Resumo
~~Resumo
Procura-se estabelecer quais os primeiros “sports” praticados em Maranhão, desde o final do século XIX e início do século XX. Muito embora tenha-se encontrado a prática uma forma primitiva de tênis (jogo da pella) e do bilhar desde os anos 1820, e a educação física desde os 1840, inclusive para o sexo feminino, alguns autores trazem como sendo a capoeira o primeiro esporte praticado em São Luís. Seguiu-se o turfe, o remo, o ciclismo, o tiro ao alvo, o tênis, o tênis de mesa, o "foot-ball association", o "cricket", o "crockt", o atletismo...
Abstract
It’s set up that the first sport practiced in Maranhão since the end of the XIX century and the begining og the XX century. Although it was found such a primitve form of practicing tennis (jogo da pella) and billuiards since 1820, and the phisuc education since 1840, inclouding the females, some others used to bring capoeira as the firts sport practiced in São Luís followed by tyrfe, scull, ciclying, shootig, tennis, table-tennis, “foot-ball association” (soccer), cricket, crocket, and track and field (athletics).
Integra
~~INTRODUÇÃO
A fundação dos primeiros clubes para a prática esportiva data de 1881, quando é fundado o Horses Racing Club – depois Racing Clube Maranhense -, pelo irlandês Septimus Summer, situando-se no antigo Campo do Ourique (hoje, Praça Deodoro) – para a prática do turfe, ou hipodrismo, segundo Martins (1989) -, subsistindo até o final daquele primeiro ano de funcionamento; ainda em 1881, Alexandre Rayol, Saturnino Bello, Campêlo França, e Raimundo Veiga estão à frente de um clube recreativo, cujo objetivo principal era realizar passeios, pic-nics, e banhos de mar.
No ano de 1893, é fundado o Prado Maranhense, por Virgílio Cantanhede e localizava-se no João Paulo, também para a prática de corridas a cavalo.
Em 1900, são fundados diversos clubes esportivos, como o Clube de Regatas Maranhense, por Manoel Moreira Nina; a União Velocipédica Maranhense, situada no Tívoli (Remédios), para a prática do ciclismo... Esses clubes, como tantos outros, tiveram vida efêmera, mesmo movimento que vai se suceder nas décadas seguintes, surgindo novas agremiações para logo em seguida, encerrar suas atividades.
Como aconteceu com o turfe, que após esses primeiros anos só é retomado na década de 50, por Amélio Smith, no Gangan; ou o ciclismo, que retorna em 1929, quando Zairi Moreira, Carlos Cunha e Mendonça Gonçalves fundam o Velo Clube, para logo a seguir, surgir o Ciclo Moto Clube de São Luís, incluindo-se as corridas de motocicletas, em seus programas esportivos.
Em dezembro de 1904, surge o Clube Euterpe Maranhense, a princípio um clube social e literário, para, em 1907, com a fundação do Fabril Athetic Club – clube esportivo e social – passar também à prática esportiva. O Euterpe tinha sua sede na rua 7 de Setembro, onde era a casa do Comendador Leite (pai de Benedito Leite, mais tarde sede de O Imparcial, hoje abandonado e em ruínas ...). Além de passeios embarcados, havia o jogo de bilhar e danças em sua sede, quando em 1907, adquirem um terreno no Parque 15 de Novembro, esquina com a Travessa Independência, para as práticas esportivas, dentre elas, o Tênis e o Tiro ao Alvo. Ao encerrar suas atividades em 31 de dezembro de 1910, seus sócios fundam o Casino Maranhense (1911).
Em 1905, Nhozinho Santos retorna da Europa, e, acostumado à prática de esportes, traz em sua bagagem diversos apetrechos, e reúne os jovens da elite maranhense, comerciantes ingleses, alguns empregados do comércio, também ingleses, para dar início à prática de diversas modalidades esportivas, terminando por fundar o seu clube, nas dependências da Fábrica Santa Isabel, na Quinta do Lapemberg, (hoje, o espaço compreendido no prédio do antigo SESI (Procuradoria Pública) e o Canto da Fabril). Assim, em 27 de outubro de 1907, o clube é inaugurado.
Daí, surgem outros clubes, como o Maranhense Foot-Ball Club, fundado em novembro de 1908, por rapazes empregados do comércio, com sede na rua São João, 60.
Em 1910, o esporte em Maranhão – diga-se, o FAC (Fabril Athetic Club) - experimenta uma de suas inúmeras crises, surgidas com o descontentamento de alguns associados por causa de problemas financeiros, não só da Fábrica Santa Isabel - de propriedade da família de Nhozinho Santos -, mas por falta de pagamento de mensalidades por parte dos associados - da maioria, segundo MARTINS (1989) . Das propostas apresentadas, 13 associados não concordaram, pedindo sua eliminação. Pensavam na formação de uma outra agremiação, mais popular, aberta, mais democrática.
Fundam o ONZE MARANHENSE, que, além do futebol, desenvolveu outras atividades esportivas: tênis, crocket, basquetebol, bilhar, boliche, ping-pong (tênis de Mesa), xadrez, e a luta livre, introduzida por Álvaro Martins.
É ainda em 1910, que Miguel Hoerhan começa a prestar à mocidade ludovicence seus serviços como professor de Educação Física da Escola Normal, Escola Modelo, Liceu Maranhense, Instituto Rosa Nina, e em diversas escolas estaduais e municipais. Funda o Club Ginástico Maranhense.
É nesse período que surge nesse cenário o vice-cônsul inglês no Maranhão, Mr. Charles Clissold, um grande amante dos esportes. Junta-se aos dirigentes do FAC, incentivando a prática de vários esportes. Muitos jovens tinham feitos suas inscrições, com o clube revivendo seus grandes dias e sendo oferecidas várias modalidades, como salto em altura simples, com vara, distância; corridas de velocidade, de resistência, com obstáculos; lançamento de peso, de disco, do martelo; placekick (pontapé na bola, colocando-a na maior distância); cricket; crockt ; ping-pong (Tênis de mesa); bilhar; luta de tração, etc. Mas esse clube estava aberto apenas para os filhos da aristocracia maranhense.
A população, de um modo geral, não participava dessas atividades. Gentil Silva não concordava com a elitização do clube e sai do FAC, junto com um grupo de outros dissidentes, que comungavam do mesmo pensamento:
"foi, sem qualquer sombra de dúvida, Gentil Silva o responsável pela popularização do futebol em terra maranhense, no momento que, deixando as hostes do FAC, achou oportuno desenvolver a prática do apreciado esporte aos olhos do povo, num campo que, de princípio não possuía cercas". (MARTINS, 1989, p. 332)
Nhozinho Santos consegue a inscrição de "seu" clube na Confederação Brasileira de Tiro (1908), ao mesmo tempo que implanta o "jiu-jitsu", com um grande número de adeptos. Ao que parece, essa modalidade foi introduzida por Aluísio Azevedo, pois fora cônsul no Japão por quase três anos e deve Ter aprendido essa arte marcial, assim como a jogar tênis e futebol, quando de sua estadia na Inglaterra.
Nova crise, desta vez em 1915, pelos mesmos motivos, atingindo não só o FAC, como o Onze Maranhense. O futebol – introduzido oficialmente em 1907, mas praticado desde 1905 – está em crise. Nesse, há uma tentativa de reabilitação por parte de jovens estudantes, alunos do Liceu Maranhense, dos Maristas e do Instituto Maranhense. São criados vários clubes, como o Brasil Futebol Clube, São Luís Futebol Clube, Maranhão Esporte Clube (1916), Aliança Futebol Clube, e Gentil Silva fundada um novo clube, o Guarani Esporte Clube.
O FAC é reativado, mas com o nome de Foot-ball Athetic Club, para manter a sigla – anos mais tarde, outro clube se utilizará dessa sigla, o Ferroviário Atlético Clube -. Gentil Silva reativa o seu Onze Maranhense, no Parque 15 de Novembro, na Av. Beira Mar, próximo do Beco do Silva (hoje, Casino Maranhense). O Brasil F. Clube tem sua sede junto ao Gasômetro (Mercado Central); surgem o Vasco da Gama E. Clube, o Santiago E. Clube, o Fênix F. Clube.
De uma dissidência do FAC e do Maranhense Futebol Clube, surge o Esporte Clube Luso Brasileiro, nesse ano de 1915. No ano seguinte – 1916 – em 16 de maio, é fundada a Liga Esportiva Maranhense, para disciplinar a transferências de jogadores de futebol, editando-se o Código de Transferência de Jogadores. É fundado o São Cristóvão Futebol clube, por Carlos Mendes; o FAC amplia a oferta de esportes, introduzindo o Basquetebol, o Boliche e continua a prática do futebol, do tênis, do tênis de mesa, do crockt, do críckt, do bilhar e dos atletismo (jogos olímpicos). A 21 de março, os Professores Atimathea Cisne e Oscar Barroso fundam o Maranhão Esporte Clube e, em 23 de setembro desse ano, o FAC enfrenta os tripulantes do navio “Benjamin Constant” em um jogo de futebol. No Anil, surgem o Timbira e o Ubirajara.
Após sofrer algumas derrotas frente ao Clube do Remo, o FAC começa a importação de jogadores (1917), contratando o goleiro Corinto. Em 10 de abril, é criada a Liga Maranhense de Futebol, sendo sua diretoria composta pelo Capitão-Tenente Artur Rego Meireles (Presidente), tendo como seu Vice Joaquim Moreira Alves dos Santos (Nhozinho Santos) e Secretários, Gentil Silva e João Belfort, e como Tesoureiro Jonas Hersen. Surgem o Clube do Muque, para a prática do remo, e o Tiro Maranhense, além do Centro de Cultura Física Maranhense, com sede na Rua Grande, 132. No Anil, é fundado o Anilense Futebol Clube.
No ano de 1918, vamos encontrar a prática do bilhar no Bar Carioca, destacando-se no taco Sarmento e Paraíso. Esses esportistas, para melhorar suas performances, praticavam halteres, remo, e ginástica.
No FAC, as mulheres principiam a praticar esportes, participando de jogos de Tênis e Crockt. As quadras de tênis, os campos de cricket e crickt e de boliche recebem iluminação elétrica, passando-se a realizar jogos à noite. É introduzido o Ciclismo e as corridas rústicas. No Luso, pratica-se ginástica e é criada uma escola de aviação.
Em 1919, no dia 25 de agosto, os diversos representantes dos clubes entram em um acordo, unindo as diretorias das duas ligas – a de Esportes e a de Futebol, criando-se a Confederação Maranhense de Desportos:
CLUBES REPRESENTANTES
Atenas Benedito Ciríaco
Colombo Pedro Mendes
FAC Alcindo Oliveira
Nacional João Krubusly
Baluarte Francisco Furiato
Marcílio Dias Tent. Dias Vieira
Hércules Humberto Fonseca
Espartano Tancredo Matos
Mignon Eliude de Sousa Marques
São Cristovão Almir valente
América Herman Belo
Barroso Nilton Aranha
União Antenor Rodrigues da Mota
CRICKET e CROCKT
Nhozinho Santos, quando de seu regresso da Inglaterra, em 1905, trouxe em sua bagagem apetrechos para a prática de várias modalidades esportivas, por ele implantada em Maranhão . Dentre elas, o "cricket", e o "crockt".
O "cricket" era um esporte muito popular na Inglaterra, e já era conhecido no Brasil, promovido que era pelo Rio Cricket Club. No Maranhão, quando da fundação do Fabril Athletic Club, foi construído um campo, sendo praticado por Nhozinho e seus amigos da colônia britânica, aqui domiciliados. Ao que consta, sua prática não ultrapassou as cercas do FAC.
Como aconteceu com as outras modalidades implantadas no Fabril, haviam duas equipes constituídas, a "Black and White" e a "Red and White", observando-se que além dos ingleses residentes na Ilha, a jovem elite maranhense - muitos deles educados na Europa, Inglaterra em particular -, também aderiam à essa prática esportiva. O quadro do "Black and White" contava com João Mário Almeida, João B. Moraes Rego Júnior, Edmundo Fernandes, Antônio Vieira, Manoel Lopes, Eduardo Simas, Joaquim Ferreira Belchior, Gracho Costa Rodrigues, Waldemir Reis e Francklin Machado, além dos ingleses John Shipton e Jasper Moon; já o "Red and White" tinha em suas fileiras Manoel M. Neves Filho, Acrísio Lobão, Antônio Soeiro, José Alves dos Santos, Alcindo Oliveira, Antero Novaes, Izidoro Aguiar, Manoel Alves dos Santos, Carlos Neves, Wilson Araújo e Alfredo Lima, além do inglês T. H. Downey.
Em 1910, o campo de "cricket" do FAC tinha sido reformado, para propiciar melhores condições de jogo, sendo reinaugurado em 23 de janeiro, com uma partida em que foram reunidos dez associados: T.H. Downey, J. Almeida, H. Aranha, Charles Clissold, C. Costa, J. Mário, J. Ribeiro, J. Santos Sobrinho, J. Cruz, E. Silva, J. santos e E. Fernandes. O torneio terminou somente em 13 de fevereiro, com as disputas travadas entre C. Costa e J. Mário.
Funda-se o ONZE MARANHENSE que, além do futebol, desenvolveu outras atividades esportivas: tênis, crocket, basquetebol, bilhar, boliche, ping-pong (tênis de Mesa) e o xadrez.
Em 1918, os campos de cricket e crickt do FAC recebem iluminação elétrica, passando-se a realizar jogos à noite. As mulheres principiam a praticar esportes, participando de jogos de Tênis e Crockt
TÊNIS DE MESA
Fundado em 1904, o Clube Euterpe passou a difundir várias atividades esportivas, como o "tiro ao alvo", e o tênis de mesa (ping-pong), etc. Em 31 de dezembro de 1910, ao fechar suas portas, seus antigos associados fundam, em seguida, o Casino Maranhense (1911), que continuou com a promoção de festas dançantes, palestras e as competições de bilhar e do tênis de mesa (ping-pong).
O Fabril Athetic Club – FAC, fundado em 1907 - também tinha entre as modalidades esportivas introduzidas em Maranhão, o Tênis de Mesa.
Um grupo de dissidentes desse clube funda o ONZE MARANHENSE que, além do futebol, desenvolveu dentre outras atividades o ping-pong (tênis de Mesa). Praticava-se também o xadrez.
TIRO
Garcia de Abranches - o Censor -, nas primeiras décadas do século XIX, gostava de praticar o tiro. Quando em fins de semana passados em seu sítio, costumava sair à caça e , quando imaginava dar uma batida às pacas, pouco se importava do sol e da chuva: não regressava à casa antes de trazer as vítimas visadas .
Seu filho, Frederico Magno de Abranches - o Fidalgote - era
“... Atirador emético e adestrado nos jogos atléticos, alto, magro e ágil, trepava como um símio até os galhos mais finos das árvores para apanhar uma fruta cobiçada pelas jovens ali presentes. Encantava-as também a precisão dos seus tiros ao alvo...” (DUNSHE DE ABRANCHES, 1970, p. 28)
O Clube Euterpe – primeiro clube social e esportivo fundado em São Luís, no ano de 1904, e extinto em 31 de dezembro de 1910 - passou a difundir, dentre outras atividades esportivas, o "tiro ao alvo". O Casino Maranhense – seu sucessor, fundado em 1911 -, continuou com a promoção das festas dançantes, das palestras e das competições esportivas.
Em 1908, o Fabril Athletic Clube – fundado um ano antes, como clube esportivo -, em uma das reformas de seus estatutos, incluí o manejo de armas - prática do tiro - entre suas atividades, com o fim de prestar um serviço às juventude, valendo-se da Lei do Sorteio Militar.
Com a ajuda do então tenente Luso Torres, foi fundada uma seção de Instrução Militar, a fim de preparar os sócios que nela quisesse tomar parte e gozar dos favores da referida lei.
Já o Tiro Maranhense (1909), talvez para se beneficiar dessa Lei e livrar os jovens da elite maranhense da instrução militar, informava que já chegava a 120 o número de pessoas inscritas naquela Sociedade. Em 10 de abril é anunciada a posse da diretoria, na Câmara Municipal. (O MARANHÃO, sábbado, 03 de abril de 1909).
Os grandes atiradores do passado
ANTONIO MARIA ZACHARIAS BEZERRA DE ARAÚJO – PROF. DIMAS
“Do Tiro ao Alvo ao Pentatlo Militar – “Disputei o Campeonato das Forças Armadas, de tiro rápido de pistola, foi em segundo lugar, da 1ª Região Militar, mas de todas as Forças Armadas; o campeão foi até um sargento da Aeronáutica; só que ele atirava com uma arma especial para tiro, e eu fiz meu tiro com uma pistola do dia a dia, de fazer patrulha, que se dava patrulha, aquelas pistolas, Colt 45, e mesmo assim eu ainda fui segundo lugar, isso eu acredito que tenha sido uma habilidade nata que eu não tinha esses amores por arma, não tinha hábito de atirar, só usava estilingue na fazenda, só baladeira; mas a prova é que depois novamente eu me submeti a uma prova de tiro no Pentatlo Moderno; uma das provas é tiro rápido de pistola e eu me sair bem em tiro não sei nem porque, eu não tinha hábito de atirar e nem tenho, nem arma eu uso.” (DIMAS, entrevistas) .
BASQUETEBOL
A Federação Maranhense de Basquetebol foi fundada em 1958, tendo RONALD DA SILVA CARVALHO como um de seus fundadores. Ronald foi um exímio jogador de Basquete - esporte que praticava desde 1939; fundou, ainda a Associação Atlética do curso de Direito (1951), base para a Federação Atlética Maranhense de Esportes - FAME .
Mas a primeira referência que se tem da prática do Basquetebol em São Luís deve-se ao jornalista Dejard Martins (1989), quando fala sobre a fundação do “ONZE MARANHENSE”, em 1910, de uma dissidência do FAC. Nesse novel clube, além do futebol, desenvolveu-se além do Basquetebol, outras atividades esportivas, como o tênis, crocket, bilhar, boliche, ping-pong (tênis de Mesa) e o xadrez:
“A efetiva existência do ‘Onze Maranhense Foot-ball Club’ serviu para despertar o nosso futebol, porque firmar-se-ia a rivalidade entre os dois clubes. Novas dissidências entre o FAC e o próprio Maranhense, viria mais tarde formar o ‘ESPORTE CLUBE LUSO-BRASILEIRO’".
O FAC amplia a oferta de esportes , em 1916, introduzindo o Basquetebol e o Boliche e continua a prática do futebol, do tênis, do tênis de mesa, do crockt, do críckt, do bilhar e dos atletismo (jogos olímpicos)
É provável que na década de 20 o Basquetebol ainda fosse praticado em São Luís; certamente, na de 30 o era, pois SIMÃO FÉLIX - maranhense de Grajaú, onde nasceu em 3 de maio de 1908 -, um dos um dos grandes atletas do passado, praticava, além futebol, basquetebol, voleibol, motociclismo, natação, remo, e muitas outras modalidades.
Simão veio para São Luís em 1915, quando tinha 7 anos de idade, localizando-se na Rua da Palma. Como faltava um guardião para o time da Montanha Russa e Simão, que era bamba no basquete e volei; era encarregado de guarnecer a cidadela do Sírio; e quando não quis mais jogar como goleiro, continuou apenas com a prática da bola-ao-cesto, bola ao ar (volei ?), atletismo, motociclismo, tênis, remo e outros esportes. Deixou de praticar o basquete e o volei em 1947, quando figurou na equipe do Pif-Paf, num campeonato interno organizado pelo Moto Clube.
Outro nome que lembra-nos a glória do esporte maranhense em nosso passado, foi VALÉRIO MONTEIRO, nascido em Alcântara no dia 1º de abril de 1901. Aos 6 anos veio para a capital, morando numa vivenda à rua Jacinto Maia, defronte ao antigo Gasômetro, dando suas fugidas para as peladas da Praia do Caju, onde existia, na época, uma verdadeira escola de futebol - a "Universidade Futebolística da Praia do Caju". Após um grande período em que o futebol maranhense viveu em abandono, Valério aparece no Sírio como diretor, jogador de futebol e astro do basquete e volei .
Em 1932, é criado o GREMIO “8 DE MAIO”, por estudantes do Liceu Maranhense, liderados por Tarcísio Tupinambá Gomes. Como entidade representativa dos estudantes junto à direção do Liceu, foi um fracasso, por falta de interesse da rapaziada, que só queria se divertir.
Mas os outros fundadores, dentre eles Paulino Rodrigues De Carvalho Neto e Dílio Carvalho Lima resolveram levar o Grêmio para o esporte, com o intuito de jogar Voleibol, pois as opções de esportes para os jovens da época eram, além do futebol, o voleibol. O pessoal do “8 de Maio” também se envolvia com o Basquetebol.
O grupo representou o Maranhão em um Campeonato Brasileiro de Basquete disputado em Belém do Pará em 1938; viajaram de navio. Paulino largou tudo em 1942, deixando o Grêmio “8 de Maio” para a nova geração, liderada por Rubem Goulart e Zé Rosa...
RUBEM TEIXEIRA GOULART nasceu em Guimarães, no ano de 1920. Foi considerado um dos melhores jogadores de Basquetebol do Maranhão; praticava também o Voleibol, o Atletismo, o Pugilismo. Um dos pioneiros da Educação Física, ingressou na Escola Nacional de Educação Física no início dos anos '40, junto com José Rosa, Rinaldi Maia e Valdir Alves.
