Resumo
Dominância lateral, determinada por testes de preferência manual, pedal e visual foi investigada como um fator de eficiência em uma habilidade motora específica (potência de chute). Originado de proposições teóricas, indicando que prática e não "organização neurológica", seria a principal determinante de tal eficiência, o propósito do estudo era determinar possíveis diferenças entre indivíduos de dominância destra e de dominância destra e de dominância sinistra, no que se refere à potência de chutes, executados com as pernas direita e esquerda. Dois grupos de indivíduos (N= 20), classificados como dominantes destros e dominantes sinistros, respectivamente, foram testados nas habilidades acima descritas. Resultados da ANOVA (2X2 , grupos e tratamentos) designada para analisar os dados coletados revelaram umas superioridade do grupo dominante destro sendo F = 7.907; P<.01, no que se refere aos tratamentos, a razão resultante foi F= 10.22; P< 0.01. Testes posteriores (Newman Keuls) revelaram claras diferenças na interrelação lateral em potência de chute. Nos indivíduos destros a potência lateral destra revelou-se significativamente maior do que a potência sinistra, P < .01. Já nos indivíduos sinistros a potência lateral sinistra não se apresentou significativamente maior do que a potência lateral destra, sendo P > .05. Ao se comparar a diferença entre a potência de chute na lateralidade destra e sinistra, foi verificada também, uma diferença significativa entre os grupos, sendo P < .01. Esses resultados foram interpretados como reflexos da influência do fator prática no desempenho da habilidade testada. Isto é, indivíduos destros seriam mais estimulados, ambientalmente, nas suas competências neurológicas determinadas geneticamente, do que os indivíduos s