou menor rigidez disciplina, não afeta o desenvolvimento do auto-conceito da criança. Estes resultados foram interpretados em suporte à noção de que a experimentação dos conteúdos da prática de judô desperta o ser para o conhecimento, valorização e auto-estima, que se constituem em vigas mestras de suporte ao desenvolvimento do auto-conceito da criança.