Ao regressar ao Maranhão, foi contratado como professor da Escola Técnica Federal do Maranhão, hoje, CEFET-MA. Além de Educação Física, foi um dos pioneiros do ensino da natação, dando aulas no Clube Jaguarema, Grêmio Lítero-Recreativo Português, Casino Maranhense. Em 1953, submeteu-se ao vestibular para o curso de Direito, participando do esporte universitário nas modalidades de Basquetebol, Voleibol e Atletismo, representando o Maranhão nos Jogos Universitários Brasileiros - JUB's. Foi professor do Colégio Batista Daniel de LaTouche; administrador do Ginásio Charles Moritz, do SESC; e diretor do Departamento de Educação Física do Município de São Luís.
Sobre JOSÉ ROSA, pouco se sabe, a não ser que foi um dos pioneiros do esporte e aparece em todos os depoimentos, seja como jogador, professor e incentivador, sobretudo do basquete, ao lado de Rubem e Ronald. Um de seus alunos no Liceu, Aldemir Carvalho de Mesquita – um dos maiores goleiro de Futsal, e de Futebol -, lembra do Professor José Rosa, com quem aprendeu a gostar da educação física:
" ... o prof. Zé Rosa, que foi o diretor de Liceu, e uns dos professores de educação física. Esse foi um dos incentivadores. Quando eu era garoto - 9, 10 anos -, mas eu ouvia falar muito do prof. Zé Rosa - era treinador de basquete daqui dentro de São Luís, no Liceu, Colégio São Luís e era professor de Historia -, foi um dos que foram daquela turma da década de 40, que foi junto com o prof. Braga, [Rinaldi] Maia ...
“No basquete, todo mundo sabia, pelo menos quando cheguei do interior 9, 10 anos, era o Rubem Goulart. Todo mundo sabia a paixão que o prof. Braga tinha pelo boxe. No basquete falava muito bem do prof. Zé Rosa... (MESQUITA, Aldemir Carvalho de. Entrevistas).
Outro grande astro dos esportes e incentivador do basquete em São Luís – ao lado de Rubem Goulart, Ronald Carvalho e Raul Guterres e que pertencia ao time dos “erres” - foi RINALDI LASSALVIA LAULETA MAIA.
Nascido em São Luís do Maranhão no dia 05 de fevereiro de 1914, filho de Vicente de Deus Saraiva Maia e de Júlia Lauleta Maia. Iniciou sua carreira esportiva como crack de futebol, no América - clube formado por garotos do 2º ano do ginásio, e que praticava o "futebol com os pés descalços". Em 1939, o jovem atleta já era jogador do Liceu Maranhense, sagrando-se bi-campeão estudantil invicto, nos anos de 1941 e 1942. Apesar de jogar no Liceu, Rinaldi figurava em quadros da 1ª divisão da Federação Maranhense de Desportos - FMD -, primeiramente no Vera Cruz (o clube que nunca perdeu no primeiro tempo...), onde fez "misérias" ao lado de Sarapó, Jenipapo, Cícero, Sales, etc. Depois, figurou na equipe do Sampaio Corrêa. No "Bolívia", Rinaldi foi elemento destacado, muito embora jogasse ao lado de um Domingão. Foi considerado "O Menino de Ouro" da "Bolívia".
Em 1941, Rinaldi começa a praticar o Basquetebol, tendo ao lado Gontran Brenha e Eurípedes Chaves e outros, defendendo as cores do Vera Cruz. Nessa época, não havia campeonatos de bola-ao-cesto, contudo, era público e notório que o Vera Cruz era o campeão da cidade.
O grêmio do saudoso Gontran apenas tinha como adversário perigoso o quadro do "Oito de Maio". Nas disputas de Volei levava sempre a pior, porém, vencia todos os encontros de bola-ao-cesto. O Vera Cruz era um campeão autêntico...
O melhor ano do esporte para Rinaldi foi 1942. Nessa temporada o jovem atleta conquistou nada menos de três títulos sugestivos: campeão invicto de futebol pelo Sampaio Corrêa; campeão invicto de futebol, pelo Liceu Maranhense; e campeão de basquetebol, pelo Vera Cruz. Em 1943, coberto de louros, Rinaldi embarcou para o Rio de Janeiro, a fim de cursar a Escola Nacional de Educação Física. Voltou a São Luís em 1945. Muita gente julgou que Rinaldi ainda fosse um crack da esfera. Contudo, mero engano! O jovem atleta apenas apareceu em campo, no dia de seu desembarque, para satisfazer o pedido de amigos, mas fez ver que havia abandonado o futebol em definitivo. Seu esporte predileto passa a ser a bola-ao-cesto. Em 1946, Rinaldi figurava na equipe de basquetebol do Moto, sagrando-se campeão do "Torneio Moto Clube".
Quando da visita do "five" rubro-negro a Belém, Rinaldi teve oportunidade de brilhar na capital guajarina e colaborou naquela magnífica campanha dos motenses.
Em 1947, Rinaldi tomou outra decisão. Deixou o Moto Clube e tratou de reorganizar o Vera Cruz, seu antigo clube. O seu sonho foi realizado, uma vez que o Vera reapareceu e em 1947 figurava na liderança do campeonato de basquetebol da cidade. E Rinaldi era figura destacada no grêmio cruzmaltense. Atuava na guarda, onde se destacava, juntamente com o professor Luiz Braga, outra grande figura do basquete maranhense. Cabe ressaltar que o Vera Cruz foi campeão naquele ano.
Em 1939, Cesar Aboud recebe convite do capitão Vítor Santos para dirigir o Moto Clube de São Luís (fundado em 1932) uma de suas maiores paixões, tendo sido seu presidente por 15 anos. Procedeu à mudanças no clube, começando pela camisa, que mudou a cor, de verde e branca para vermelha e preta por causa do Flamengo. Reestruturou o clube, ampliou o quadro associativo, criou os departamento de Voleibol, e Basquetebol .
Em 10 de setembro de 1947, com o título "um clube que honra o patrimônio esportivo de nosso estado" é anunciado o 10º aniversário do glorioso Moto Clube, o poderoso rubro-negro de Santa Izabel. O garboso Moto Clube, por ocasião de seu 10º aniversario - 13 de setembro - estava passando por uma crise em seu departamento de futebol, por falta de ... técnico.
No relatório da diretoria, César Aboud prestava contas de sua gestão iniciada em 14 de setembro de 1944, e falava que as exigências técnicas, cada vez mais prementes, fizeram com que o clube abraçasse o profissionalismo, investindo soma apreciável na aquisição de atletas, mas os resultados foram compensadores - foram conquistados três campeonatos de futebol - 44, 45 e 46. No basquetebol, também fora campeão em 46 e vice no Voleibol. No Atletismo, o Moto participou de algumas provas, destacando-se a Corrida de São Silvestre, tendo conseguido o primeiro lugar, por equipes .
Mas não era só em São Luís que o Basquetebol era praticado. Em algumas cidades do interior é introduzido por Eurípedes Bezerra . Em sua passagem como delegado de Brejo (1948), é objeto de notícia pelo jornal "O Esporte", que anuncia que ele, Eurípedes, pretendia continuar seu trabalho com os esportes:
"Além de bons quadros de futebol e de basquete pretende desenvolver outras modalidades de esporte, porém não participará do torneio intermunicipal".
Na década de 50, surge uma geração de jovens – a qual estou designando como a “geração de 53” - que aprendem esportes com a geração anterior, a dos “erres” – Rubem, Ronald, Zé Rosa, Rinaldi, a qual vai se juntar, depois Raul Guterrez - constituída pelo grandes nomes do Basquetebol maranhense, de todos os tempos. Um desses jovens, Cláudio Vaz dos Santos – o Alemão – fala de sua iniciação nos esportes:
“Nós tivemos uma quadra, onde eu pratiquei basquete, foi no "8 de Maio", atrás do Cassino Maranhense; hoje... ali era um matagal, o 8 de Maio, comandado por Rubem Goulart, era o time dos “ erres”..., Rubem, Ronald, Raul Guterres ...
“... Rubem Goulart, que foi o líder; praticava o Paulinho Carvalho, Zeca Carvalho, e foi onde eu comecei a praticar vôlei e basquete. Essa quadra era do “8 de Maio”, atrás do fundo do Casino Maranhense hoje...” (VAZ DOS SANTOS, Cláudio. Entrevistas).
O Prof. Dimas – como é mais conhecido Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo – chegou a jogar Basquetebol em um outro clube, tradicional, o Moto Clube de São Luís, também na década de 50, disputando o Campeonato Brasileiro de 1956; lembra de outros clubes famosos e seus atletas:
"Nessa mesma época eu jogava Basquetebol pelo Moto Clube; Quando eu retornei, passei a jogar Basquetebol, pelo Moto Clube, no [Campo do] Santa Isabel, tanto que ai nós fomos disputar um campeonato em 54 ...55 e em 56 eu fui seleção maranhense para disputar o Brasileiro em Recife, eu, Rubem Goulart; Antônio Bento; Vieirão, Major Vieira; Bebeto [Carlos Alberto Barateiro da Costa], também da Policia; Willame Najas, filho Titico ... Então nós fomos Seleção Maranhense em 56; disputamos Campeonato Brasileiro em Recife...
"Nessa época, Mauro Fecury era Juvenil, quando eu jogava basquetebol, depois ele já teve um destaque muito grande e ele, Miguel Fecury - o irmão dele -, eles, pode se dizer, que foram os meus juvenis, os aspirantes...
"nós disputamos o campeonato - era Moto Clube, o time que eu jogava -, era o Vera Cruz, o Oito de Maio - que era de Rubem Goulart -, o General Severiano [Sampaio], que era do Exército; Tiradentes, que era o time Militar [Polícia Militar], e os Milionários, dos jovens – Alemão [Cláudio Vaz] e Poé, esta turma nova, Jesus Itapary, esta turma.... do Liceu, do São Luís, basicamente, o Liceu, São Luís e Maristas.., foi essa turma que nos acompanhou, que acompanhou os adultos que já jogavam, que era Os Milionários..". (DIMAS, entrevistas).
Cláudio Vaz, em suas rememorações, lembra quando foi fundado o time dos Milionários (1953):
"O Milionários... nós fomos participar de volei e basquetebol, sábado à tarde no Colégio São Luís, e na quadre coberta que tinha no Liceu, onde jogava o Milionário, o Colégio São Luiz, jogava 08 de Maio; nós jogávamos na quadra do Colégio São Luiz, não sei se ainda existe a quadra lá... assim que nós jogávamos à tarde e jogávamos o Campeonato Maranhense de Basquete, já no Santa Isabel, que era a única quadra iluminada que tinha em São Luís; o Estádio de Santa Isabel, que hoje é a Igreja Universal, ficava ali no fundo, essa quadra... foi onde nós praticamos em grupo, nós nos unimos a ele, era os Milionários e era um contracenso; não tínhamos um tostão, mas como tinha aquele time os Milionários, e nós tivemos a idéia de fazer nossa equipagem, nós saímos da Praia Grande, pedindo dinheiro no comércio da Praia Grande. Na rua Portugal, a gente chegava e vendia os nossos ingressos, mandava fazer ingresso de jogo, quando dinheiro arrecadava, mandava fazer nossa equipagem de jogo...". (VAZ DOS SANTOS, Cláudio. Entrevista).
Para Dimas, nos anos de 55, 56, São Luís tinha um Basquete muito bom, Rubem Goulart, Ronald Carvalho, Fabiano, Cláudio Alemão, aquele pessoal do Oito de Maio, dos Milionários:
“... mas só adulto, a nível de colégio mesmo, não tinha nada, só de adulto, porque esses adultos já vinham... terminado o Colégio e continuaram em faculdade, em clubes, em quartéis; muitos serviram o Exército - eram as experiências vindas de fora, não era como hoje que os esportes do Maranhão vem tudo do colégio -, naquela época não, está o inverso hoje... (DIMAS, entrevistas).
A melhor fase do Basquetebol no Maranhão ocorreu nos anos 50 até meados dos anos 60. Era admirável como jogavam Rubem Goulart; Raimundinho Vieira da Silva; Ronald da Silva Carvalho; Raul Guterrez; os irmãos Mauro e Miguel Fecury; Fabiano Vieira da Silva (filho de Raimundinho); Canhotinho (João Carlos de Sousa Martins); Zé Reinado Tavares ... dentre estes ainda se destacava o ala CANDIDO AUGUSTO MEDEIROS. Aluno do Liceu Maranhense – ingressou aos 12 anos, no ginásio -, lembra que lá pelo início dos anos 60, passou a ter aulas de educação física com o Professor José Rosa.
Fanático por Basquetebol, após ver no cinema - Éden - os jogos dos Globen-Trotters (time americano do Harlen, bairro da cidade de Nova Iorque, que se exibia pelo mundo) e, ao que parece, serviu de inspiração para muitos daqueles jovens que se iniciavam no esporte, em especial, o Basquete, naquelas décadas de 50-60:
"... nas aulas de educação física do professor Zé Rosa era dado um jogo que tinha muito de basquete e futebol americano. O aluno pegava a bola e, sem batê-la no chão, corria em direção ao aro de basquete e arremessava, tentando encestá-la. Eu, no entanto, já queria jogar de verdade, segundo as regras oficiais do Basquetebol...". (em entrevista a BIGUÁ e BIGUÁ, 1998).
Em 1949, o Campeonato Estadual de Basquetebol estava sendo disputado na quadra do Liceu entre os grupos do Grêmio “8 de Maio”, Moto Clube de São Luís, Vera Cruz (de Rinaldi Maia) e o Nacional. Cândido se apaixonou pelo “8 de Maio”, em que jogavam Zé Rosa (seu professor); Walter; Raul Guterrez; Rubem Goulart; e Ronald Carvalho.
Aos 15 anos (1952), começa a jogar oficialmente Basquetebol como ala. Em 1953, é organizado um Campeonato Juvenil, e Cândido participou jogando pelo Moto Clube – Cândido, Dilson Lago, Roberto Oliveira, João Botão, Paraibano, Benjamim, Coqueiro, e Bandeira -; só perderam para “Os Milionários”, que contava com Mauro e Miguel Fecury, Alcy, Poé (Palmério César Maciel de Campos); Canhotinho (João Carlos de Sousa Martins). Quando os dois times se enfrentavam, era uma verdadeira guerra entre Mauro Fecury (14 anos, 1,84 metros de altura), dos Milionários; e Dilson Lago, (15 anos, 1,84 m), do Moto Clube.
Os campeonatos eram disputados em uma quadra de cimento, do Moto, no Estádio Santa Isabel ; usavam uma bola de couro. Nesses jogos, havia grande afluência de público ...
Em 1955, houve uma primeira convocação de uma seleção juvenil, para a disputa de um Campeonato Brasileiro, em Guaratinguetá – SP. Foram chamados os cinco titulares do Moto e os cinco do Milionários – Cândido fora dispensado. Ao retornarem – sem um resultado expressivo – os atletas foram defender seus colégios, nos Jogos Intercolegiais. Cândido foi conduzido à condição de titular do Liceu, ao lado de Nonato Cassas; Ney Belo; Rogério; e César Bragança. Concluído o curso ginasial no Liceu, em 1956, passa para a disputar pela Escola Técnica do Comércio, por onde foi vice-cestinha dos Jogos Intercolegiais de 1959; Mauro Fecury foi o cestinha ...
Com o casamento (1960) deixou de praticar esportes – jogou Futsal e Basquete pelo SESC. Em 1969, voltou a jogar pelo Drible, dos irmãos Saldanha. Pouco depois, o Drible encerrou suas atividades e Cândido pendurou as “basqueteiras”.
A partir de 1958 , o futebol começou a tomar conta dos adolescentes de São Luís e o Basquete começou a entrar em declínio, apesar dos seis times inscritos no Campeonato Maranhense, nas categorias Juvenil e Adultos: Grêmio “8 de Maio” (Rubem Goulart); Vera Cruz (Rinaldi Maia), General Sampaio (do 24º BC, Major Goulart); Tiradentes (da PMM), Cisne Branco, Milionários (Cláudio Vaz) e Moto Clube. Esse campeonato foi organizado por Bruno Tolentino e Noskê do Rêgo Castelo Branco, com arbitragem de Joaquim Itapary e Coronel Vieira (Vieirão). O “8 de Maio” era formado por Januário, César Bragança, Lázaro, Bandeira (Reinaldo), Rubem Goulart, João Bragança, Miron e Silvino Goulart.
Januário de Sillos Oliveira Goulart jogava no juvenil do “Milionários”, ao lado de Williame, Canhotinho, Murica, Bita, Edeir, Ney Bello, Mário Brazuca, Aziz Tajra – campeões de 1955. Em 1956, passa para o Grêmio “8 de Maio”, liderado pelo primo Rubem Goulart; em 1957, numa melhor de três partidas, defende o título contra o Moto Clube, de Bebeto, Mozart Tavares, Dilson Lago, Murici, Bita ... os jogos foram disputados na quadra do Santa Isabel, pertencente ao Moto Clube, com ingressos pagos e grande torcida.
Nos jogos estudantis, organizados pelo Dr. Carlos Vasconcelos – inspetor do MEC, no Maranhão – defendia o Liceu Maranhense. Jogavam, também, no time de Volei, tri-campeão estudantil sem perder um set; o sexteto era formado por Zé Augusto, Zé Alberto Lamar, Januário, César Bragança, Jesus Rezzo Cardoso (Troglodita), e Rogério Baima.
O Liceu reunia uma equipe de Basquete de talento, bi-campeã em 57/58: Januário e Silvino Goulart, Mauro e Miguel Fecury, José Reinaldo Tavares, Jaime Santana, Nego Fulô, César Bragança, Aziz Tajra; o técnico era o Sargento Geraldo – da Marinha -, que introduziu alguns esquemas táticos e revolucionou com suas jogadas ensaiadas, novidade para o basquete que se iniciava no Maranhão.
No final da década de 60, o Basquetebol era praticado apenas em algumas escolas... em 1968, a final dos Jogos Inter-colegiais terminou com o placar de 1 x 0. Essa partida foi realizada no Casino Maranhense, entre o Colégio Batista x Colégio de São Luís. Jaime Santana e Mário Brazuca eram os árbitros; nos aros, não havia a rede. Os irmãos Leite - Olivar, Adalberto e Alvinho - comandavam o time do São Luís; Luís Fernando Figueiredo, Raul Guterrez, Wagner, Alex e Estevinho, defendiam o Batista.
Alguns arremessos foram feitos dos dois lados e algumas bolas caíram no aro. Mas os árbitros, na dúvida se a bola era boa ou não, não validavam os pontos. Numa cobrança de lance livre, Olivar Leite acabou convertendo um arremesso e a partida acabou em 1 x 0, para o São Luís .
De acordo com Hermílio Nina, o aro do Casino era menor do que o oficial, mais a falta da rede, dificultava aos árbitros a certeza de que a bola tinha entrado, ou não. Antes, foram jogadas duas outras partidas: o primeiro jogo, na Escola Técnica Federal do Maranhão, terminou com a vitória do Batista, por 18 x 14; a segunda partida, realizada no 24º BC, vitória do São Luís, por 20 x 16; a terceira - a do Casino - naquele 1 x 0, para o São Luís, que sagrou-se campeão daquele Inter-colegial de 1968.
Campeonato Brasileiro de Basquetebol Juvenil - 1971, em Brasília
"Mas já em 72, já tinha o Basquetebol a nível maior, era o juvenil, então teve Campeonato Brasileiro de Juvenil... ai em 71 fui chamado para ser técnico da Seleção Maranhense de Basquetebol Juvenil, que ia para Brasília disputar o Campeonato Brasileiro - ai é que eu volto -, o Basquetebol era de juvenil, então eram aqueles meninos daquela época que jogavam tudo, jogavam volei, jogavam futebol, jogavam basquetebol, que era aqueles mesmos, era Gafanhoto , Paulão , Carlos, Phil, esses eram tudo... os Ninas . Então eu fui para Brasília, como técnico com esse pessoal... (DIMAS, entrevistas)
Os grandes nomes do Basquetebol do passado
RONALD DA SILVA CARVALHO – PROF. RONALD
Nasceu em 15 de dezembro de 1915. Advogado, educador, dirigiu a então Escola Técnica Federal do Maranhão (hoje, CEFET-MA), por mais de 20 anos, tendo trabalhado na mesma por mais de 44 anos. Um dos grandes nomes da Educação Física e do Esporte maranhenses, foi um exímio jogador de Basquete - esporte que praticava desde 1939, quando abandonou o futebol, por - em uma partida, no Liceu - chocar-se com seu amigo Dejard Martins e lhe quebrar um braço; alguns anos depois, ainda traumatizado, iniciou-se no Basquete; dirigente esportivo, sempre teve seu nome ligado ao Sampaio Corrêa Futebol Clube; fundou a Associação Atlética do curso de Direito (1951), base para a Federação Atlética Maranhense de Esportes - FAME -; foi membro do CRD e do TJD-FMF; em 1958, foi um dos fundadores da Federação Maranhense de Basquetebol.
RAIMUNDO VIEIRA DA SILVA - RAIMUNDINHO
Jornalista, Deputado Estadual, deputado Federal, suplente de Senador, proprietário do Sistema de Comunicação Vieira da Silva - TV Cidade; pai de Fabiano, Marco Antônio e Paulo Vieira da Silva, também entre os grandes atletas do passado.
