Resumo

A prática e o universo cultural do skate são marcados por transformações históricas e sociais que podem ser identificadas através de quatro momentos: o lazer, o processo de esportivização, a transgressão cultural e a relação entre skate e educação. A relação entre skate e educação é marcada por dois tipos de análises: uma ligada à Educação Física que argumenta sobre as possibilidades educacionais do skate e, outra linha que identifica conflitos nas relações entre os skatistas e a instituição escolar. A pesquisa pretende verificar estas questões analisando o currículo de Educação Física do Ensino Médio, terceiro ano, por meio do Caderno do Professor e do Aluno da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Objetiva identificar como no currículo é concebida a prática do skate e o projeto pedagógico que o embasa assim como as potencialidades e os limites da prática do skate no espaço escolar. O recorte temporal irá de 2010 (ano em que a Proposta Curricular torna-se Currículo Oficial do Estado de São Paulo) até 2018, (ano do início desta pesquisa). Os autores que embasam a pesquisa são: Goodson (1995), Sacristán e Gomes (1998), e Apple (1989) para a discussão sobre currículo; Julia (2001) e Viñao Frago (2006) para o conceito de cultura escolar; Honorato (2004), Brandão (2006) para o debate da história e prática do skate; Boim, (2010), Almeida Neto e Ciampi (2015) e Ribeiro (2015) para a discussão do Programa São Paulo Faz Escola. A pesquisa confirmou as hipóteses de trabalho: embora presente no conteúdo curricular a prática do skate não se concretiza, pois desconsidera as condições objetivas de trabalho, a cultura escolar e os saberes docentes

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