Resumo

Neste trabalho analisa-se, recaindo no caso português, a emergência da inteligência como categoria central na produção do repertório de bens materiais e simbólicos que caracteriza a ação futebolística. Patenteando que esse processo não é alheio à guinada institucional (ou escolar) do futebol, indissociável do advento da ideologia formadora precursoramente interpretada por Carlos Queiroz e, depois, emblematizada pela Academia do Sporting, sublinham-se então dois aspectos críticos: de um lado, a gramática da inteligência não pulverizou nem sequer esbateu a economia simbólica do dom futebolístico; de outro, ela virá rearticulando de forma original (e não sem contradição e tensões) os dois modos de produção do capital futebolístico: a escola e o mercado, sem que, tanto quanto se percebe, ceda o ascendente deste sobre aquele.

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