RAUL GUTERRES
Nascido em 1927, iniciou-se no esporte com 15 anos de idade, jogando futebol. Além do futebol, jogava basquete, volei, futsal e praticava o atletismo. Em 1942, foi campeão estudantil, pelo Ateneu, jogando no gol. Em 1943, ingressou no FAC e com a extinção deste, passou para o MAC (1943), quando foi campeão.
Paralelamente ao futebol, jogou Basquetebol no “8 de Maio”, time de Rubem Goulart, campeão nos anos de 47/48/49. Era o mesmo time que jogava voleibol. Como estava na casa de João Rosa para fundar o futsal, terminou sendo goleiro da bola pesada, saindo-se campeão pelo Santelmo, nos anos de 48/49/50.
Aluno do Curso de Direito (formou-se em 1955), participou dos Jogos Universitários Brasileiros, pela FAME, dos anos de 1950 (Recife); 1952 (Belo Horizonte); e 1954 (São Paulo).
CARLOS ALBERTO FERREIRA ALVES – TENT. ALVES, CAP. ALVES, MAJ. ALVES ...
Nasceu em 1928. Em 1945, jogava Basquetebol pelo Liceu Maranhense. Conhecido, nos meios esportivos do Maranhão, como Tenente Alves, por toda uma geração de esportistas, de Basquetebol, de Voleibol, e de alunos de vários cursos de Educação Física que ministrou. Em 1946, jogava pelo Moto Clube de São Luís.
Cursou a Escola preparatória de Cadetes, em Fortaleza, por onde jogava Basquetebol e Futebol de Salão; foi para a Academia Militar das Agulhas Negras e lá também se destacou no Basquetebol.
Em 1953, estava de volta ao Rio de Janeiro, como 2º Tenente; em 1955, retorna à São Luís, formando ao lado de Rubem Goulart, Rinaldi Maia, Carlos Vasconcelos e Ronald Carvalho um dos melhores times de Basquetebol do Maranhão; foi um dos fundadores da Federação Maranhense. Foi presidente da Federação Maranhense de Desportos - FMD -; em 1968, foi administrador do Ginásio Costa Rodrigues, a convite do Secretário de Educação, Cabral Marques; o então Major Alves deva aulas de Basquetebol, Handebol, Voleibol, ao lado de Dimas, Rinaldi Maia e Vanilde Leão.
Foi Diretor de Esportes do SESC até 1972, ano em que foi técnico de Voleibol - masculino e feminino - e Basquetebol - masculino - da seleção que participou dos JEB's de Maceió - na primeira participação do Maranhão.
CARLOS ALBERTO BARATEIRO DA COSTA – BEBETO, CEL. BEBETO
Também conhecido como Coronel Bebeto. Nascido em 25 de novembro de 1934, começou com o futebol, aos 14 anos de idade, a contragosto de seu pai, "seu" Silvestre, no campo do Matadouro (Bairro da Liberdade); depois passou a treinar no campo do Santa Izabel, pelo MAC. Atuava, também, pelo Colégio Ateneu, onde estudava, e à noite dedicava-se ao Basquetebol, tendo começado, nesse esporte, no Nacional, passando para o Vera Cruz e , depois, Moto Clube de São Luís, chegando à seleção maranhense.
No futebol, tornou-se profissional aos 18 anos de idade ao entrar para o Exército, em 1952. Foi para o Rio, fazer cursos, e lá não aceitou jogar pelo Fluminense, pois era flamenguista doente. Ao voltar para o Maranhão, passa a jogar pelo Moto Clube. Em 1960, deixa o Exército e ingressa na Polícia Militar e deixa o futebol profissional.
Em sua carreira militar, exerceu várias funções, inclusive a de Interventor de Imperatriz, em 1975, cidade onde desenvolveu os esportes, sendo um dos responsáveis pela implantação da educação física nas escolas municipais e um dos criadores da Olimpíada Colegial de Imperatriz, hoje, Jogos Escolares de Imperatriz.
MAURO DE ALENCAR FECURY
Nascido no Acre e criado em São Luís, é engenheiro civil; após ter exercido a presidência da Novacap, em Brasília, assumiu a Prefeitura de São Luís a 23 de março de 1979 por nomeação do governador João Castelo e aprovado pela Assembléia Legislativa. Renunciou em 25 de março de 1980. Foi em sua administração que ocorreu a greve estudantil pela meia-pasagem, em setembro de 1979, que transformou a vida de São Luís em um pandemônio. Em 22 de março de 1983, assumiu pela segunda vez o cargo de prefeito, agora nomeado pelo governador Luiz Rocha; era deputado estadual; foi em sua segunda administração que inaugurou as "maurotonas", visitas aos diversos bairros nos fins de semana, acompanhado de todo o secretariado, para fiscalizar as obras que realizava. Deputado Estadual, Deputado Federal por várias legislaturas, dedica-se ao ensino, como presidente do UniCEUMA. Realiza, anualmente, os Jogos dos Amigos, em que reúne aquela "geração de 53".
FABIANO VIEIRA DA SILVA
Nascido em 1944, filho de Raimundo Vieira da Silva - (os irmãos Vieira da Silva: Fabiano, Marco Antônio e Paulo, filhos de Raimundinho). Fabiano - e seus irmãos - cresceu vendo o pai e os amigos praticando esportes: Rubem Goulart, Coronel Bebeto, Raul Guterres, Ronald Carvalho, no campo do Moto Clube.
Quando foi para o Liceu, ainda garoto, já praticava o esporte, participando de peladas, porém sem qualquer tipo de treinamento específico. Participou das Olimpíadas Estudantis, ao lado de Nega Fulô, Sá Valle, Salim Lauande, Jaime Tavares (1958). No ano seguinte, foi para o Marista, jogando ao lado de Nonato e Elias Cassas e do irmão Marco Antônio.
Em 1960, vai para Minas Gerais estudar e lá o esporte passa a fazer parte da vida do jovem maranhense, jogando pelo Clube Ginástico, treinado por Luís Adolfo; foi bi-campeão mineiro e cestinha dos campeonatos de 61 e 62, em Belo Horizonte. Treinava também na seleção mineira de voleibol.
Em 1962, transfere-se para o Rio de Janeiro, passando a jogar pelo Flamengo Futebol e Regatas, tendo Canela como técnico - Canela foi técnico da seleção brasileira por muitos anos -. Já era um jogador respeitável - atuava como pivô -, quando foi chamado de volta, pelo pai, em 1963.
Fez vestibular para o curso de Economia e passa a disputar os Jogos Universitários mas modalidades de Basquetebol e Voleibol, ao lado de Gilmar Ferreira, Emílio Ayoub e José Carlos Martins. Participou do Campeonato Brasileiro, em Porto Alegre em 1970. Ao retornar, parou de jogar, dedicando-se apenas às peladas do Jaguarema e na praia.
Trabalha nas empresas da família - TV Cidade, canal 6, do Grupo de Comunicação Vieira da Silva -. Cumpre ressaltar que foi quem abriu a TV para as transmissões esportivas locais, ainda em 1980. Foi Secretário Adjunto de Indústria, Comércio e Turismo.
HERMÍLIO ARMANDO VIANA NINA – HERMÍLIO NINA
Nasceu em São Luís, a 17 de maio de 1953. Um dos onze filhos de Eráclito Nina neto – lateral esquerdo do MAC – e de Leonete Nina. Todos os irmãos dedicaram-se aos esportes: Aquino, goleiro de futebol; Gilson, técnico de natação; Zeca, basquete, handebol, voleibol, como Hermílio; Filomeno, também basquete; das irmãs, apenas Conceição dedicou-se ao esporte, jogando Handebol, na Faculdade.
Hermílio, aos 14 anos (1967), como todo jovem da época jogava Futebol e Futsal pelo Colégio São Luís. Como media 1,74 m de altura, aos 15 anos, foi levado pelo primo Olivar Leite para treinar Basquete. Hermílio estava naquele grupo que disputou a final do Intercolegial de 68 – terminou em 1 x 0, cesta de Olivar; faziam parte do time do São Luís Olivar, Alvinho Leite, Astorzinho, Alexandre, Vagner, Girafinha, Girafão, Raul Goulart (filho de Rubem Goulart), e Luís Fernando Figueiredo.
Depois desse título escolar, passou a ser “rato de quadra”, treinando na escolinha do Ginásio Costa Rodrigues, dirigida por Chico Cunha, no colégio, e na quadra do parque Bom Menino, disputada a tapa com o pessoal do Futsal.
Em 1969, disputou o campeonato Brasileiro Juvenil, em feira de Santana-BA; nesse mesmo ano, ingressa no “General Asmapio”, time do 24º BC, onde atuavam Dirceu, Olivar Leite, Capitão Goulart, Jaime Santana, Rubem Goulart Filho, Zé Reinadl tavares; o técnico era o então Major Alves (Carlos Alberto Ferreira Alves).
Aos 18 anos – 1,85 m – jogava como pivô, devido à grande impulsão; depois passou a jogar como ala, onde se destacou no time da Escola Técnica federal do Maranhão – ETFM, hoje, CEFET-MA -. Sagrou-se campeão dos Festival Esportivo da Juventude – FEJ, jogos precursores dos JEM’s, criados por Cláudio Vaz dos Santos, o Alemão –nos anos de 1971 e 72. Jogavam ao lado de hermílio, Zé Costa, Pintinho (Elinaldo Baldez das Neves), Zeca Nina (seu irmão),Gafanhoto (José de Ribamar Silva Miranda). Albino (cunhado de Hermílio), Felipe, Sultão e Paulo Tinoco (Paulão).
Além do Basquete, essa turma se destacava nas competições escolares em handebol, Voleibol e no Atletismo. Devido a sua grande impulsão, Hermílio chegou a saltar 1,80 m em altura, disputando também os saltos em distância e triplo.
De 71 a 74, defendeu a ETFM nos Jogos Brasileiros do Ensino Industrial (JEBEI, 71 e 72) e os Jogos Brasileiros do Ensino Médio (JEBEM, 73 e 74). Em 1971,disputados em Belém-PA, a equipe não obteve destaque; em 72, em Curitiba-PR, ficaram em 5º lugar; em 73, em Natal-RN, foram vice-campeões; para, finalmente, 74, em Campos-RJ, tornarem-se campeões brasileiros. O técnico, Prof. Braga – um dos criadores dos JEBEI e JEBEM – morrera pouco antes dos jogos de campos. O time jogou de luto e ao retornar a São Luís, foram ao cemitério e depositaram suas medalhas no túmulo do professor e técnico.
Foi seleção brasileira juvenil e transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi vice-campeão carioca pelo Olaria. Retornando a São Luís, tornou-se técnico de basquete do Colégio Batista, e de vários outros colégios, atuando, ainda, como técnico em várias seleções estaduais.
VOLEIBOL
O primeiro clube de São Luís a possuir uma quadra oficial de Voleibol foi o CLUBE RECREATIVO JAGUAREMA, fundado em 03 de fevereiro de 1953, pelo médico pediatra Orlando Araújo, com o objetivo de lazer, esporte, divertimento e um local para congregar pessoas da sociedade maranhense. Orlando, e os amigos, estavam cansados de praticar o voleibol na praia.
É provável que já na década de 20 o Voleibol fosse praticado nas praias de São Luís, pois SIMÃO FÉLIX - maranhense de Grajaú, onde nasceu em 3 de maio de 1908 e foi um dos um dos grandes atletas do passado, além do futebol praticava basquetebol, voleibol, motociclismo, natação, remo, e muitas outras modalidades. Simão veio para São Luís em 1915, quando tinha 7 anos de idade, localizando-se na Rua da Palma. Como faltava um guardião para o time da Montanha Russa e Simão, que era bamba no basquete e volei, foi encarregado de guarnecer a cidadela do Sírio; e quando não quis mais jogar como goleiro, continuou apenas com a prática da bola-ao-cesto, bola ao ar (volei ?), atletismo, motociclismo, tênis, remo e outros esportes. Simão Félix deixou de praticar o basquete e o volei em 1947, quando figurou na equipe do Pif-Paf, num campeonato interno organizado pelo Moto Clube.
Outro nome que lembra-nos a glória do esporte maranhense em nosso passado recente, foi VALÉRIO MONTEIRO, nascido em Alcântara no dia 1º de abril de 1901. Aos 6 anos veio para a capital. Morando numa vivenda à rua Jacinto Maia, defronte ao antigo Gazômetro, dando suas fugidas para as peladas da Praia do Caju, onde existia, na época, uma verdadeira escola de futebol - a "Universidade Futebolística da Praia do Caju". Após um grande período em que o futebol maranhense viveu em abandono, Valério aparece no Sírio como diretor, jogador de futebol e astro do basquete e volei .
Em 1932, é criado o GREMIO “8 DE MAIO”, num dia 8 de maio – daí porque recebeu esse nome – por estudantes do Liceu Maranhense, liderados por Tarcísio Tupinambá Gomes.
Como entidade representativa dos estudantes junto à direção do Liceu, foi um fracasso, por falta de interesse da rapaziada, que só queria se divertir. Mas os outros fundadores, dentre eles PAULINO RODRIGUES DE CARVALHO NETO e Dílio Carvalho Lima resolveram levar o Grêmio para o esporte, com o intuito de jogar Voleibol!
As opções de esportes para os jovens da época eram o futebol e o voleibol. Os meninos do Liceu viam os mais velhos jogando em quadra existente em uma casa da Praça Gonçalves Dias - onde é hoje a sede da Reitoria da Universidade Federal do Maranhão. Os garotos sonhavam em ter as mesmas oportunidades.
Criado o “8 de Maio”, passam a treinar no quintal da casa de Tarcísio Tupinambá, na Rua do Alecrim, esquina com a da Cruz. Usavam, também, a quadra da União dos Moços Católicos, no quintal da Arquidiocese de São Luís - mais tarde sede do Colégio Marista e, hoje, Hotel Vila Rica.
Haviam outras equipes, como a da União, mantida pelo Padre Joaquim de Jesus Dourado, como havia, ainda, outras opções de local de treinamento, como o quintal da cada de Thiago de Castro Cunha, na Av. Pedro II, no antigo Quartel da Praça Deodoro (onde hoje esta a Biblioteca Pública Benedito Leite), e em uma outra casa da Praça Gonçalves Dias, onde jogavam Raimundinho Vieira da Silva e o Prof. Bonifácio, dentre outros.
A quadra existente na Rua do Sol - onde é hoje o Sindicato dos Bancários, e pertencia a um senhor de nome Bandeira -, foi construída pelos alunos do Liceu Maranhense, sob o comando do Prof. Mata Roma. Além dessas, havia a quadra do próprio Liceu, localizado, nessa época, à Rua Direita, esquina com 28 de Julho.
Segundo Paulino, o sistema de disputa era o 3 x 3, sendo que cada um dos três cortadores tinha seu próprio suspendedor (levantador, hoje). Paulino era cortador e o seu suspendedor era Omar Carvalho; outra jogada, muito utilizada por Paulino, era a “melada” – largada por sobre o bloqueio -; jogavam, ainda, José Carvalho, Thomas de Castro Cunha, José Ferreira Dourado, Adalberto Rabelo, José Berdiz, dentro outros.
A partir daí, foram surgindo outros clubes esportivos: Vera Cruz, União dos Moços Católicos, Pindorama Esporte Clube, Olympico (este, formado por oficiais do Exército).
O pessoal do “8 de Maio” também se envolvia com o Basquetebol. O grupo representou o Maranhão em um Campeonato Brasileiro de Basquete disputado em Belém do Pará em 1938; viajaram de navio.
Paulino, até os 24 anos, ficou dividido entre os torneios – a maioria de volei – e a vida de estudante de Agronomia. Largou tudo em 1942, deixando o Grêmio “8 de Maio” para a nova geração, liderada por Rubem Goulart e Zé Rosa...
RUBEM TEIXEIRA GOULART. iniciou-se no esporte no Colégio de São Luiz, do professor Luís Rego. Em 1935, quando veio de sua cidade natal, Guimarães, principiou jogando futebol no "scratch" do seu educandário, permanecendo no time até 1938.
Nesse mesmo período – 1935/38 -, passou a jogar volley-ball no Dourado , melhor agremiação existente naquela época, sendo seus companheiros de "team" Boneca, Dias Carneiro, Furtado da Silva, Sócrates, Manola e alguns outros. Do Dourado, transportou-se para as fileiras do União, onde demorou pouco, tendo formado ao lado de Elba, Mitre, Álvaro, Rabelo, etc.
Ainda em 1937, foi fundador do Brasil, composto exclusivamente por alunos do Colégio de São Luiz. Nesse mesmo tempo Alexandre Costa criou o Flamengo, o mais acérrimo rival de seu conjunto. Formava no seu time – não só de volei, como no de basquete - elementos do quilate de Mauro Rego, Tenente Paiva, Américo Gonçalves, Boneca, José Alves e Manoel Barros, tendo servido de padrinhos o Dr. Clodoaldo e Altiva Paixão.
Em 1942, vai para o Rio de Janeiro cursar Educação Física. Durante dois anos Rubem permaneceu na Cidade Maravilhosa. Seus dias naquele centro esportivo proporcionaram-lhe o ensejo necessário demostrar ao público "guanabarino" o valor de um atleta nortista. Na Escola Nacional de Educação Física conquistou títulos retumbantes. No seio da escola, era um atleta de escola, participando de todos os esportes ali praticados, tendo o seu lugar efetivo nas equipes de volley-ball, basket-ball e atletismo.
Foi campeão interno de volley nas competições efetuadas na ENEF; vice-campeão de Halterofilismo, peso médio, além de ter participado das Olimpíadas Universitárias de 1942, nas representações de volley, basket, futebol e atletismo.
Em 1944, regressa a São Luís, ocupando o cargo de Inspetor de Educação Física do S.E.F.E., permanecendo nesse emprego de março de 1944 a março de 1945, quando foi transferido para a Escola Técnica de São Luís. Além de inspetor do S.E.F.E. foi instrutor de educação física do Colégio Estadual (Liceu ?) e do Colégio de São Luís. .
Como se vê, o voleibol, em São Luís, já era bastante praticado na década de 30. Como lembra o Sr. GLACYMAR RIBEIRO MARQUES. Chegando na cidade em 1937, passou a jogar voleibol no Colégio de São Luiz, participando das Olimpíadas Intercolegiais, ao lado de Rubem Goulart; Alexandre Costa (senador, já falecido); José Carlos Coutinho (coronel do exército); coronel José Paiva, e Raimundinho Vieira da Silva (ex-deputado, suplente de Senador, presidente do grupo de comunicações Vieira da Silva).
Em 1937, já existia o Grêmio 8 de Maio, e sua equipe era formada por Zé Rosa, Manolo, Zé Heitor Martins, Reinaldo Nova Costa, Raposo, Rubem Goulart, Paulo Meireles, Zé Carvalho, Zé Meireles. .
Outro grande astro dos esportes foi RINALDI LASSALVIA LAULETA MAIA. Nascido São Luís do Maranhão no dia 05 de fevereiro de 1914, filho de Vicente de Deus Saraiva Maia e de Júlia Lauleta Maia. Iniciou sua carreira esportiva como crack de futebol, no América - clube formado por garotos do 2º ano do ginásio, e que praticava o "futebol com os pés descalços". Em 1939, o jovem atleta já era jogador do Liceu Maranhense, sagrando-se bi-campeão estudantil invicto, nos anos de 1941 e 1942. Jogava basquete e volei, pelo Vera Cruz, clube que nas disputas de Volei levava sempre a pior, porém, vencia todos os encontros de bola-ao-cesto. O Vera Cruz era um campeão autêntico...
O melhor ano do esporte para Rinaldi foi 1942. Nessa temporada o jovem atleta conquistou nada menos de três títulos sugestivos: campeão invicto de futebol pelo Sampaio Corrêa; campeão invicto de futebol, pelo Liceu Maranhense; e campeão de basquetebol, pelo Vera Cruz. Em 1943, coberto de louros, Rinaldi embarcou para o Rio de Janeiro, a fim de cursar a Escola Nacional de Educação Física. Voltou a São Luís em 1945. Em 1946, Rinaldi figurava na equipe de basquetebol do Moto, sagrando-se campeão do "Torneio Moto Clube". Em 1947, Rinaldi tomou outra decisão. Deixou o Moto Clube e tratou de reorganizar o Vera Cruz, seu antigo clube. O seu sonho foi realizado, uma vez que o Vera reapareceu e em 1947 figurava na liderança do campeonato de basquetebol da cidade. E Rinaldi era figura destacada no grêmio cruzmaltense, onde atuava na guarda, juntamente com o professor Luiz Braga, outra grande figura do basquete e do volei maranhense.
Outro dos “erres” do esporte maranhense foi RAUL GUTERRES, nascido em 1927. Iniciou-se no esporte com 15 anos de idade, jogando futebol. Em 1942, foi campeão estudantil, pelo Ateneu, jogando no gol. Em 1943, ingressou no FAC e com a extinção deste, passou para o MAC (1943), quando foi campeão. Como estava na casa de João Rosa para fundar o futsal, terminou sendo goleiro da bola pesada, saindo-se campeão pelo Santelmo, nos anos de 48/49/50. Além do futsal e do futebol, praticava Atletismo e jogava basquete e volei no “8 de Maio”, time de Rubem Goulart - campeão de basquete nos anos de 47/48/49. Era o mesmo time que jogava voleibol.
