A Influência de Três Diferentes Intervalos de Recuperação Entre Séries com Cargas Para 10 Repetições Máximas
Por Roberto Simão (Autor), Walace David Monteiro (Autor), Alexandre Jacometo (Autor), Carlos Tesseroli (Autor), Glauco Teixeira (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 14, n 3, 2006. Da página 37 a 44
Resumo
O objetivo do estudo foi verificar a influência de três diferentes intervalos de recuperação no desempenho da força em exercícios para grupos musculares distintos. Participaram do experimento 30 homens (31,13±9,99 anos), fisicamente ativos. Na primeira visita, os indivíduos executaram o teste de 10RM, e após 48h foram reavaliados. A aplicação do teste 10RM obedeceu a seguinte ordem: supino horizontal (SH), cadeira extensora (CE) e rosca bíceps (RB). Posteriormente, os indivíduos foram divididos em três grupos distintos (G1, G2 e G3) e foram testados em apenas um intervalo nas 4 séries em cada dia, sempre a mesma ordenação dos exercícios. Para o tratamento dos dados utilizou-se uma ANOVA de duas entradas para medidas repetidas em associação ao teste post-hoc de Tukey. Em adição, utilizou-se uma ANOVA de uma entrada para medidas repetidas, para verificar o volume total de repetições por exercício obtidos através do somatório das 4 séries em cada exercício nos três intervalos. Comparando o número de repetições dos três exercícios, todas as séries comparadas à 1ª apresentaram redução no número de repetições (p<0,05). O volume total de repetições apresentou-se maior no intervalo de recuperação de 120 segundos (p<0,05). Os dados desse estudo sugerem que intervalos de recuperação de 45, 90 e 120 s, apresentam redução do número de repetições máximas com a evolução das séries, em todos os intervalos de recuperação estudados. O volume total de repetições máximas por exercício, em todas as séries executadas, é afetado pelo tempo de recuperação.