Resumo
Este estudo tratou de verificar a intensidade de esforço, nos momentos defensivos do basquetebol, por meio da freqüência cardíaca. Foi realizado com a equipe feminina de basquetebol de Campinas que disputou, em 2001, na categoria A2, o Campeonato Paulista, organizado pela Federação Paulista de Basketball. Cinco atletas da equipe tiveram seus batimentos cardíacos monitorados por freqüencímetros, nos jogos ARA, SBC, SJC e SAN. Esses equipamentos foram ajustados para memorizar os batimentos, num intervalo de cinco segundos. Para verificar a intensidade de esforço, somente nos momentos defensivos, os jogos analisados foram filmados e também cronometrados por um "scoutista", que elaborou uma tabela de Tempo X Situação de Jogo. Assim, ao ligar os freqüencímetros, iniciava-se a filmagem e a cronometragem. Após realizar a leitura dos freqüencímetros identificou-se o batimento defensivo pelo emparceiramento do scout de situação de jogo (defesa – ataque), confirmados pela reprodução da fita do jogo. A partir disso, comparou-se as médias das freqüências cardíacas das atletas com a tabela de intensidade de esforço de Zakharov e com a freqüência cardíaca máxima calculada pela fórmula preconizada por Karvonen. A média da freqüência cardíaca da equipe, nos momentos de defesa foi de 179,115,58 batimentos por minuto, sendo maior que 169,7 batimentos por minuto, representados por 85% da freqüência cardíaca máxima da equipe (199,6bpm)(média). Essa média, com o desvio padrão de 15,58 batimentos por minuto, não permitiu que se classificasse a intensidade de esforço com precisão pela tabela de Zakharov, indicando que, durante os jogos, as atletas apresentaram esforços que oscilaram na zona III (mista) e IV (anaeróbio glicolítica). Por outro lado, pela fórmula de Karvonen, pode-se concluir que as atletas da equipe de Campinas, nos momentos defensivos, apresentaram metabolismo predominantemente anaeróbio.