Dimas lembra que, quando retornou a São Luís, no início da década de 50, praticou Voleibol:
"jogava voleibol menos, mas jogava ... mas eu não me lembro de destaque, por exemplo, assim como tinha seis, sete clubes de basquetebol, não tinha de voleibol. O voleibol veio se destacar já mais para a frente, mais para frente um pouco que o voleibol teve mais, mais....
"No Casino Maranhense - agora eu me lembrei -, mais para a frente um pouco passou a se jogar voleibol no Cassino; eu me lembro bem do, hoje ele é médico o [refere-se a Orlando Araújo] ..., ele jogava muito ... , duas pessoas que eu me lembro bem que estavam sempre jogando lá, era o Murilo Gago, que por sinal ele era bom e....., eu não quero falar só sobre ele porque tinha outras pessoas também, estou tentando me lembrar... tinha o Rubem Goulart que jogava, o Braga que jogava, o próprio Alemão, o Mauro, eles jogavam praticamente..." (DIMAS, entrevistas).
Ainda nessa década de 50, surge uma geração de jovens – “a geração de 53” – que aprendem esportes com a geração anterior, constituída pelo grandes nomes do Basquetebol e do Voleibol maranhense, de todos os tempos. Cláudio Vaz dos Santos – o Alemão – fala de sua iniciação nos esportes:
“... Rubem Goulart, que foi o líder; praticava o Paulinho Carvalho, Zeca Carvalho, e foi onde eu comecei a praticar vôlei e basquete. Essa quadra era do “8 de Maio”, atrás do fundo do Casino Maranhense hoje...” (VAZ DOS SANTOS, Cláudio. Entrevistas).
Lembra, ainda, quando foi fundado o time do ”Os Milionários”, de Basquetebol, os locais onde era praticado não só esse esporte, mas como também o Volei:
"O Milionários... nós fomos participar de volei e basquetebol, sábado à tarde no Colégio São Luís, e na quadre coberta que tinha no Liceu, onde jogava o Milionário, o Colégio São Luiz, jogava 08 de Maio; nós jogávamos na quadra do Colégio São Luiz, não sei se ainda existe a quadra lá... (VAZ DOS SANTOS, Cláudio. Entrevista).
Os grandes nomes do Voleibol do passado
RAUL GUTERRES
Nascido em 1927, iniciou-se no esporte com 15 anos de idade, jogando futebol. Além do futebol, jogava basquete, volei, futsal e praticava o atletismo. Em 1942, foi campeão estudantil, pelo Ateneu, jogando no gol. Em 1943, ingressou no FAC e com a extinção deste, passou para o MAC (1943), quando foi campeão.
Paralelamente ao futebol, jogou Basquetebol no “8 de Maio”, time de Rubem Goulart, campeão nos anos de 47/48/49. Era o mesmo time que jogava voleibol. Como estava na casa de João Rosa para fundar o futsal, terminou sendo goleiro da bola pesada, saindo-se campeão pelo Santelmo, nos anos de 48/49/50.
Aluno do Curso de Direito (formou-se em 1955), participou dos Jogos Universitários Brasileiros, pela FAME, dos anos de 1950 (Recife); 1952 (Belo Horizonte); e 1954 (São Paulo).
GRAÇA HELUY
Foi professora do Colégio Santa Teresa e da Divisão de Educação Física do Município de São Luís; em 1980, junto com Celeste Muniz, abriu a Academia de Ginástica São Francisco - uma das primeiras do Estado, e hoje, sob a direção de sua filha, Carolina, também professora de Educação Física -.
Ainda adolescente, envolveu-se com o esporte, o Voleibol em especial; fez o Curso Normal, no Instituto de Educação, onde teve como professoras Ildenê Menezes e Celeste Muniz; participou dos Jogos da Primavera, disputados no Casino Maranhense (décadas de 50/60); quando terminou a Escola Normal, foi para Pernambuco, fazer o Curso de Suficiência em Educação Física, na Escola Superior do Recife; na volta, assumiu o lugar de Mary Santos, como professora de Educação Física do Santa Teresa; na primeira participação do Maranhão nos JEB's,
Graça, junto com o Coronel Alves, dirigiu a seleção de voleibol feminino; criou os Jogos Interclasses do Santa Teresa; implantou outras modalidades , criando escolinhas, quando assumiu a Coordenação de Educação Física e Esportes do colégio; paralelamente, trabalhava na Divisão de Educação Física do Município, como professora, chegando a assumir a direção daquela Divisão; criou os Jogos Infantis do Município, com a participação, inclusive, de escolas da zona rural. Em abril de 1980, afastou-se do Santa Teresa e do Município, dedicando-se apenas à sua academia de ginástica, desde então.
HELENA CARVALHO DE SOUSA
Nascida em São Luís em 20 de agosto de 1923, estudou, no ginasial, no Colégio Santa Tereza, onde foi aluna da Profa. Mary Santos - uma das pioneiras da Educação Física em São Luís -. Nas férias, reunia um grupo de amigas e ia jogar volei na Ponta d’Areia, depois de atravessar o Rio Anil de canoa. A rede do primeiro jogo foi arrematada em um leilão.
No curso normal, aprofundou mais o gosto pelas atividades físicas a tal ponto que, em 1946, fez um curso de educação física para leigos, tendo como professores Mary Santos – metodologia do ensino -; os médicos Carlos Vasconcelos, Waquim, Alfredo Duailibe e Laura Caldas vasconcelos – anatomia, fisiologia, biometria, -; Rubem Goulart, Zé Rosa, Lenir Silva – disciplinas práticas. Nas horas de lazer, iam todos para o Liceu Maranhense jogar Voleibol. No grupo do Grêmio “8 de Maio”, liderado por Rubem Goulart. Confessa que era uma levantadora muito fraca e que os conhecimentos da modalidade eram limitados. Jogavam junto com os homens, por brincadeira. Em 1947, vai cursar Educação Física na Escola Nacional, ao lado de Dinorah Gomes e Maria José Maciel.
IVONE DIAS NAZARETH
Nasceu em São Luís em 18 de março de 1949. Filha do famoso maestro João Carlos Nazareth e da não menos famosa cantora Alcione, a Marron. Atleta versátil, jogava Voleibol, Basquetebol, e Handebol, além de praticar o, Atletismo (arremessadora).
Estudou no Instituto de Educação, sendo sua professora de Educação Física Ildenê Menezes – uma das pioneiras da educação física maranhense. Nos intervalos das aulas, permitiam que participasse das peladas de volei, das alunas mais velhas, dentre as quais, sua irmã mais velha, Alcione, além de Tânia Baé e sua irmã gêmea Telma, Jesus Mota, Eneida, dentre outras. As jogadas, eram o “revestréis” – meio de lado, para enganar a adversária -; e o saque “tesoura” – por baixo, com a bola batendo no polegar.
Suas principais parceiras, nas peladas, eram Telma e Remédinho. Um dia, resolveram desafiar as alunas do curso normal, para um jogo. A professora Ildenê serviu como árbitro; o jogo transcorria normalmente quando sua irmã, Alcione, por deboche, chamou-as de “as pirralhas do ginásio”. Ivone partiu para cima dela e o jogo terminou em pancadaria. O Maestro João Carlos foi informado e Ivone levou uma surra do pai...
No científico, já no Liceu Maranhense, continuou com o Voleibol, ao lado de Délia, Roseana (Sarney), Helena, sheila, socorro Ranheta, Leda, Conceição Nina, e teresa bandeira. Os treinos eram contra os rapazes – Gimba, Tribi (Sidney), Belira, Timóteo, Domngos Leal, Gutemberg, jaime, Jorge Duailibe.
As mesmas atletas do Vôlei iniciaram o Basquete, tendo Dirceu – um jogador do Liceu – como técnico. Em um jogo contra o São Vicente de Paula, venceram por 2 x 0 !. Esse mesmo grupo foi disputar um Campeonato Brasileiro, em feira de Santana – Bahia. Helena Bolota, atleta alta e forte, ganhou a bola e partiu com tudo em direção à cesta; errou o arremesso e as companheiras respiraram aliviadas, pois arremetera contra a própria cesta ! Mesmo sem terem qualquer preparo, tanto no basquete como no volei, continuaram a participar de competições, inclusive fora do Estado.
Essa fase termina com a chegada de Gilmário Pinheiro, um atleta cearense que passa a treinar as equipes de voleibol feminina. Para Ivone, o voleibol feminino, em Maranhão, tem duas fases, antes e depois de Gil.
Ivone era canhota, raçuda, um bom bloqueio e ataque forte na saída da rede. Disputava os campeonatos regionais – zonais – ao lado de Telma, Rosângela, Rosão, Terezinha, Tânia Biguá, Fátima Rodrigues, Remédinho, e Carminha.
Em 1974, já atuava como técnica, do Colégio Rosa Castro, indo para o Estado, dando aulas no Gonçalves Dias, de educação física e voleibol. Passou ainda pelo São Vicente de Paula, Divina pastora, Cardoso Amorim, Silva Martins, Liceu, Coelho Neto e Escola Técnica...
Em 1977, ingressou na primeira turma do Curso de Educação Física da UFMA, formando-se em 1980, ao lado de Joaquim, Beleleu (Reinaldo Conceição da Cruz, outro grande nome do basquete, e do atletismo maranhense), Osanilda, Cristiano Sá, Francisca, Osmar e Liana. A turma toda cabia no fusquinha do Beleleu ... Em 1981, está de volta à UFMA, como professora de voleibol, efetivada no cargo em 1985.
FUTSAL
O Coronel Eurípedes Bezerra diz ser o introdutor do Futebol de Salão em São Luís e que Dimas continuou o seu trabalho, quando retornou do Rio de Janeiro (1954):
"Foi, e o Dimas sabe disso, trazendo essa dinâmica que nem bem existia, mas fizemos isso lá para as bandas de 54 à 57... entregando ao Dimas e outros demais professores...". (BEZERRA, Eurípedes. Entrevistas).
Naturalmente que o Prof. Eurípedes cometeu um engano, pois Dimas só se envolve com o Futsal quando de sua volta do Pindaré, em 1969, e começa a trabalhar no SESC, conforme seu depoimento:
"[No SESC] também eu trabalhei com várias coisas, inclusive com Ginástica Olímpica - acho que eu trabalhei logo que eu voltei do Pindaré -, depois desses três Colégios, ai eu comecei no SESC também; no SESC era com comerciário, mas era futebol de salão, quase só futebol de salão, ia muito para o Centro de Veraneio, dia de Domingo...".
"... trabalhei com Futebol de Salão, mais com futebol de salão, – era aqui no Charles Moritz e no Olho D’água, no Olho d’Água todo o fim de semana a gente ia para lá fazer campeonato. Então o forte era campeonato de futebol de salão entre os comerciários. Entre as lojas, as firmas, e também dava aula para as senhoras, aula de modelagem - era aula de salão para as senhoras, mais ginástica localizada, para perder barriga, fazer cintura, o que o modernismo faz hoje como aeróbica e -, comecei também um trabalho de ginástica olímpica lá". (DIMAS, entrevistas) .
Dimas informa que, nessa época, os esportes, em São Luís, limitavam-se, nas escolas, apenas ao Futsal e Futebol:
"os esportes de competição nessa época que eu voltei era muito fraco, devagar, devagar... Só Futebol e Futebol de Salão, mas de Colégio era só isso, tanto que houve um jogo de Basquetebol, entre Batista e São Luís, na época de Rubem Goulart, que terminou de 1X0, uma cesta de lance livre, isso é uma história do folclore dos esportes, isso antes de eu chegar, na época de Rubem Goulart... então o basquetebol quando eu cheguei - quando eu voltei do Pindaré -, o Basquetebol do Maranhão, a nível de Colégio, era esse nível aí...”. (DIMAS, entrevistas) .
Para Cláudio Vaz, o Cláudio Alemão, foi no final da década de 40 que João Rosa cria a Liga de Futsal – à época, Futebol de Salão, mesmo! -; no período de 1957 a 1974, o esporte atinge o auge em São Luís. Várias equipes são formadas – e desaparecem – revelando inúmeros craques da bola pesada. Como revelam os saudosistas – os jovens daquela época de ouro do esporte maranhense.
Cláudio Vaz, o Alemão, ao falar de quando se deu o início do Futebol de Salão e esclarece quem foi o introdutor dessa modalidade no Maranhão:
"Eu era garoto, e esse Alemão já velho, aí também eu era pegador de bola, quando faltava... os primeiros praticantes de futebol de salão do Maranhão. Eu jogava com bola de volei, faltava goleiro, eles me improvisavam para goleiro. A bola caia no campinho ao lado, eles diziam: - Alemão; eu olhava para o lado e ia buscar. Eu era o garoto de fazer tudo o que eles praticavam, eu era o mascote deles lá ... ali era uma matagal que tinha a quadra de Tênis dos Ingleses... é que eu nasci na Montanha Russa, eu nasci naquela casa na rua Newton Prado, 22; eu e meu irmão nascemos ali...
“ ...Futebol de Salão, foi a Liga Maranhense de Futebol de Salão, comandada por João Rosa. Foi o grande incentivador do futebol de salão do Maranhão. João Rosa que morava na rua dos Afogados e a sede era na casa dele, então ali que começou o futebol de salão...
“... João Rosa, era um desportista que comandou a liga, era presidente da Liga, e foi onde nós começamos a praticar futebol de salão; foi na quadra do Casino Maranhense (a quadra descoberta, lá tinha duas quadras, depois fizeram a outra do lado da casa do Pedro Neiva, essa quadra era ao lado da quadra de tênis dos Ingleses, que praticavam Tênis, e ao lado fizeram futebol de salão, isso; em 1976 em diante o futebol de salão veio a surgir..." (VAZ DOS SANTOS, Cláudio. Entrevista).
Mas para Januário Goulart, que jogou pelo Saturno – equipe fundada pelo Coronel Goulart, Nagib Haikel e Samuel Gobel – quem introduziu o Futebol de Salão em São Luís foi um professor de física do Liceu Maranhense, Pedro Lopes dos Santos, quando fundou a equipe do Próton, primeira equipe de Futsal de São Luís formada por alunos daquele estabelecimento de ensino – e também a do Elétron!, (segunda equipe ?) -.
Foi o Prof. Pedro quem trouxe para São Luís a primeira bola e as regras da modalidade. Jogavam no Próton, além de Januário, como atacante, Rogério Baima, Chico Tetê, Rui, Nonato Cassas, Ernani Cantanhede. No primeiro jogo interestadual - disputado na quadra do Liceu -, contra o América, de Fortaleza (CE), houve empate de 2 x 2.
Já para Luiz Soares de Sousa – Luizinho -, a Liga Maranhense de Futebol de Salão foi fundada por Jaffé Mendes Nunes, Coronel Vieira (Vieirão) e João Rosa Filho – filho de João Rosa, quem, segundo Cláudio Vaz, foi o fundador dessa Liga ... -; há época, havia grande aceitação do esporte pela comunidade, especialmente a estudantil.
Jaffé Mendes Nunes foi o grande incentivador do Futebol de Salão – hoje, FUTSAL -, nos anos 50. Locutor esportivo e professor da modalidade na então Escola Técnica Federal do Maranhão – ETFM, hoje, CEFET-MA -; o trabalho de Jaffé na rádio contribuiu para a massificação do esporte, especialmente no meio estudantil.
Aldemir Carvalho de Mesquita, um dos grandes goleiros de futsal do passado - chegou a jogar como profissional do Maranhão Atlético Clube, aos 16 anos de idade -, lembra dessa fase do futebol de salão maranhense:
"O futebol de salão, daqui de São Luís, na época que eu cheguei (1959, aos 10 anos de idade), era um sucesso. Talvez no Nordeste fosse o segundo esporte ... como é que se diz? A segunda força do Nordeste em esporte; o futebol de salão, porque tínhamos muitos craques como Silvinho, Luisinho, Pula-Pula ... Se hoje o Maranhão teve craques no futebol de salão, fosse hoje como era divulgado o esporte do Maranhão era primeiro em esporte. Como eu vejo, assisto craques como esse da seleção brasileira, Manoel Tobias que é o melhor craque do Brasil. Conheci Djalma, conheci o Jaiminho, o próprio Biné Carcaço que trabalha na parte de esporte lá do Ipem, craque de bola; quero dizer, o Manoel Tobias - vamos usar a expressão de futebol -, não amarrava chuteira, talvez não fosse banco, se tivesse que escolher os três, ele não seria nem a 4º opção do treinador dentro dessa escala." (MESQUITA, Aldemir Carvalho de. Entrevistas).
E sempre que se fala em Futsal, alguns nomes são lembrados, como o de Luizinho – Luiz Soares de Sousa, nascido em 1941 – o “canhão da Vila Beira-Mar”. Jogava como ala esquerda, iniciando-se no esporte jogando futebol, junto com os irmãos Inácio e João Carlos, na rua da Saavedra e na crôa formada na Beira-Mar.
Em 1954, com 13 anos, entra no Liceu Maranhense, e passou a jogar pelo Próton, time da escola fundado pelo Prof. Pedro Santos. O Próton foi o primeiro time de futsal de São Luís. Havia ainda o Elétron, formado também por alunos do Liceu, bons de bola também, mas que não foram aproveitados; servia de “sparring’ para o time principal.
Após o Próton, onde só jogou uma temporada (1961), ingressou no Rio Negro, time de Rodolfo Rosa (irmão de João Rosa Filho, também filho de João Rosa); jogavam: Esmagado (Osmario de Ribamar Raposo); Cabeça (João Carlos Soares de Sousa, irmão de Luizinho); Pula-Pula, dentre outros. O Rio Negro – como tantas outras equipes de então, teve vida curta, como também o Vitex, fundado pelo Dr. Vazquez (hoje, dono do Colégio Girassol). Ao sair do Rio Negro, Luizinho vai para o Saturno, de grego Samuel Gobel. Em 1960, passa a jogar pela equipe do 24º BC, pois se alistara para servir ao Exército. O treinador era o major Medeiros.
Em 1962, transfere-se para o “Cometas”, juntamente com Diabo Loiro (Jesus Itapary), Poé, Nonato Cassas, Biné; o técnico era Durval Tavares (Pará) e o Prof. Braga era o preparador físico. Foi campeão estadual nos anos de 64 a 66, com o Drible, seu principal rival não ganhando uma partida sequer contra o Cometas ... formavam pelo Drible: Amado, Chedão, Baiano, Guilherme, e Mota.
Ao ingressar no Banco da Lavoura – por concurso – passa a disputar o Campeonato Bancário de Futebol de Salão, tendo sido campeão e viajado com a Seleção Maranhense de Bancários, em 1964, para São Paulo, e com a Seleção Maranhense para três campeonatos brasileiros: dois em Fortaleza (CE) e um em Recife (PE). Em 1968, ingressa no curso de Economia, passa a trabalhar no Banco do Brasil (concursado) e, depois, no BASA (concursado), por onde se aposentou. Luizinho jogou até 1974, e chegou a enfrentar os craques da nova geração, como Djalma Campos, Fifi (Fernando Lima do Nascimento), João Bala e outros. Nesse ano, começou a decadência técnica da modalidade em São Luís...
NILSON FERREIRA SANTIAGO nasceu em 1940, e era filho de Nerval Lebre Santiago, secretário do Liceu por 42 anos. Foi incentivado pelo pai a praticar futebol e acabou no futsal de salão. Um dos fundadores do Sparta, time que marcou época. Jogava futebol - de rua – quando fundou, junto com o Irmão Nerval Filho, Bogéa, caracol, Monteiro, Zé Diniz, Daniel, Índio, Quebrado e outros, a Sociedade Esportiva União. Jogou também Basquete, pelo Cisne Branco, de José Gonçalves da Silva, o Zéquinha, treinador do MAC e árbitro; após a desativação do time, ainda jogou pelo Moto Clube.
O grupo que estudava no Liceu viu nascer o futsal, trazido pelo professor de Física, Pedro lopes dos Santos (1955), que fundou o Próton, formado inicialmente por Chico Tetê, Ernani Coutinho, Nonato Cassas, e Rogério Baima. Nessa época, aqueles que se descobriam que não podiam jogar futebol de campo, iam para a quadra, jogar salão. Logo, surgiram outras equipes. Os irmãos Ferdinand (Ferdic) Carvalho e Constâncio Carvalho Neto fundaram a Sociedade Esportiva Sparta; além dos dois, jogavam ainda Nilson, os irmãos Bira e Juca Abreu, Airton, Paulinho, Nervalzinho, Paru (Miguel Arcanjo Vale dos Santos), Milson Cordeiro, Ruibasco (Ribasco), Inésio e Roberto Babão. Mais grupos foram surgindo, como o Saturno (de Samuel Goberl, Zequinha Goulart, e Heitor Heluy), e Nilson passou a jogar nele, ao lado de César Bragança, Januário Almeida, Márcio Viana Pereira, Hamilton, tendo como técnico o Capitão Medeiros.
Em 1962, com 22 anos, vai para o interior, mas continua a jogar pelas cidades por onde passou, nas AABBs – passou para o Banco do Brasil -, abandonando o esporte aos 27 anos – por contusão no joelho.
