A Intensidade do Exercício Afeta a Taxa de Aumento da Temperatura Cortical, Mas Não Altera o Valor Absoluto no Momento da Interrupção Voluntária do Esforço
Por Ana Cançado Kunstetter (Autor), Milene Rodrigues Malheiros Lima (Autor).
Em XIV Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Objetivo:
O objetivo do presente estudo foi avaliar a temperatura do córtex cerebral durante o exercício realizado em três diferentes intensidades até a interrupção voluntária do esforço.
Métodos:
Ratos Wistar adultos (n=8) receberam implante de uma cânula guia no córtex frontal direito, e, após se recuperarem, foram familiarizados ao exercício em esteira rolante durante 5 dias. Imediatamente antes de cada situação experimental, o termistor para medida da temperatura cortical foi inserido através da cânula guia. Os animais foram submetidos ao exercício até a interrupção voluntária do esforço em três diferentes intensidades: 18 m/min (V18), 21 m/min (V21), e 24 m/min (V24). A temperatura do córtex frontal foi medida durante o exercício. A taxa de aumento da temperatura cortical foi calculada dividindo-se a alteração na temperatura pelo tempo total de exercício (TTE). A temperatura ambiente foi mantida em 25,1 ± 0,9°C.
Resultados:
O TTE diminuiu com o aumento da intensidade do exercício (V24: 61,3 ± 12,5; V21: 150,7 ± 15,6; V18: 206,3 ± 17,4 min; p <0.001). O exercício induziu um aumento da temperatura cortical, e não foram observadas diferenças entre as três diferentes intensidades de exercício no momento da interrupção voluntária do esforço (~40,1 - 40,4°C). A taxa de aumento da temperatura cortical foi maior durante o exercício realizado a 24m/min.
Conclusão:
Em uma temperatura ambiente fixa, a intensidade do exercício influencia tanto a taxa de aumento da temperatura cortical quanto o tempo total de exercício, mas não afeta o valor absoluto de temperatura cortical no qual o exercício é interrompido.