Outro craque dessa mesma época foi JOÃO PINHEIRO CUNHA – o Manga -, como Luizinho, nascido no ano de 1941, no dia 12 de julho, e como todo garoto de seu tempo, jogava futebol na rua – a famosa Liga dos Pés Descalços do início do futebol no Maranhão -. Sonhava em entrar para o Liceu Maranhense; lá, teve contato com o pessoal da pelada, jogada na hora do recreio e após as aulas (1954): Vilenô, Nonato e Elias Cassas, Nonato Sabock, Guilherme Saldanha, Mota, Januário Goulart, Silvinho Goulart, José Reinado Tavares, César Bragança, Nerval e Nilson Santiago, Milson Cordeiro, e outros. Viram nascer o primeiro time de futebol de salão do estado. O prof. Pedro lopes dos Santos, de Física, em uma de suas viagens ao sul do país, acabou se apaixonando pela modalidade e trouxe para São Luís uma bola e um livro de regras. Em 1955, selecionou uma equipe dentre os peladeiros da escola e fundou o Próton. Daquele grupo que jogava futebol, o único selecionado foi Nonato Cassas. Desse primeiro grupo, a primeira formação do Próton, além de Cassas, figuravam Rogério Bayma (goleiro), Chico Tetê, Ruy Poxo, Ernani Catinga.
João Cunha, como calouro, não tinha escolha – ia para o gol – e acabou gostando da posição, passando a disputar as Olimpíadas Intercolegiais pelo Liceu, como goleiro da equipe de Futsal. Nessa época, os goleiros tinham seus apelidos – Jesus Itapary (do Saturno e Cometas) era o Diabo Loiro; José Augusto Lamar (Drible), era o Pangaré; Dilson (do Próton, depois Saturno e Cometas), Guabirú; João Cunha ficou sendo o João Boi e, depois, Manga.
Biné Moraes – outro monstro sagrado do Futsal de antanho – o levou para o Saturno. Tinha 19 anos e estávamos em 1960 ... o grupo era formado por, além de Manga e Biné, Benito Neiva, os irmãos Nonato e Elias Cassas, Cláudio Alemão, Poé, Tenente Veira, Samuel Gobel, Jesus Itapary. No ano seguinte, o Saturno foi vice-campeão, perdendo a final - por 2 x 1 - para o Athenas, de Ribarco, Cauby, Gracco Bolivar, Jaiminho e Silvinho Tavares; o jogo aconteceu no Casino Maranhense e foi o último da existência do Saturno. Em 1962, o grupo que defendia o Saturno reapareceu no recém-criado Cometas.
Outro que escreveu o nome nos anais do Futsal Maranhense foi JOACY FONSECA GOMES , nascido em Cururupu em 12 de junho de 1938. Em 1953, então com 15 anos, veio para São Luís, onde fez o ginásio e o científico no Liceu Maranhense, destacando-se no futebol, indo jogar no Flamengo do Monte Castelo. Em 1958, estava disputando o campeonato de Futebol de Salão, em uma competição organizada pela Liga que havia sido fundada por João Rosa Filho e o jornalista Jaffé Mendes Nunes; jogava pelo T8 (Tê Oito). Os clubes de futsal que se destacam eram: Spartakus (Nilson Santiago, Ribarco e Paru); Graça Aranha (Albino Travincas, Canhoteiro, Wallace e Jafer); Santelmo (Cleon Furtado, Poé, Mozart, Biné, Murilo Gago); Rio Negro; Vitex (Enemêr, Luis Portela, Walber, e Vavá); Drible (dos irmãos Saldanha, Zé Augusto Lamar, Manteiga, Mota); SAELTIPA (a companhia de água); e América; depois, vieram Próton, Saturno, Cometas, Flamengo do Monte Castelo. Os jogos eram disputados nas quadras do Lítero e do Casino.
Jogando pelo Liceu, Manga foi campeão nas Olimpíadas Estudantis. Havia uma rivalidade muito grande entre as equipes de futebol de campo do Liceu (Joacy, Nilson, Carlos Alberto, Itamar, Guilherme Saldanha, paciência, Alexandre) e a Escola Técnica (Gogoba, Alípio, Alencar, Chamorro, Canhoteiro); no Salão, o duelo ficava por conta do Liceu (Marinaldo, Guilherme Saldanha, Josenil Souza, e Jacy) e Atheneu (Mota e companheiros); havia o grupo do Colégio São Luís (Biné, Chedão, Jaime Tavares) e dos Maristas (Garrincha, e os irmãos Noanto e Cury Baldez).
O Prof. JOSÉ GERALDO MENDOÇA DE MENEZES conta como foi sua passagem no Colégio Maranhense, dos Irmãos Maristas:
"... eu fui Coordenador de Esportes de 66 ate 72 ... quando eu assumi a Coordenação [dos Maristas] ela ainda seguia o modelo antigo ... então o quê que aconteceu, nós começamos a montar uma equipe de trabalho voltada para a prática desportiva. Então nós começamos a montar as escolinhas nas diversas modalidades, e para cada escolinha nós buscamos um professor experiente na área ... eu coordenava, e dava Futebol de Salão, fui inclusive o 1º campeão de Futebol de Salão masculino, e o 1º campeão de Handebol Feminino [na época, do Festival Esportivo da Juventude, realizdos nos anos de 71 e 71] ...". (MENDONÇA, José Geraldo de. In Entrevista).
Quando da criação dos Jogos Infantis do Município – 1971/72, mesma época dos FERJ - o Futsal estava presente, conforme informa Dimas:
"[Os Jogos Infantis do Município foram criados na mesma época dos FEJ], mais ou menos na mesma época, só que os Jogos Infantis eram bem menores, vamos dizer...as modalidades eram queimada, câmbio, futebolzinho - futebol de salão, devia ser salão -; atletismo eu acredito que não, primeiro que as escolas municipais eram poucas, e era só criança, e eu fiz isso... era mais concentrada ali no Alberto Pinheiro, no fundo do Costa Rodrigues, mais foi uma primeira arrancada, só que depois que eu sai de lá, eles não levaram mais na frente." (DIMAS, entrevistas).
Outros grande nomes do Futsal
RAUL GUTERRES , nascido em 1927, iniciou-se no esporte com 15 anos de idade, jogando futebol. Em 1942, foi campeão estudantil, pelo Ateneu, jogando no gol. Em 1943, ingressou no FAC e com a extinção deste, passou para o MAC (1943), quando foi campeão.
Como estava na casa de João Rosa para fundar o Futsal, terminou sendo goleiro da bola pesada, saindo-se campeão pelo Santelmo, nos anos de 48/49/50. Além do Futsal e do futebol, jogava basquete, volei, e praticava atletismo.
LUIS CARLOS MOTTA , nascido em 1941, é considerado, até hoje, um “mestre do futsal”. Estudante do Colégio Ateneu de 1952 a 1956 (ganhou uma bolsa de estudos, pela sua habilidade com a bola), passou para o Liceu Maranhense, foi sete vezes campeão do Campeonato Maranhense de Estudantes – tetra pelo Ateneu, e tri pelo Liceu.
Sua habilidade técnica como pivô valeu um convite para ingressar no Drible (1959), time dos irmãos Saldanha , recém inaugurado (1958). Em 1961, deixa o Drible e passa para o Santelmo, sagrando-se campeão naquele ano; retorna ao Drible (1962), após uma temporada, conquistando diversos títulos, como o de campeão invicto do Torneio Carneiro Belfort (62); do Torneio do Jaguarema (63); além dos Torneios Major Mota e do “3º aniversário do Elmo” (65). Pelo Drible, foi ainda, hepta-campeão – 66 a 72 -, ano em que o Drible encerrou suas atividades. Motta, em 1974, abandona os esportes, devido a um acidente – foi atropelado por um ônibus.
PALMÉRIO CESAR MACIEL DE CAMPOS – POÉ
Nasceu em Guimarães, no ano de 1938. Aos 16 anos (54) a família transferiu-se para São Luís, onde fez contato com o esporte. Jogou Futebol de Campo, Futebol de Praia, depois Futsal e Basquete, sempre se destacando como craque de bola ...
Em 1957, passa a jogar futsal pelo Santelmo – recém-criado -, convidado por Cleon Furtado e João Rosa e que contava, ainda, com Raul Guterrez, Murilo Gago, Biné (Benedito Moraes Ribeiro), Mouzart (de Sá Tavares), Ivaldo. Com esse time, foram campeões de 1958 e 1959. A final do campeonato desse ano, foi entre o Santelmo e o Próton, decidida em melhor de cinco pontos; a primeira partida, disputada no casino, o Próton venceu por 5 x 2; o segundo jogo, na AABB (sede da Rua Grande, depois vendida aos Maristas), o Santelmo saiu vencedor, por 3 x 0; e a terceira partida, também no Casino, empate em 2 x 2; e a Quarta e última, disputada no Lítero, 5 x 1, para o Santelmo.
Em 1960, estava no Próton, convidado pelo Prof. Pedro Santos, jogando ao lado dos irmãos Cassas, Coronel Vieira, Cadico, Canhotinho, César Bragança. O Santelmo conquistou o terra-campeonato – 58, 59, 60, e 61 -.
Em 1962, o Santelmo e o Próton foram extintos, fundando-se o Cometas, formando uma verdadeira seleção: Poé, Lobão, Enemê (goleiro) Dunga, Nonato e Elias Cassas, Coronel Márcio (Matos Viana Pereira), Luisinho, Canhotinho, César Bragança, Murilo Matos, e Vavá. Essa formação jogou de 62 a 66 sem conquistar nenhum título ... No final de 66, deixa de jogar futsal. Os times da época eram bons demais: Graça Aranha, Atenas, Drible, Sampaio...
Segundo Poé, o futsal viveu duas fases; a primeira, foi da espontaneidade, onde tudo era nativo, não existindo tática, só técnica; a segunda, iniciou depois que o time cearense Francisco Lerda passou por aqui e ensinou tática. Juntaram técnica e tática.
No Basquete, começou no Colégio São Luís, por onde foi campeão intercolegial. Aos 16 anos – 1954, mesmo ano em que a família mudou de Guimarães para a capital -, estava no Milionários, ao lado de Ney Bello, Alcy Zeni, Miguel Fecury, Mauro Fecury, Canhotinho, tendo como técnico Cláudio Alemão. Na categoria adulto, jogou pelo Aerovias Aeronorte – ARARA -, em 1956. As equipes fortes dessa época eram o “8 de Maio”, Moto, Graça Aranha, Vera Cruz e Milionários.
HANDEBOL
Credita-se a Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo, o Prof. Dimas, a introdução do Handebol no Maranhão:
"Tanto que quando eu comecei a trabalhar com os esportes no colégio, para dar uma aula de Handebol - começar o Handebol -, era uma luta muito grande, que quando eu chegava na quadra, a quadra já estava ocupada com futebol de salão, e como era só uma quadra - no Batista, pelo menos -, então, para tirar esses alunos para dar uma aula de iniciação de Handebol, era uma guerra, era preciso moral, força de personalidade para poder tirar "seu" Phil Camarão da quadra e iniciar o Handebol, isso já em 72,73 - eu já dei um salto grande -, então nós temos que voltar para cá...". (DIMAS. Entrevistas).
Sobre a passagem acima, Phil afirma que ...
“... É verdade, porque a gente gostava. Porque ele, ele olhava diretamente para mim, ele viu que eu tinha facilidade para os esportes, porque como eu falei, eu sempre tive muita facilidade para os esportes, então ele vinha com o olho direto para mim, assim como quem dizia: esse cara aí tem um grande potencial, vai ser um grande jogador. E eu não percebia isso, porque, obviamente, o professor Dimas era qualificado para descobrir, muito mais experiente, para poder saber quem tinha o potencial para poder ser trabalhado, para poder ser desenvolvido e graças a Deus, deu certo, porque você vê que no primeiro JEM's, eu fui artilheiro do Maranhão na história do JEM's e mesmo assim continuei batendo minha bolinha, continuei jogando futsal, futebol de campo, volei, basquete, handebol, nadando e me destaquei mais evidentemente em handebol ... e o professor Dimas facilitou muito isso também ... então nós fazíamos uma espécie de aquecimento, vamos dizer assim dentro da técnica da educação física, e a partir daí nós, quem quisesse permanecia na quadra, e nós iniciávamos então os treinamentos do handebol com o professor Dimas, era assim que acontecia e isso o professor Dimas dava aula em outras escolas e ele levou isso para outras escolas, foi aí que permitiu que outros atletas também se desenvolvessem e se formassem em uma disputa em alto nível e essa disputa de alto nível dentro do Maranhão, esse esforço de sermos vencedores à nível local, que nos levou a alcançar um nível de reconhecimento nacional, tanto é que nos destacamos nos JEM's, na primeira vez que participamos e logo nós fomos campeões do Brasil." (Phil Camarão. Entrevistas).
Phil dá a sua versão, de como foram aquelas primeiras aulas de handebol, no Colégio Batista:
"... foi o professor Emílio que pediu que eu colaborasse com o professor Dimas, porque o professor Dimas era um profissional dedicado, esforçado e queria desenvolver essa modalidade ... e eu comecei, eu tinha muita facilidade para esporte, então eu praticava o volei, o basquete, o handebol, nadava, jogava tênis de mesa e mais na frente, eu me dediquei também ao xadrez e sempre como jogador ... tive iniciação de basquete com o professor Rubem Goulart ...”. (CAMARÃO, Phil. Entrevista)
Mas para o Professor José Maranhão Penha, do CEFET-MA, não foi Dimas quem introduziu o Handebol no Maranhão:
"... sabe que quem introduziu o Handebol aqui no Maranhão ? não foi o professor Dimas, não. Foi o professor Luiz Gonzaga Braga, aqui do CEFET. Se alguém pesquisar, vai confirmar essa veracidade. O professor Braga já vinha do Rio de Janeiro... dessas histórias, nunca tinha ouvido falar de Handebol aqui, Braga e o professor José Rosa, também era funcionário aqui do CEFET. Provavelmente, com certeza disso ai." (PENHA, José Maranhão. Entrevista).
Com o que concorda J. Alves, com mais de 30 anos atuando no jornalismo esportivo:
"Olha, veja só, inclusive eu não tinha o conhecimento disso, mas só, eu acho que tem procedência a coisa, porque a Escola Técnica existem os jogos das Escolas Técnicas, o famoso JEBEM. Mas, então isso já acontecia antes do Maranhão participar dos Jogos Estudantis Brasileiros, então eu me lembro, que o Maranhão participou pela primeira vez em 72 dos JEB’s, então foi no ano anterior o professor Dimas saiu, exatamente para assistir essa competição a trazer os dados para cá, de como era feito a coisa, então se nós participamos pela primeira vez do JEB's em 72; os jogos Universitários Brasileiros foram realizados em Fortaleza , e o JEB’s na Paraíba; Aliás em Maceió, deu um problema muito sério, porque toda comida vinda de São Paulo, e o que acontecia, vinha congelada isso causou um problema tremendo lá em Maceió, que adoeceu um monte de gente lá, em Fortaleza não deu esse problema porque era só adulto, então o organismo já segurava mais o trampo, mas a gurizada não segurou, então isso foi um problema muito sério para todas as delegações lá em Maceió, em 72 foi o primeiro ano que o Maranhão participou do JEB’s, então como o JEBEM já acontecia muito antes disso, então é claro que automaticamente o prof. Braga deve ter trazido para cá." (ALVES, J. Entrevistas)
Já para Phil Camarão, o introdutor do Handebol, foi Rubem Goulart, no Colégio Batista:
" ... inclusive foi o professor Emílio que pediu que eu colaborasse com o professor Dimas, porque o professor Dimas era um profissional dedicado, esforçado e queria desenvolver essa modalidade [Handebol] que segundo ele me informaram, já tinha sido trazida anteriormente pelo professor Rubem Goulart e eu comecei, eu tinha muita facilidade para esporte, então eu praticava o volei, o basquete, o handebol, nadava, jogava tênis de mesa e mais na frente, eu me dediquei também ao xadrez e sempre como jogador e depois fui convidado por ser também treinador da equipe do Colégio Batista e fomos campeões, executando-se basquetebol, que sempre a Escola Técnica foi campeã e nos fomos campeões em todas as modalidades." (Phil Camarão. Entrevistas).
Em que pesem essas especulações, para Cláudio Vaz, Dimas é o grande responsável pelo Handebol do Maranhão, junto com Laércio Elias Pereira:
"... Dimas foi o introdutor, agora a grandiosidade do Handebol no Maranhão, deve-se tudo ao Laércio - nível técnico, campeão brasileiro duas vezes, masculino e feminino -, Laércio foi um monstro em termo de ... veio o Biguá, veio o Horácio como ajudante dele, assistente Horácio, Biguá, já em 74...
"Em 72, Luis Fernando Figueiredo, Phil, Alberto Carlos, Vieira era o goleiro, Chocolate, Chico praticamente a base do Batista e Marista; a Escola Técnica tinha um timaço ... O Handebol no Maranhão evoluiu tanto que, jogo de futebol, era obrigado, no intervalo ter handebol em campo. Pois Elias fazia, Elias Pereira, dentro do Nhozinho Santos, botava as traves e fazia Handebol ... que realmente passou a ser um esporte competitivo, um esporte escolar mesmo, e de alto. Foi nessa época o esporte número um no Maranhão; o Handebol tomou conta, o basquete, o volei, tudo era secundário, o futebol; o handebol era o esporte mais assistido no Maranhão. Era ginásio lotado, era a maior loucura...". (VAZ DOS SANTOS, Cláudio. Entrevista).
Aldemir Mesquita esclarece melhor esse ponto. Para ele, Dimas foi o grande incentivador e o responsável pelo desenvolvimento do handebol no Maranhão. Aprenderam a jogar handebol durante um curso ministrado pelo MEC - antigo curso de suficiência, para formação de professores, em que o Prof. Ary Façanha de Sá foi o coordenador. Ele e Dimas, como diversos outros professores e técnicos, participaram desses cursos e foram dadas aulas das mais variadas modalidades esportivas. Um dos professores não veio e um antigo jogador de basquetebol - ex-seleção brasileira - ministrou as aulas de handebol e ele e Dimas se destacavam nas aulas, devido ao preparo físico e Dimas, por já conhecer o esporte. Aldemir ressalta que Dimas sempre ajudou muito a todos, pois já era formado em educação física e conhecia as técnicas das diversas modalidades esportivas e, humilde, sempre fazia todos os cursos que apareciam, apesar de formado e não necessitar, como os outros:
"Professor Dimas foi uns dos pioneiros. Eu acredito muito no trabalho do professor Dimas, porque na época do nosso curso nós não conhecíamos o Handebol, o professor Dimas já tinha um fundamento muito grande, durante as aulas. Eu não tinha muito relacionamento com ele, mas eu adueira (sic), porque ele dentro do handebol ele seria, ele era um atleta. Modéstia à parte, Dimas e eu éramos dos melhores alunos-atletas do handebol. Da escola, eu estou falando, não do Estado, mas dentro do treinamento da escola da educação física [curso], nos dois éramos sempre os dois melhores e eu acho que talvez isso tenha sido a razão de eu ter dirigido o time de handebol também...". (MESQUITA, Aldemir Carvalho de. Entrevistas).
O que é confirmado por José Geraldo Menezes de Mendonça, ex-Coordenador de Esportes dos Maristas:
"... Teve também uma equipe que veio do Rio de Janeiro, três professores para ensinar Basquete - que era o prof. Rui -, Atletismo - José Teles da Conceição - e Handebol - um professor de nome Wilson; isto foi na época do Governo de Nunes Freire; o coordenador de esportes que antigamente eles chamavam... Foi uma coordenação que antecedeu a SEDEL ... DEFER ... era o Cláudio Vaz dos Santos ... Pedro Neiva de Santana, exatamente ... funcionava ... - é, foi de Pedro Neiva de Santana para Nunes Freire -, funcionava num prédio do Caminho da Boiada a coordenação e havia umas seções, uns departamentos que funcionavam no Ginásio Costa Rodrigues, que estava já em funcionamento." (MENDONÇA, José Geraldo Menezes de. In Entrevistas).
Mas é Geraldo que esclarece, de uma vez por todas, a controvérsia de que introduziu o Handebol no Maranhão:
" ... a primeira exibição de Handebol no Maranhão foi realizada na quadra da Escola Técnica, em 1960, por dois grupos de atletas que o professor Braga treinou, no dia 23 de setembro.
"Prof. Braga foi participar de um treinamento de professores das Escolas Técnicas fora do estado; quando veio, trouxe uma bola de Handebol, selecionou dois grupos de atletas, alunos dele de educação física, marcou na quadra interna - aqui onde hoje o prédio grande -, com fita esparadrapo no chão as áreas de gol do Handebol e fez no dia 23 de setembro uma exibição que até então era desconhecida no Maranhão, mais só ficou nisso; ele trouxe a idéia, treinou dois grupos de educação física no dia 23 de setembro.
" [Eu] Estava [nesse grupo, além de mim] Me lembro, ... Edir Muniz, que por sinal é sobrinho do Prof. Braga; Edir estava - é de Codó, Braga é de Codó, está entendendo -, Edir estava nesse grupo, deixa eu me lembrar quem estava nesse grupo ... Eldir eu acho que estava nesse grupo que Eldir foi meu contemporâneo de Escola Técnica ... Eldir Carvalho, deixa eu me lembrar mais aqui não sei se Abdoram participou, mais Abdoram era do grupo, Abdoram Frazão; deixa eu me lembrar quem mais era do nosso grupo aqui, parece que Walmir também estava, Walmir da mecânica, Valderez ... não era metido a esportista, Valderez não gostava; metido a esportista aqui nessa época era eu e Eldir, nós éramos quem vibrávamos com esse tipo de coisa ... me parece que o Macário também era deste grupo, Macário deixa eu ver ... Aldemir era daquele grupo também ... Aldemir Mesquita, era daquele grupo, não naquela época... Aldemir nessa época ele não era aluno da Escola Técnica, Aldemir era do Liceu! Ele não estudou aqui, está entendendo ? Ele era funcionário, mais ele já foi funcionário depois, mas a primeira demonstração foi feita pelo professor Braga.
" .... É, agora, dimensão a nível de que hoje está, começou com Dimas, mas o maior responsável foi o Laércio. Começou com o Dimas, mais só que Dimas não tinha o conhecimento ele não dominava as técnicas profundamente como o Laércio, tanto que quando o Laércio veio para cá ele trouxe algumas pessoas junto com ele." (MENDONÇA, José Geraldo Menezes de. In Entrevista).
Biguá – Edivaldo Pereira - quem comenta como eram aqueles primeiros tempos, e a as dificuldades que passou, a rivalidade entre os "paulistas" e os atletas da terra e a importância que o Handebol tinha, movimentando toda a cidade:
" ... para você ter uma idéia, minha aproximação com o grande líder da época, era o Phil, ... já isso foi em, Meu Deus do Céu! Houve uma época em que o Phil... o Laércio, levou o Phil para passar um tempo lá em São Paulo; o Phil se relacionou muito bem comigo, eu que levava ele para o meu colégio para treinar, ... então a gente já tem uma amizade formada desde São Paulo, mas aqui chegando - ele era o Rei -, tanto é que ele entrava por último nos jogos, tinha uma musiquinha em cima, daquele Phil Maravilha; ele era o grande, a torcida cantava, ele era um dos caras mais ricos da cidade, a mãe dele tinha aquele - um Centro de Línguas, "John Kennedy Center -, ele sempre foi uma pessoa muito bonita, era um partidão, e era um destaque no esporte, em tudo que ele fazia, não era só no Handebol não; ele era muito bom no Basquete; o problema que ele teve na mão, foi jogando Tênis de Mesa, no Jaguarema; ele caiu por cima dos vidros, para tentar pegar um saldão na bola; ele sempre foi muito bem em todas as modalidades. Ai começaram a criar um "clima", quem é melhor, Biguá ou Phil? E eu não queria essa competição, nunca quis essa competição, nunca quis.
"Porra, Phil a gente não tem nada de ver, que provar quem é o melhor, queremos jogar na seleção"
"mas foi-se criando essa expectativa, foi se criando e Laércio então fez aqui uma olimpíada no (?) Bastos; ele pegou a seleção de Handebol e colocou dois caras para ser cabeça de cada equipe e nivelou as equipes e nesse time ficou eu e Tião e nós acabamos formando o Tupan, nós pegamos e juntamos mais os meninos das escolinhas, e outras meninos e formamos nosso time; e assim, cada qual formou o seu; menino, que teve no Jogo Biguá x Phil ... finalmente Biguá contra Phil ia acontecer e um "aué" na cidade, imprensa, não sei lá, não sei o que lá e eu já estava com a Tânia, já estava de volta; ai Tânia: "Pô, não tem nada a ver". Ai eu disse:
"Minha filha, hoje eu vou jogar, porque eu sei um pouco mais, eu nunca quis esse confronto, mais já que aconteceu, eu vou jogar o que eu sei e com certeza um pouco mais".
"Meu amigo, eu acho que Deus me iluminou demais naquela noite, eu fiz o que você... e com um detalhe - Tião bêbado do meu lado, trebado no vestiário no Costa Rodrigues; eu dizia:
"Negão, porra, porque você fez isso, cara ? hoje, cara, você podia fazer qualquer dia, mas hoje, cara, hoje, cara ... você podia fazer qualquer dia, mais hoje que eu estava ...,
"eu precisava demais dele (risos), hoje, ai eu comecei, como eu o conhecia desde o tempo das seleções, eu sempre fui capitão da seleção, eu - porque você sabe - que tem jogares, se você abre a boca com ele, reclama no mínimo, que por ele se apaga e tem outro que as vezes você tem que mexer no brio do cara, para o cara né ... e Tião era desses...,Tião até hoje é desses cara que você disser assim: "eu duvido que você faça isso", ele vai se esborrachar mais, ele vai querer mostrar para você que ele é capaz de fazer, é uma forma de suprir todas, todas as deficiências dele, de pele, de pobreza ... Ai eu disse para ele
"Filho da puta, (risos), tu vais ter que jogar, porque tu não vai me deixar nesse sufoco sozinho, olha como é que esta esse ginásio assim porra",
"ai eu comecei, tudo que eu podia agredir ele, eu fiz, rapaz ai ele virou para mim e disse - "vou te mostrar". - eu digo: "não mostra porra nenhuma, tu é um fuleiro rapaz." Meu amigo, o que nós dois jogamos, foi um absurdo, nós ganhamos..., conquistamos a competição, saímos aplaudidíssimos, de pé, o ginásio inteiro aplaudindo a gente. O próprio Phil veio conversar comigo, Luís Fernando jogava no outro time, também vaio conversar comigo, o Rubinho. Eles tinham um time forte, mais assim mesmo a amizade continuou distante, eu continuei dando as minhas aulinhas de handebol, eu dava aula no Colégio Santa Teresa e fui jogar com o time no Lítero, no domingo de manhã, contra o Colégio Batista, que era dessa corriola; menino não é que chegou um determinado momento lá que os dois árbitros lá do Colégio Batista - um até já morreu, irmão de Chico Neto, Otavio ele até morreu -, ai não sei o que aconteceu, eu me exaltei com Tadeu, Tadeu quis bater em mim, eu não, eu nunca fui... isso daí eu sou boníssimo, agora eu não presto zangado, eu zangado..., hoje não, hoje eu tenho outra filosofia. E ele veio me agredir e eu agredi ele, quando eu agredi ele, veio São Luís inteiro para me agredir, agora era porrada de tudo quanto era lado e eu sem saber de onde receber essas porradas e Rubem - Rubinho Goulat, sempre foi muito zangado -, por trás, assim, me deu uma porrada que abriu o meu lado e eu não vi, eu só vi ele, quando eu passei a mão aonde estava correndo sangue; eles estavam tomando cerveja, eu sai correndo, peguei duas garrafas de cerveja, quebrei as garrafas - agora é cômico, chegou até a ser cômico -, eu, sozinho, com duas garrafas quebradas na mão, correndo atrás daquele monte de gente (risos), mas era um monte de gente correndo, eu ali, queria matar alguém, eu fiquei possesso quando eu vi sangue, isso foi no domingo. Ai, interessante que todo mundo dizendo, São Luís inteira, na praia, na..., na segunda-feira: "Rubinho disse que a hora que te encontrar, vai te encher de porrada'" e ele é, sempre foi, forte, sempre foi zangado, sempre foi..., ah meu Deus, não se tu te lembra, aqui tinha um goleiro chamado Chico, Chico é um pessoa extremamente conhecida ai, era do Marista. Eu estava..., segunda-feira á noite, eu tinha que dar aula, aqui na minha escolinha de handebol; eu estava na casa de Tânia, aqui na rua do Outeiro, quando eu estou saindo para vim para cá, Chico chega lá ... "Pelo amor de Deus, não vai no Ginásio que Rubinho esta lá e disse que hoje tu não escapa, que ele só vai se contentar na hora que ele te quebrar" (risos), ai eu digo "Rapaz, eu só tenho duas alternativas, ou eu vou embora para São Paulo, ou eu vou lá enfrentar a fera e já". Eu já tinha um certo domínio da casa da Tânia, que eu vivia lá, e o pai dela tinha um revolver, que ele deixava sempre num mesmo lugar no banheiro, eu tinha uma taça da Federação Paulista de Handebol, grande, numa sacola; eu fui lá, peguei o revolver, e botei dentro da taça, sem ninguém saber; quando eu cheguei bem aqui na porta, Viché estava aqui. Ai Viché foi lá na porta: "Rapaz, vai te embora, que os caras querem te matar; rapaz os caras vão te encher de bolacha". Ai eu disse: "Viché eu não posso, eu tenho que vir, porra". Ai, quando Viché esta falando comigo, vem uma turma - Luís Fernando, Rubinho, Rubinho na frente, Rubinho assim...(risos), foi interessante, que ele chegou e disse assim: "O que é que tu andaste dizendo ai?" Porque como estava ouvido muito boato, eu realmente disse: "Olha, eu não tenho medo de nenhum deles, se vier um por um, eu vou na porrada, não pode vir é de muito, porque não tem como, mais um por um, pode enfileirar, eu vou brigando com um, brigo com outro" - e eu brigava mesmo , era danado de briga. Ai ele disse: "O quê que tu andaste falando?" Ele veio em direção a mim e eu meti a mão dentro da minha bolsa. Eu digo, o seguinte: que se vier um por um, pode enfileirar, pode enfileirar que nós vamos para o pau, agora se entrar mais de um, eu meto ... e botei o revolver assim, na testa dele, "Eu meto uma bala na tua cabeça, rapaz" (risos); do jeito que ele estava assim, ele... sabe quando você da aquela esfriada, eu digo e não estou brincando, professor parece que... é dedo de Deus, não teve mais briga, não me perturbaram nunca mais, Rubinho hoje, até hoje tem uma consideração fortíssima por mim, já aconteceu em outros anos passados os JEM’ s e eu como técnico do Batista, ele também ligado ao Batista, de gente querer me ofender verbalmente e ele brigar com as pessoas. Quer dizer, eu acho que foi coisa de Deus, dedo de Deus, assim para um doido, tem que chegar um doido e meio, tanto é que posteriormente eu cheguei a ser técnico das Seleções, principalmente a adulta, e todo mundo dizia assim: "Rapaz só pode ser tu o técnico da Seleção, porque Rubinho só respeita a ti"; todo mundo ele esculhambava, gritava, não sei o que lá, com técnico... qualquer um, se tirasse ele do jogo então, Ave Maria, antes dele sentar, ele esculhambava tanto o técnico, como a comissão técnica, mas quando era eu, não ..." (In ENTREVISTA).
Com a chegada dos "paulistas" - Laércio, Biguá, Viché -, Dimas, compreendendo suas limitações técnicas, afasta-se do Handebol - já dando sua missão cumprida, nessa modalidade, introduzindo-a no Maranhão - e passa a se dedicar apenas à Ginástica Olímpica. Para o Professor Emílio, do Batista:
"... Houve uma campanha muito desagradável contra o Handebol, e a Ginástica Olímpica, mesmo assim aquela antipatia, é... normal que apareça nas disputas, então como o Batista liderava a Ginástica Olímpica desde o principio, então diziam: olha o aluno que faz Ginástica Olímpica não cresce, então, as meninas ficam musculosas, e o Handebol que... como o futebol de salão, o próprio nome estava dizendo, quando iniciou, era um esporte em que o aluno não podia nem conversar em casa, em quadra tinha de bater palma, né; então tudo isso foi pelo entusiasmo da disputa, o voleibol... o Handebol passou a ser um jogo viril, né?, e aquilo passou a repercutir muito e... nosso ultimo time bom de Handebol foi o time de Ana Lilia, de Fátima Andrade, de Clores; foi que ai toda menina, a família não queria que jogasse handebol, ficou só na parte masculina; culpa da... é... Dimas se afastou um pouco o pessoal que veio, especialmente o pessoal de São Paulo, é... já vinha com concepção de que tinham de mostrar serviço, e serviço no esporte é vitória, né?, então qualquer coisa valia, né?, e ficou um jogo muito viril, passou muito tempo, o Batista sem apresentar, sem se apresentar nesta modalidade, o Marista também, é ... passou só para as escolas publicas; mas depois voltou, mas mesmo assim eu acho um jogo muito áspero para as classes menores de meninos e para meninas; imagine que eu quase fui nocauteado por uma bolada de uma aluna que hoje é medica, Lídia... Lídia Saldanha, ela era alta, não tinha muita mobilidade, mais lançava muito bem com as... duas mãos, né?, e eu estava de costas num treino e ela lançou uma bola, pegou aqui que eu apaguei (entre risos), mas mesmo assim era um esporte bem... social.". (MARIZ, Emílio. In ENTREVISTA).
A grande rivalidade do Handebol Maranhense era entre o Batista e a Escola Técnica. Essa rivalidade nasceu de um jogo de Handebol, entre o Batista - base da seleção maranhense que foi aos JEB's - e a Escola Técnica - no final dos JEM's, Aldemir Mesquita, técnico da ETFM e Phil Camarão, capitão do Batista, dão as suas versões. Aldemir recorda que foi o primeiro técnico de handebol da ETFM, posto assumido depois pelo Prof. Juarez Alves de Sousa e pelo Laércio Elias Pereira. Lembra como começou a prática dessa modalidade na ETFM:
"Então ele [Prof. Luiz Gonzaga Braga, coordenador de educação física da Escola Técnica] acatava qualquer decisão nossa. Qualquer pessoa que diga - professor, vamos fazer isso aqui ? Então ele dizia - tem time para botar? Então vou me responsabilizar; então ele nos dava autonomia para isso. Então quando criamos, posso até ressaltar ainda essa criação dessa seleção de handebol - foi até uma sugestão dos próprios alunos, do Maranhão - [José Maranhão Penha, hoje, um dos maiores técnicos de Handebol do Maranhão] -, quer dizer foram as pessoas que tiveram essa iniciativa, dos atletas, o Albino, Paulo, o Gafanhoto. Foram pessoas que disseram praticamente - vamos botar: vamos jogar; e apenas eu montei o time e "vambora" e o banco é esse; e nós fomos e ganhamos, por incrível que pareça. Eles já tinham, já tinham um fundamento no Basquete, campeão maranhense, campeão brasileiro, eles iam muito bem no Basquete. Então eu disse - rapaz se nós montarmos o time de Basquete, no time de Handebol e não tem o Basquete e você pega rápido nós vamos ganhar, e foi isso que aconteceu, quer dizer não teve dificuldade, não.... Isso ai foi zebra, que ninguém contava que a Escola praticava handebol. Não tinha um órgão da imprensa que comentasse nem a vitória da Escola, achava que era uma vitória normal, porque estava acontecendo, mas a vedete mesmo do handebol do Maranhão era o Colégio Batista, esse principalmente dava já contado para ser o campeoníssimo e tudo; era como se fosse o Colégio Dom Bosco hoje, o Colégio Batista em época passada. Então o Batista contava com craques como Gil, o Phil Camarão, Luis Fernando Figueiredo, Carcaça, Chocolate, o menino goleiro que é muito bom que eu esqueço o nome dele, um escuro, alto, muito bom, por sinal, que chegou a ser da Seleção maranhense e teve também um da seleção brasileira que era...não me recordo o nome dele. Sérgio não! Que chegou a ser da seleção, não competiu, mas o Batista foi o celeiro de craque, hoje como é o Dom Bosco. O Batista foi o celeiro, então como nós fomos jogar com o Batista a imprensa já sagrava dando manchete antecipada que o Batista era campeão. Então isso que foi a zebra da história, nós jogamos com o Batista; o Batista nos primeiros quinze minutos estava dando de 6 x 0 na gente, ai eu conversamos, rapaz a gente virou o jogo... O goleiro parece que trabalha no Banco do Brasil ...Alcides, goleiro alto; na ala direita, era Raul Goulart, a esquerda, tinha Zeca, jogava basquete... Outro Zeca. Zeca era canhotinho muito bom, baixinho, chamava de Zeca... Zeca Costa... parece que chamavam ele era Zé Costa, até trabalha com táxi aqui na praça e faziam o meio Emílio e o Zeca, irmão dele; Eram dois irmãos e tinha também mais o Albino nós tínhamos no banco, deixa-me ver são sete no caso, Alcides, Raul, Zeca Costa. No banco... Antônio Carlos, João Carlos, Tinoco ... Paulão não chegou a jogar; Gafanhoto era banco, Maranhão era também; Maranhão era banco, mas formou o time do banco como garoto, Maranhão era do time não tinha, mas ele já era do time. Maranhão tinha uma raça danada, recém chegado do interior com uma saúde que Deus lhe deu. Maranhão participava que qualquer seleção da Escola, até em lançamento de peso se botasse Maranhão, ele ia.". (MESQUITA, Aldemir Carvalho de. Entrevistas).
Para Phil, a Escola só ganhou aquele jogo porque todos os atletas do Batista estavam cansados, pois haviam disputado várias finais, naquele mesmo dia:
"... e nesse outro caso da Escola Técnica, foi porque eu tinha acabado de disputar a natação, cheguei morto de cansado, ai no mesmo dia fomos disputar o voleibol e por último, no mesmo dia fomos disputar o handebol e num clima de já ganhou, porque Luís Fernando não conseguia nem andar na quadra, Beto Borges não conseguia nem levantar o braço, estava todo mundo..., Gentil e Vieira eram grandes..., Gentil, Estevinho e Vieira eram grandes atletas de futebol de salão, tinham acabado de jogar futebol de salão em outro ginásio de esporte, então estava todo mundo morto de cansado e o principal é que já estávamos e clima de já ganhou, porque era praticamente..., era muito difícil entrar na cabeça da gente que nós perderíamos aquele jogo e a Escola Técnica tinha um quadro muito maior de atletas, porque eram atletas de basquete e entrou com muito mais raça e venceu com Emílio, Albino, Lino, Zeca, Zé Costa, Raul Goulart, Paulo, Carlos Tinoco, Aurélio era goleiro, eles haviam disputado o basquete, só o basquete, alias alguns desses aí disputaram o voleibol mais o basquete, o Gafanhoto também está aí ... Ele perturbava a gente lá (risos). Gafanhoto jogava basquete, Gafanhoto era técnico deles, sempre que foi o incentivador, vamos dizer assim ... mas era Gafanhoto que fazia a bagunça, que incentivava o banco, ... ele era banco e ficou, ele tinha uma, ainda tem né, ele é muito espirituoso e gozador e perturbou um bocado ele, lá na quadra e que incentivava os caras e dizia parte para cima, eles estão cansados, estão mortos, é dá esse cara, dá nesse gordo, que é (risos), ele chamava Luís Fernando de gordo, Luís Fernando sempre era muito forte, isso também Gafanhoto ajudou, mas o básico e que nós tínhamos jogando contra o Marista e contra o Liceu e tínhamos apanhado um bocado, né, porque no Marista tinha um cidadão, um dos caras mais raçudo que eu já conheci na minha vida, que era Deodet, que ele só cismava comigo, porque ele sabia que eu armava para Luís Fernando, ele muito inteligente, então ele me marcava e eu nem conseguia andar na quadra e isso a Escola Técnica, também fez comigo, porque ele botava o Albino, um na frente outro me esperando, depois se eu escapasse de um na frente e o outro me dava porrada e eu também já estava cansado e enfim, mas o que ganhou mesmo foi porque nós entramos em um clima de já ganhou e fomos surpreendidos.". (Phil Camarão. Entrevistas).
O Professor Emílio Mariz, Coordenador de esportes do Batista, acredita que essa foi a desculpa dada pelos jogadores, pois entraram "de salto alto", não acreditando na equipe da Escola Técnica:
" Bem, uns alunos, é... apresentaram muitas desculpas; nessa época ainda não estava em moda, é... determinadas drogas estimulantes, mas nessa época a imprensa valorizava muito o JEM’s; e se falou muito nisso, mais eu agora, como, é, ... professor, não mais um professor na ativa, é o professor torcedor, é, eu digo que houve um pouco de vaidade da parte do Batista, né; então o Batista veio de lá, veio de lá com Antônio Carlos jogando um Handebol de primeira qualidade, é, Phil Camarão armando, Luis Fernando, grande artilheiro e.... se esperava que se fosse uma competição, que terminasse em ... em Batista e Marista, quando apareceu a Escola Técnica; por sinal, a maioria dos jogadores da Escola Técnica eram jogadores de Basquete, é, tecnicamente, a altura influi bastante, né, eles usaram muito a... altura, mais eu acredito que o Batista, é, entrou pensando que ia ganhar e automaticamente terminou num choro.
"Eu digo que é vaidade porque sempre antes de cada... competição, de cada partida, cada partida - memoráveis -, aquelas partidas finais nós levávamos os alunos para um lugar reservado; eu e o Dimas conversávamos com eles, realmente era um time de muito conjunto, por três vezes eu tentava reuni-los e automaticamente eles iam dispersando, Luis Fernando: - "já estamos campeão", e o Phil ia lá na arquibancada a saldar as meninas da torcida e nunca esperaram que a Escola Técnica surgisse, é... para nós, era um time improvisado, não é? a maioria eu conhecia, como Zeca Nina e... - (entrevistador interrompe dizendo: "Hermílio, Paulão, Carlos, Rubinho, Gafanhoto, o mais alto, que estava no banco) - ... então, eu os conhecia como jogadores de Basquete, quer dizer, não esperávamos que a Escola Técnica ia apresentar um jogo daqueles; depois do jogo foi muito choro da torcida e da... da .... dos jogadores, naquele dia - parece que foi recente a morte do professor Braga, né ? - (entrevistador responde que sim) - então eu consegui, peguei o auto-falante, e pedi um minuto de silencio em homenagem ao professor, que eu havia trabalhado com ele lá na Escola -; então a... o ginásio todo atendeu, foi muito bonito, foi uma coisa assim, tudo programado, torcidas separadas, mas só o resultado foi contundente.
"Bem, foi uma das desculpas, é... nesse dia eu acompanhei toda a programação, inclusive morava aqui, no Monte Castelo, perto da Escola Técnica; Phil passou por minha casa e me levou para o Costa Rodrigues, porque eu tinha apenas encostado em casa para almoçar, né, mas outra coisa, o seguinte: nós não tínhamos nos concentrado naqueles elementos que automaticamente era a base da seleção maranhense, nós não tínhamos um banco ,é... satisfatório (interrompe o entrevistador, dizendo: “um banco à altura”) - ... um banco à altura, e ao passo que a Escola Técnica tinha, estava lá o Gafanhoto, é, no banco, com altura estupenda (Interrompe o entrevistador: "Phil diz que provocando Luis Alberto de todo enquanto é jeito, e que ele foi "gerente de banco" e que ele xingava e perturbava, desconcentrando completamente o time do Batista”) - era, sempre que nós nos encontrávamos ele... ele apresentava isso...". (MARIZ, Emílio. In ENTREVISTA)
Os grande nomes ...
LAÉRCIO ELIAS PEREIRA
Doutor em Educação Física; Professor da Universidade Católica de Brasília, onde dirige o Laboratório de Informação e Multimídia em EF-LIMEFE; Coordenador do Projeto Centro Esportivo Virtual Unicamp/UCB; em suas próprias palavras, nascido há mais de meio século (11 de outubro de 1948) em São Caetano do Sul - SP, onde se formou e trabalhou como metalúrgico como quase todo mundo lá. Cursou Educação Física na USP [Faculdade de Educação Física da Universidade de São Paulo - FEF/USP], depois de um vestibular em Sociologia. Passou por várias universidades (São Caetano, Maranhão, Paraíba, Mossoró, Minas Gerais, Universidade Católica de Brasília, onde dirige o Laboratório de Informação e Multimídia em EF-LIMEFE) e foi assessor da SEED-MEC, é pesquisador associado da Escola do Futuro - USP, coordena o Centro Esportivo Virtual no NIB-Unicamp e é Coordenador de Projetos Especiais da ESEF de Muzambinho ESEF; secretário da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SEC/MA e presidente do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte - CBCE. Fez doutorado na UNICAMP (a tese foi o CEV) , é membro do Conselho Federal de Educação Física e goleiro de futebol de salão do Antigamente Futebol Clube há 30 anos.
MARCOS ANTONIO DA SILVA GONÇALVES
Embora não tenha concluído seu curso de Educação Física, na EEF/USP, foi trazido pelo Laércio devido à sua experiência como administrador esportivo - função que exercia no SESI de Santo André, em São Paulo; atleta excepcional, era da mesma turma do Laércio, e teve importância muito grande na organização dos primeiros Jogos Escolares. Após um período em São Luís - cerca de cinco anos -, retornou para São Paulo, andou pela África, e atualmente, mora em São Luís, onde é vice-presidente e secretário da Federação de Desportos Escolares, recém-fundada.
EDIVALDO PEREIRA - BIGUÁ
Foi um dos atletas trazidos para jogar Handebol pelo Maranhão; trabalhou como técnico, como professor de educação física, jogador de futebol de salão, de voleibol; jornalista ... casado com Tânia, atleta de voleibol, hoje, professora de Educação Física e Jornalista, mantêm uma coluna em jornal local, onde traçam as memórias do esporte maranhense.
VICENTE CALDERONI NETO – VICHÉ
Outro atleta trazido à época para jogar pelo Maranhão. Trabalhou como técnico de Handebol e professor de educação física. Formou-se em Educação Física pela UFMA. Casado com Fátima Calderoni, sua ex-atleta, hoje, médica, uma das lendas do handebol feminino do Maranhão.
LUIS FERNANDO BEZERRA FIGUEIREDO
Nasceu em 15 de agosto de 1954, filho de Raimundo Soares Figueiredo - o prof. Figueiredo, ex-diretor do Colégio Batista Daniel de LaTouche, um dos grandes incentivadores do esporte escolar maranhense. Aluno do Batista, começou a praticar Basquetebol com o prof. Rubem Goulart.
Aos 15 anos (1969), conheceu o Handebol através do Prof. Dimas. Pertenceu àquela primeira geração - Vieirinha (goleiro), Raul Goulart, Phil Camarão, Wagner, Estevinho, Gentil, Alex, Roberto Chocolate, Alberto Carlos e Zé Carlos - que conquistaram vários títulos; o primeiro, dos FEJ de 1971, contra o Marista - outra equipe treinada por Dimas, e que contava, dente outros, com Álvaro (goleiro), Deusdedith, Nélio Tavares, Godinho, Régis, Chicão. Em 1972, nos JEB's de Maceió - primeira participação do Maranhão - foi o artilheiro do Brasil, com 109 gols - e isso, sem irem para as oitavas de final -.
Ainda em 1972, o Batista foi derrotado pelas equipes da ETFM no Handebol e no Basquetebol, durante os FEJ: a Escola Técnica formou com Hermílio e Albino Nina, Zeca, Zé Costa, Raul Goulart, Paulo e Carlos Tinoco, e Aurélio (goleiro).
No ano seguinte (1973), nos JEB's realizados em Brasília, mesmo sem jogar a segunda fase, foi vice-artilheiro do Handebol. De Brasília, foram para Fortaleza-CE, disputar o Campeonato Brasileiro de Basquetebol, onde ficaram em 4º lugar: - técnico: Chico Cunha, e o timo formou com, além de Luís Fernando, com Binga, Gafanhoto, Paulo e Carlos Tinoco, Albino e Hermílio Nina, Caruso, Zeca, Zé Costa e Pintinho. Nesse mesmo ano, entrou para o curso de Medicina, da UFMA, passando a participar do desporto universitário.
Em 1974, foi terceiro colocado no Campeonato Brasileiro disputado em Fortaleza-CE, ao lado de Álvaro e Vieirinha (goleiros), Tião, Phil Camarão, Rubinho Goulart, Zeca, já sob o comando de Laércio Elias Pereira, como técnico. Em 1976, foi campeão brasileiro adulto, no Rio de Janeiro, para onde mudou-se no ano seguinte, para cursar o último ano de Medicina. No Rio, jogou pelo Flamengo F.R. de 1977 a 1983, conquistando vários títulos estaduais. No Flamengo, além de atleta, assumiu a função de médico ortopedista do Departamento de Futebol Amador e, depois, foi membro da Comissão Anti-doping da Confederação Brasileira de Futebol - CBF -. Em 1990, retorna a São Luís, jogando por mais três anos, pela A.A. Alumar. Além do Handebol e Basquetebol, praticou Natação, Xadrez e Voleibol. Atualmente, é Presidente da Federação Maranhense de handebol - FMH.
LOUIS PHILIP MOSES CAMARÃO - PHIL CAMARÃO
Nascido em São Luís, em 06 de março de 1955, filho de Felipe Reis Camarão e Jean Moses Camarão. Médico perito examinador do trânsito.
Começou sua vida esportiva no Colégio Batista, desde o jardim de infância, e é daquela geração de ouro do esporte maranhense, sendo considerado um dos maiores jogadores de handebol do Maranhão, chegando a campeão brasileiro.
Foi Secretário de Desportos e Lazer; diretor do Instituto de Previdência do Estado do Maranhão, onde incentivou o esporte entre os funcionários públicos estaduais, criando os Jogos dos Funcionários Públicos.
FATIMA ANDRADE
Nasceu em São Luís em 20 de abril de 1958. Estudante do Colégio Batista – em uma época em que só era permitido às meninas fazer apenas educação física, sem praticar esportes, mesmo assim jogava Basquetebol. Apresentada ao Handebol em 1971, pelo coordenador de esportes do colégio, Professor Emílio Mariz, foi da primeira geração de meninas a praticar não só esportes, mas o handebol, que estava sendo introduzido nas escolas de São Luís naquele ano. Muito parecido com o Basquete, em que se jogava com as mãos só que o objetivo era fazer o gol. Então o Prof. Dimas passou a treinar as equipes do Batista – e do Marista - visando a participação nos FEJ – Festival Esportivo da Juventude - . O Batista foi o melhor, e aquele primeiro Festival serviu de espelho para a primeira convocação do Handebol feminino para os Jogos Escolares Brasileiros – JEB’s -, que seriam disputados em Maceió-AL, em 1972. Teresa, Venina (gol) Ana Lilia Figueiredo, Viviana Martins (filha de Dimas, o professor), Rosa Amélia, Auridete, Janny Eidi foram as peioneiras, junto com Fátima. Nem sabem em que lugar ficaram, mas em 1973 lá estavam de novo, tanto no FEJ como no JEB’s.
Não deixou de praticar o Basquete, tanto pelo Batista como pela Seleção Maranhense, que disputou o Campeonato Brasileiro de Juvenis, em caxias de Sul – RS. Em 1974, Vicente Calderoni – Viché – passa a treinar a equipe de Handebol feminino do Batista e impõem às atletas a opção de praticar somente um esporte. Fátima, além do Basquete e Handebol, fazia parte da equipe de Atletismo, e naquele primeiro FEJ participou das provas de velocidade. Viché descobre em Fátima muitas qualidades – tantas que até casa com ela, mais tarde -, passando-a de ponta para armadora. E naquele ano, durante os JEB’s, disputados em Campinas- SP o time tinha outra feição, o mesmo acontecendo em 1975, em Brasília. Nesse mesmo ano, foi campeã do Norte e Nordeste, vencendo a forte equipe do Amazonas na final, por um gol de diferença. Em 1976, o Handebol feminino maranhense estava entre as melhores equipes do país. Fátima, concluindo o segundo grau, limita sua participação apenas aos Jogos Universitários – passa para o curso de Medicina, na UFMA – e os campeonatos Brasileiros. Foi penta-campeã dos Jogos Escolares, de 71 (FEJ) a 75 (JEM’s).
WINGLINTTON ROCHA BARROS – O CHINA
Nasceu em 1974, e pertence à nova geração do Handebol maranhense. Aos 29 anos, tornou-se campeão pan-americano, nos jogos disputados em Santo Domingo (2003), na República Dominicana. Pratica o Handebol desde os 10 anos de idade e como todo garoto, começou no Futebol, jogando pelo Cruzeiro do Anil.
Morador da Travessa da Passagem, onde nasceu, fundou, com os amigos, o Crizeirinho Esporte Clube, time que durou três anos. Aos 10 anos, começou a estudar no Colégio Santa Teresa, sendo seu primeiro técnico Eduardo Telles. Ap[os três anos de aprendizado, foi para a Associação Esportiva Mirante, cujo técnico era o Prof. Pinheiro. Em 1989/90 foi bi-campeão dos Jogos Escolares maranhenses – JEM’s. Em 1991, estava no Colégio Dom Bosco – ganhou bolsa de estudos, destinada a atletas. Devido à transferência de escola, não pode disputar os JEM’s daquele, devido a dispositivo do Regulamento; mesmo assim, devido às suas qualidades técnicas, foi convocado para disputar os Jogos Escolares Brasileiros – JEB’s, disputados em Presidente Prudente – SP, onde foi artilheiro do Brasil, marca ainda não superada .
Durante aqueles jogos, estava sendo observado pelo técnico da seleção brasileira de handebol, Porf. Giacomini, e do Clube Sadia, de Chapecó – SC. Foi convocado, com 16 anos, e desde então permanece como titular absoluto da seleção brasileira e já são 12 anos...
Em 1992, foi campeão brasileiro, por Chapecó; no ano seguinte, dos Jogos Abertos de Santa cataria; dos Jogos regionais; Jogos Sulamericanos, na categoria Júnior; e vice-campeão pan-americano. Nesse mesmo ano passou a representar a Universidade Federal de Santa Maria, do Rio Grande do Sul – UFSM -, nos Jogos Aberto de Santa Catarina e, ainda, foi campeão dos Jogos Abertos do Brasil.
Em 1995, transfere-se para a Metodista (de Piracicaba, São Paulo), participando do Campeonato Mundial Júnior e do primeiro Campeonato Mundial Adulto, na islândia; no Pan-Americano, na Argentina. Em 1996, está de volta à São Luís – casara-se, disputando o campeonato brasileiro de 1997, pelo Moto Clube de São Luís, sagrando-se vice-campeão brasileiro por clubes; o campeonato veio no ano seguinte, 1998. Nesse mesmo ano, transfere-se para o IMS, de São Paulo, por onde conquistou o vice-campeonato da liga Mundial de handebol, tendo participado, ainda, do Mundial da França, pelo Vasco da Gama (Rio de Janeiro), ficando em 17o lugar. Em 2001, vai para a Alemanha, onde pretende aperfeiçoar sua técnica, porém após quatro meses está de volta ao Brasil, devido a uma antiga contusão no ombro. Em 2002, volta a jogar pelo IMS/São Caetano (SP), lá permanecendo até se recuperar, disputando o Pan-Americano de Clubes e a Liga Nacional, além de outros campeonatos e torneios. Em 2003, campeão pan-americano, defendendo a seleção brasileira; vitória dupla, pois foi sobre os argentinos ...
TIÃO
GINÁSTICA OLÍMPICA
O introdutor da Ginástica Olímpica em Maranhão foi ANTONIO MARIA ZACHARIAS BEZERRA DE ARAÚJO – o QUERIDO PROFESSOR DIMAS -. Quando foi a Belo Horizonte, nos III JEB's, além do Handebol, viu a Ginástica Olímpica:
“ ... a Ginástica Olímpica neste III JEB's, já estava deslumbrante; quando eu fiz o curso era Ginástica de solo e aparelho ... quando eu cheguei, que eu olhei a Ginástica Olímpica, então eu fiquei encantado, maravilhado de ver aquelas crianças fazendo coisas maravilhosas, na Pista de Atletismo. Na hora do desfile das escolas - na abertura -, eu vi uma menina fazendo estrela sem apoio e fiquei alucinado, nunca tinha visto aquilo; e quando eu voltei, então eu passei a - como eu já tinha uma experiência da Escola [de Educação Física] -, eu passei a construir aparelhos caseiros no pátio do Colégio Batista; ai eu fiz barra fixa de cano de água, fiz paralelas de pernamanca, fiz cavalo-de-pau de tronco de cajueiro, consegui comprar um trampolim, consegui uns dois colchões e iniciei um trabalho de Ginástica Olímpica lá no pátio do Colégio Batista." (DIMAS, Entrevista).
O Professor RAIMUNDO APRÍGIO MENDES, mais conhecido como Raimundão - um dos primeiros alunos do Prof. Dimas a conquistar destaque nacional - fala do início da Ginástica Olímpica. Dimas ia buscar seus atletas entre alunos de capoeira:
"Eu treinava Capoeira já uns dois anos antes; eu participava, eu fazia parte do grupo do Mestre Sapo, do falecido Mestre Sapo, que funcionava no Ginásio Costa Rodrigues; nos treinávamos sempre no período da tarde, tipo assim 17:30 e ia até 20:30 horas; em 76; aí, o professor Dimas apareceu em, no final de 1977, à procura de pessoas que tivessem uma boa habilidade para a pratica da Ginástica Olímpica então - tinha 14 anos -; então, ele buscou muitos alunos de Ginástica Olímpica dessa época, vieram da Capoeira; e ele preferiu assim porque os alunos da Capoeira já sabiam fazer alguns saltos que a Ginástica exige, e já tinham um bom trabalho de preparação física, principalmente na parte de resistência orgânica e flexibilidade
"... logo no primeiro ano, eu tive que participar, eu participei dos Jogos Estudantis Brasileiros, realizados em São Paulo; mas a titulo de ganhar experiência, né, nós não tínhamos nem um aparelho oficial de Ginástica Olímpica; tudo era braçal, tudo era feito aqui mesmo, e a gente não tinha nem noção; só para você ter uma idéia, eu tive que saltar num cavalo que eu fui conhecer chegando no Estado de São Paulo, no ginásio onde foi realizada a competição." (MENDES, Raimundo Aprígio - Raimundão, in ENTREVISTA)
Mas a Ginástica Olímpica, nos Jogos Escolares Maranhenses só começa a ser disputada em 1980, conforme relata Raimundão:
"... a Ginástica passou a fazer parte na década de 80, de 80 até os nossos dias nós temos Ginástica Olímpica nos Jogos Escolares Maranhense ...
“no principio - 74, 75, 76 - não tinha Ginástica Olímpica, ela tinha um núcleo bem pequeno, não era divulgado nas escolas; só a partir de 79 que ela veio chegar às escolas e a primeira escola que abraçou a ginástica olímpica foi o Colégio Batista por influência do Dimas, até por era professor de Educação Física do Colégio Batista; e com o meu trabalho e o trabalho dos outros instrutores, nós começamos ter alunos de outras escolas; nós tínhamos uma escolinha e com isso nós tínhamos vários alunos pertencentes às diversas escolas de São Luís; nós tínhamos Liceu, Humberto Ferreira, La Roque, Centro Caixeiral, CEMA, o antigo Pituxinha, o Rosa Castro, o Santa Teresa, e o colégio Batista;
“ então nós começamos pensar numa competição, implantar a Ginástica Olímpica nos Jogos Escolares Maranhense; essa competição, ela foi a nível individual, só após dois anos é que começamos a fazer mesmo competição, não só no individual, mas também em equipes;
“ nós tínhamos poucas escolas, no Santa Teresa,o técnico de ginástica olímpica se chamava Japonês - Inácio Bispo dos Santos -; ele começou comigo, com o Juvenal, com o Josué, a Rosa e ...; no La Roque, eu treinava o La Roque; no Pituxinha, era o Juvenal; e tinha o CEFET, antiga Escola Técnica era professora Vanilde; no SESC, tinha uma escolinha, com alunos de varias escolas, nessa época, grátis; a função principal dela era divulgar a modalidade, ter praticantes de ginástica olímpica; CEMA; o Rosa Castro!...
“ o objetivo era fazer a competição, então nós éramos técnicos de vários alunos, sem apadrinhamento com nenhum, preparávamos todos com igualdade, e o melhor vencia a competição...” (MENDES, Raimundo Aprígio - Raimundão, in ENTREVISTA)
Dimas, como Laércio, procurava entre os melhores alunos, os preparava, e os deixa nos diversos estabelecimentos de ensino, para atuarem como técnicos, como lembra Raimundão, rememorando o início de seu trabalho como "instrutor de Ginástica Olímpica", ao mesmo tempo em que treinava, como aluno-atleta de Dimas:
"O meu envolvimento com o trabalho de Ginástica Olímpica veio acontecer no final de 1978; o prof. Dimas, querendo difundir mais essa modalidade, começou a formar instrutores; e eu fiz parte desse grupo; e meu trabalho se iniciou numa escolinha no SESC, localizado na Praça Deodoro; e até hoje continua no prédio do SESC; e de lá eu fiz um trabalho mais ou menos uns três anos, ... e esse trabalho, ele tinha como finalidade, não só atender, ser um trabalho solidário, de atender à comunidade, mas também um trabalho que se voltava para as competições, principalmente os Jogos Escolares Brasileiros; já no finalzinho, no mês de novembro, quase em dezembro; porque eu já tinha assim uma certa habilidade, ele sentiu confiança e acreditou e começou a fazer alguns investimentos...
“... Juvenal começou primeiro do que eu; eu comecei no inicio de 78, final de 77; Juvenal já veio assim de 75; José de Arimatéia, que hoje é também professor de educação física; e... tinha também o Josué, que é também formado em educação física, e o próprio filho do Dimas, Maurício..." (MENDES, Raimundo Aprígio - Raimundão. In ENTREVISTA).
O Prof. Raimundo fala das dificuldades daqueles primeiros tempos, principalmente com respeito a material. Dimas recorria a seu pai, que tinha uma carpintaria e, após sua morte, é o próprio Raimundão que passa a ser o responsável pelos concertos e fabricação de equipamentos de ginástica:
“ ... eu acompanhei o meu pai em varias situações de trabalho e com isso eu ganhei um pouco de experiência nessa área; então na Ginástica Olímpica nós tínhamos muita dificuldade em ter aparelhos; então a gente fez uma montagem de aparelhos, usando a estrutura de madeiras; e nós fabricamos aqui umas argolas, fabricamos umas paralelas, principalmente masculina, e alem disso, quando qualquer material quebrava, e sendo de madeira, eu consertava; nós comprávamos materiais, fazíamos substituição, pequenos reparos, e assim a gente levou a ginástica mais ou menos por vários anos...
“... só tivemos uma primeira, uma aparelhagem oficial de Ginástica Olímpica, mais ou menos por volta de 1980, 81, 82 por ai.
“Eu comecei a Ginástica Olímpica no Costa Rodrigues, numa barra bem rudimentar, construída pelo Dimas; uma paralela também, construída pelo Dimas e, nós conseguimos desenvolver bastante esse trabalho, mesmo com essa aparelhagem ruim nós conseguimos desenvolver bem esse trabalho; eu viajei para os JEB’s em 1977 ou 78, e quando chegou 79, o Dimas levou uma equipe de ginástica, e essa equipe se apresentou muito bem; nós conseguimos uma ótima colocação, daí porque o Governo Federal, achando que o Maranhão poderia ser um pólo de Ginástica Olímpica, resolveu investir na Ginástica Olímpica, construindo essa praça esportiva que a gente tem aqui na Av. Kennedy, especificamente para a área de Ginástica Olímpica.". (MENDES, Raimundo Aprígio - Raimundão. In ENTREVISTA).
A influência de Dimas em toda uma geração de jovens atletas foi tamanha, que até hoje, trinta anos após, estes pequenos ginastas de outrora tornaram-se os responsáveis pelo esporte no Maranhão, e continuam honrando a posição de destaque ocupado pela Ginástica Olímpica maranhense no Brasil:
".... quem ficou no lugar dele foi o professor Juvenal; desenvolveu um trabalho durante um ano no Colégio Batista, mas como ele estava muito sobrecarregado, trabalhava com quatro equipes, duas equipes Infanto e Juvenil masculino, e Infanto e Juvenil feminino no Colégio Batista e começou a chegar outras oportunidades, no Estado e no Município, e se achando muito sobrecarregado, me convidou para trabalhar com ele no Colégio Batista, assumindo o Infanto masculino e o Juvenil masculino;
" ... agora, quando o professor Dimas saiu exatamente para batalhar em beneficio da reformulação da estrutura e para fazer acontecer o curso de educação física no Estado do Maranhão, ele me deixou no seu lugar e eu fiquei tomando conta da Ginástica aqui no Ginásio Rubem Goulart, como também no SESC, por onde tinha Ginástica Olímpica; eu comecei a ministrar aulas, e eu comecei a estar integrado diretamente ...
" ...mas o professor Dimas não se ausentou ... ele participava, só que ele dava poucas aulas; ele se preparou para isso, ele sabia que ia chegar o momento em que ele teria de se ausentar um pouco da Ginástica Olímpica e para que a Ginástica Olímpica não morresse, teria que ter pessoas preparadas para levar o trabalho em frente; e ele acertou em cheio, ele acabou mais ou menos dez instrutores de Ginástica Olímpica, não só do sexo masculino, mas também do sexo feminino; nós podemos citar, por exemplo, a Professora Vanilde [Leão], que foi também professora de educação física, trabalhou no CEFET como pedagoga; temos também a Rosa, uma ex-bailarina; temos o Robson; temos os irmãos Freire - o Leo e o Raimundo de Almeida Freire; o Luizinho, que foi um dos seus melhores atletas, veio também da capoeira; o Luis Fernando, é formado em educação física;
“ o Juvenal, começou na Ginástica Olímpica como atleta; ele não tinha muito êxito, mas era uma pessoa que tinha um bom conhecimento teórico em Ginástica Olímpica, ele chegou até um curso no México, é premiado pela Confederação Brasileira de Ginástica; ele foi um dos indicados a fazer um curso internacional daqui do Brasil; nessa época participaram apenas três professores e ele estava neste grupo - ele passou mais ou menos 20 dias no México, fazendo um curso na área de Ginástica Olímpica -, e quando ele chegou aqui ele nos transmitiu vários conhecimentos ... fez também um bom trabalho como técnico de Ginástica Olímpica, preparou muitos atletas, levou varias vezes seleções femininas para os Jogos Escolares Brasileiros;
“ mas o Juvenal tinha objetivos na vida, ele amava a Ginástica, mas ele também queria retorno e como a Ginástica é um esporte que no Brasil não tem uma larga divulgação assim como o Basquete, o Voleibol, a Natação e até mesmo o Futebol, porque quem trabalha principalmente com a Ginástica Olímpica não fica rico, então ele foi ficando decepcionado, até o ponto que largou de trabalhar com Ginástica Olímpica.". (MENDES, Raimundo Aprígio - Raimundão. In ENTREVISTA).
A Federação Maranhense de Ginástica Olímpica
A Federação de Ginástica nasceu na antiga Secretaria de Desporto e Lazer - SEDEL - foi fundada em 1981, pela necessidade próprio trabalho da SEDEL. O primeiro presidente foi o professor Dimas; sendo vice- presidente o professor Juvenal; e o diretor técnico o professor Raimundão.
Quando acabou o mandato do professor Dimas, assumiu a Federação o professor Juvenal, durante dois mandados; depois do professor Juvenal, Raimundo assumiu por um mandato na Federação; aí teve outros presidentes, como Cláudio Cabral Marques - hoje, Juiz de Direito - e a professora Valdeci Vieira das Dores Vale, professora de Educação Física da Universidade Federal do Maranhão, que já ocupou por três vezes o cargo de vice-presidente, continuando no cargo, com o professor Raimundo Aprígio Mendes como presidente até 2005.
Raimundão, hoje, é professor de Ginástica Olímpica do Colégio Batista "Daniel de LaTouche", função que fora de seu Mestre, além de ser o presidente da Federação Maranhense de Ginástica Olímpica, cargo também exercido por Dimas. Hoje, ao menos nos individuais, há participação dos eventos da Confederação Brasileira de Ginástica, sendo que o ultimo evento 1999, no Torneio Internacional de Ginástica Olímpica, com quatro atletas, conseguindo-se uma boa colocações - os meninos chegaram aqui cheio de medalhas. Hoje, ao menos nos individuais, há participação dos eventos da Confederação Brasileira de Ginástica, sendo que o ultimo evento 1999, no Torneio Internacional de Ginástica Olímpica, com quatro atletas, conseguindo-se uma boa colocações - os meninos chegaram aqui cheio de medalhas.
Mas o primeiro registro encontrado onde aparece a palavra “ginástica” data de 1841, conforme anúncio no “JORNAL MARANHENSE” sob o título de:
“THEATRO PUBLICO
“Prepara-se para Domingo, 21 do corrente huma representação de Gimnástica que será executada por Mr. Valli Hércules Francez, mestre da mesma arte de escola do Coronel Amoroz em Paris; e primeiro modelo da academia Imperial de Bellas Artes do Rio de Janeiro, que terá a honra de apresentar se pela primeira vez diante d’este Ilustrado público, a quem também dirige agradar como já tem feito nos principais Theatros de Europa , e deste Império.
“Mr. Valli há contractado o Theatro União, para dar sua função, junto com Mr. Henrique, e tem preparado para este dia um espetáculo extraordinário que será composto pela seguinte maneira:
- Exercícios de forças, Agilidade e posições Acadêmicas
- Exercícios no ar e muitas abelidades sobre colunnas assim como admiraveis sortes nas cordas
“Nos intervalos de Mr. Valli, se apresentará Mr. Henrique, para executar alguns exercícios de fizica, em quanto Mr. Valli descansa.”
Novo anuncio é publicado em 16 de novembro daquele ano de 1841 , sob o mesmo título, em que eram anunciadas as novas atrações do programa a ser apresentado:
“Theatro Publico
“Domingo 21 do corrente 1841, 1ª apresentação gimnastica dirigida por Mr. Valli, Herculez Francez, que tem a distinta honra de apresentar-se diante deste ilustre publico para executar seis noites de divertimentos:
1ª noite – exercícios gimnasticos, malabares, fizica
2ª dita – grande roda gyratoria
3ª dita – jogos hydraulicos como existem em Europa
4ª dita – a grande luta dos dois gladiadores”.
Miguel Hoerhan foi nosso primeiro professor de Educação Física, tendo prestado relevantes serviços à mocidade ludovicense, como professor na Escola Normal, Escola Modelo, Liceu Maranhense, Instituto Rosa Nina, nas escolas estaduais e até nas municipais, estimulando a prática da cultura física.: "E para coroar de êxito esse idealismo, esteve à frente da fundação do Club Ginástico Maranhense..." (MARTINS, 1989).
Vamos encontrar novamente a influência do professor José Rosa, pois foi quem despertou em Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo - o jovem Tonho, depois conhecido como Prof. Dimas - o gosto pela Ginástica, quando chegou a São Luís (1944) e foi seu aluno, anos mais tarde, no Liceu Maranhense :
" ... quem me despertou foi o professor José Rosa. Então eu participei até de demonstração de Educação Física que ele fazia; foi quando eu comecei a desenvolver e pegar corpo ... [as aulas eram de ... ] Ginástica Geral e Calistenia ; foi onde eu comecei a desenvolver o meu físico, o corpo, tanto que quando ei cheguei no Exército eu já estava formando .... no Liceu, só futebol e ginástica de um modo geral. Eles faziam naquela época muitos exercícios acrobáticos, salto, mas não tinha característica nenhuma de ginástica, o nome era esse, ginástica acrobática ". (DIMAS, Entrevista) .
AINDA OS JOGOS ESCOLARES
Década de 30 – JOGOS ESTUDANTIS – organizados pelo Prof. Luiz Rego .
Década de 40 – 1943. Criação do Serviço de Educação Física - Decreto-Lei n. 771, de 23 de agosto de 1943, do governo do Estado do Maranhão -, da Secretaria de Educação. Alfredo Duailibe foi seu primeiro diretor; a Seduc era dirigida pelo Prof. Luiz Rego.
- Olimpíadas Colegiais, criadas pelo prof. Luiz Rego, em 1949.
Década de 50 – Seletiva da Corrida Internacional de São Silvestre, organizada pelo jornalista Dejard Ramos Martins, de 1952 a 1960. Antes de Dejard, essa seletiva era organizada pelo jornalista Nonato Masson.
- Campeonato Maranhense de Estudantes (Futsal), organizado pelo jornalista Jaffé Mendes Nunes.
OUTRAS GRANDES EQUIPES DO PASSADO
MOTO CLUBE DE SÃO LUÍS
Fundado em 13 de setembro de 1937, por um grupo de amigos, amantes do motociclismo. Dentre estes, estava João Batista Mouchrek , que além do motociclsimo, praticava ainda futebol, atletismo, basquetebol, voleibol, e boxe.
João Elias viu nascer o Sampaio Corrêa Futebol Clube, em 1922. Naquela época, os times eram o Luso-Brasileiro, Fênix, Fabril, Sírio-Brasileiro, Tupan, Tupi e Santa Cruz. Admirava o Sírio-Brasileiro, desfeito em 1919. Um grupo do Sírio fundou o Maranhão Atlético Clube – MAC -, em 1932.
Comprou uma moto importada – pois não havia nacionais – e passou a fazer parte do grupo de privilegiados que se exibiam pelas ruas de São Luís, no trajeto da Praça Gonçalves Dias rumo à Beira-Mar e outras ruas do centro. Esses motociclistas – Simão Félix, Jaime Pires Neves, os irmãos Nagib, Emilio e João Mouchrek, Vitor, José e Raimundo Serejo, os professores Ambrósio e Newton Pavão, Alberto Aboud, Zé Mamá, João Lélis dos Santos (João Águia) – fundaram o Moto Clube de São Luís.
Um ano depois (1938) fundaram o Departamento de Futebol. Desse ano, até 1943, o Moto não conquistou nenhum título no futebol; em 1938, o campeão foi o Tupan; em 39, o MAC, em 40, Sampaio Corrêa; 41, Mac; 42, Sampaio, 43, MAC. Em 1944, César Aboud resolver investir no clube, contratando o Uruguaio Comitante para dirigir a equipe. Foram sete títulos seguidos – 44 a 50 – e mais o título de Papão do Norte, quando derrotou todos os adversários da região, em 1947.
GAEC – GRAÇA ARANHA ESPORTE CLUBE
Fundado como equipe de futebol de campo, para disputar um campeonato amador, seu desempenho foi tal que passou a disputar a primeira divisão, profissional, o que foi sua ruína. Paralelamente ao futebol, criaram-se os departamentos de Futsal, Basquete masculino e feminino, e corrida rústica. Seu maior dirigentes foi ALBINO VIANA TRAVINCAS (Nascido em São Luís, em 1º de novembro de 1924).
O Clube foi fundado em 1952, pelos irmãos Andrade, com a primeira sede localizada na Rua Graça Aranha, em casa de Mero Preto. Seu primeiro presidente foi Manoel Andrade, e o uniforme tinha as cores branco, preto e vermelho. No final de 54, Manoel Andrade deixa o clube, assumindo o cargo Joaquim Casanovas Anglada. Nesse mesmo ano, convidou Albino Travincas para dirigir o GAEC.
O Futsal do Graça Aranha contou com atletas do nível de Arnaldo, Lima Filho, marinho, Canhoteiro, Wallace, professor Castro, Mariano, Pavão, Azolline, Caíto, Pula-Pula, João Sá (o cantor Cláudio Fontana), Luis Portela, e Vavá.
No Basquete, Dilson “Guabirú” Lago, Poé (Palmério Maciel) Itapary, Aziz tajra, Marinho, Mauro e Miguel Fecury, José Augusto e José Alberto Trovão Lamar. No Feminino, o clube era representado pelas atletas do Colégio São Vicente de Paula.
Na corrida rústica, o destaque era Reinaldo Pinto Carneiro, que conquistou vários títulos e representou o Maranhão na tradicional Corrida de São Silvestre – organizada, as eliminatórias, pelos jornalista Nonato Masson e depois, por Dejard ramos Martins.
SPARTA
Time fundado pelos irmãos Constâncio Carvalho Neto (Catim, nascido em 03 de maio de 1939) e José Ferdinand Chaves Carvalho (Férdic, nascido a 08 de abril de 1940). Meninos ainda costumavam jogar futebol de meia (com bola de meia), na Rua São Pantaleão, 147. Adolescentes, passam a jogar futebol de salão – futsal – fundando o Sparta, junto com o amigo Juca Abreu, em 1955. O Sparta sobreviveu até 1959...
Como muitos outros “clubes” – times – de futebol de salão, o Sparta também surgiu no pátio do Liceu Maranhense, dentre os peladeiros da época – Nilson e Nervalzinho Santiago, Juca Abreu, Constâncio, Januário, José Reinaldo Tavares, Xuxuca, Negão, César Bragança, malheiros, Macieira, Canhotinho, dentre outros.
Esses “gazeteiros” costumavam jogar bola de meia no pátio; e quando eram encontrados pelo Secretário (durante 42 anos... do Liceu, Nerval Levre Santiago, pai de Nilson e Nervalzinho), eram colocados para fora da escola. Iam, então, para na Praça do Quartel (do Panteon), para continuar o jogo; nos intervalos, sentavam-se debaixo dos oitizierios, para observar a saída das meninas do Rosa Castro ...
BRASIL FUTEBOL CLUBE
Foi fundado por Roberto José “Babão” de Oliveira, Aziz Tajra, Reinaldo Bandeira, José Reinaldo Tavares, Coronel Vieira, Gama, e outros. Das peladas de rua, para um torneio de futebol de bairros, que aconteceria no Santa Isabel. O Brasil não ficou restrito ao futebol; esse mesmo grupo, com o nome de Maguary, participava das competições de Basquete.
Aluno dos Maristas, Roberto Babão , além do futebol de campo, jogou salão, basquete, e praticava atletismo – velocista, corria os 100, 200 e 4x100.
Em 1955, fez parte da seleção de basquete que disputou o Campeonato Brasileiro, em Guaratinguetá –SP; foi a primeira seleção que saiu do Estado para disputar uma competição nacional . Além de babão, estavam os irmãos mauro e Miguel Fecury, Alcir Zeni, Dunga Almeida, Jesus Itapary, Poé, Canhotinho, Dilson Guaburú Lago, e João Botão; o técnico, era o Capitão Carlos Alberto Alves.
Depois desse campeonato, passou a jogar pelo Moto Clube, que já contava com Reinaldo bandeira, Dilson Guabirú, Cândido, Aziz Tajra, João Botão.
No futsal, jogou no Sparta – por onde foi campeão, ao lado de Cafetão, Milson Cordeiro, Inésio, Parú, Milson Coutinho, Constâncio, Ferdinand, e outros.
ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA DRIBLE
A origem do mais famoso dos times de futebol de salão – futsal – do Maranhão foi o Guanabara, fundado em 1954, para jogar futebol de campo na várzea. Fundado pelos irmãos Saldanha – Sérgio patelo, Roberto e Guilherme – e vários amigos. Do Guanabara, faziam parte Maurão, Seu Riba, Costa, Jayron Guimarães, Klauss e Herbert Pflüger, Zé Roberto e Zé Augusto Lamar, Nascimento, e Tobias.
Em 1957, ganharam uma equipagem de uma marca esportiva – pois Klauss era o seu representante no Maranhão – para divulgar a marca; resolveram mudar o nome para Associação Esportiva Drible. Desse ano a 1972, o Drible construiu sua história ...
Inicialmente, só jogavam os fundadores – Pangaré, Chedão (Sérgio Saldanha), Schalcher, Manteiga (José Antônio ferreira e Silva), e Guilherme; Roberto só entrava se fosse necessário, pois preferia atuar como dirigente – tinha recursos financeiros para bancar os custos. O grupo, muito fechado, só admitia os amigos – Mota, Luizinho, e Lobão (José de Ribamar Lobão Filho); outros nomes, com o tempo, vieram a formar no Drible.
O maior advers
Ário do Drible era o Cometas, sobre quem ganharam o primeiro título, em 1966. Jogaram pelo Drible: Lobão, Chedão, e Luisinho; Guilherme e Mota. Pelo Cometas, Dunga, Poé, Elias e Nonato Cassas, e Biné (Benedito Moares Ribeiro). Depois desse primeiro título, vieram outros sete – octa-campeão!
Drible, Drible é o maior
Drible, de ninguém tem dó
Eu encontrei a turma do Drible
Tomando chopp com cachaça e batucada
Mas lá na quadra do Casino ele ganhava ...
era o hino - para tirar “sarro” dos adversários - composto por Chedão.
OS MILIONÁRIOS
Foi outro desses grupos formados para as disputas esportivas, especialmente o Basquetebol. Apesar do nome, era formado por “duros” – Janjão, Cláudio Alemão, Zé Costa, Mauro e Miguel Fecury, e Alcir Zeni; a exceção, era Eliéser Moreira.
Naquela época, a grande diversão dos jovens era o futebol jogado nas peladas de rua, com bola de meia, que continuava nos pátios dos colégios, onde estudavam. Esses jovens formavam seus grupos – que mais tarde se transformavam em equipes, e disputavam os mais variados esportes – volei, basquete, mais tarde o futsal, boxe, atletismo... Jogavam tanto por essas equipes de amigos, quanto nas equipes das escolas, disputando os Jogos Interescolares – tanto os organizados por Luiz Rego, os de Mary Santos, quanto os pelo Dr. Carlos Vasconcelos e, depois, os Festival Esportivo da Juventude, precursores dos Jogos Escolares Maranhenses ... – torneios e campeonatos, como dos organizados por Jaffé Nunes, perla Liga de Futebol de Salão ...
Janjão – Antônio Carlos Vaz dos Santos – nasceu em São Luís a 23 de novembro de 1934. Irmão mais velho de um dos monstros sagrados do esporte maranhense, Cláudio “Alemão” Vaz dos Santos.
No Basquete, tinha como companheiros Fabiano Vieira da Silva, Geografia (Carlos Alberto de Moares Rêgo), Ney Bello, Aziz tajra, e Nega Fulô. No Voleibol, sera “suspendedor” (hoje, seria levantador) de fabiano, jogando, ainda, Henrique Moreira Lima e Marco Antonio Veira da Silva, irmão de Fabiano e filhos de Raimundinho Vieira da Silva.
No futebol de campo ou de praia, formava ao lado de Chico Mota (goleiro), Poé, Cleon Furtado, Márcio Viana Pereira, Silvinho Tavares, Zé Reinaldo Tavares, Nélio Tavares, Pereira, Acrísio, e Alim Maluf.
Quando foi servir ao Exército – NPOR -, aos 18 anos, foi convidado pelo Cel. Bebeto (Carlos Alberto Barateiro da Costa) a integrar o time do “General Sampaio”. Ao dar baixa, foi procurado por Jurandir Brito para jogar pelo Vera Cruz (equipe de Rinaldi Maia) – um dos rivais do “8 de Maio” e do Moto, os melhores do Basquete das décadas de 50/60.
~~ Um primeira versão foi apresentada no VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES, LAZER E DANÇA, Ponta Grossa – Paraná (Brasil), 14 a 17 de novembro de 2002. Coletâneas ... Ponta Grossa-Pr : UEPG, 2002. ( Publicado em CD-Room).
Ver, também, “O lúdico e o movimento em Maranhão”, VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. In Lecturas: Educación Física y Deportes, Buenos Aires, ano 7, no. 37, junho de 2001, disponível em www.efdeportes.com
Ver “O hipodrismo em Maranhão”, de VAZ, Delzuite Dantas Brito; e VAZ, Leopoldo Gil Dulcio, artigo publicado nas Coletâneas do VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES, LAZER E DANÇA, Ponta Grossa-PR, 14 a 17 de novembro de 2002. ... Ponta Grossa-Pr : UEPG, 2002. (Publicado em CD-Room). Disponível em www.cefet-ma.br/revista/09
Ver “A ‘inauguração’ do foot-ball em Maranhão”. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. In Lecturas: Educación Física y Deportes, Buenos Aires, ano 5, no. 34, agosto de 2000, disponível em www.efdeportes.com
MARTINS, Dejard Ramos. ESPORTE – UM MERGULHO NO TEMPO. São Luís : SIOGE, 1989.
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A inauguração do “foot-ball” em Maranhão. In REVISTA NOVA ATENAS DE EDUCAÇÀO TECNOLÓGICA, São Luís, v.3, n 1, jan/jun 2000, disponível em www.cefet-ma.br/revista
ver também:
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A inauguração do “foot-ball” em Maranhão. In LECTURAS: EDUCACION FISICA Y DEPORTES, Buenos Aires, n. 24, agosto de 2000, disponível em www.efdeportes.com;
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. O esporte no Maranhão. In O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 26 de maio de 2000, Terça-feira, caderno Opinião, p. 4; e
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. O nascimento de uma paixão. In O IMPARCIAL, São Luís, Domingo, 29 de outubro de 2000, p. 7, Caderno de Esportes
JOÃO ANTÔNIO GARCIA DE ABRANCHES - Garcia de Abranches, o Censor - nasceu em 31 de janeiro de 1769, em Macieira, freguesia de Sant'Iago, junto à vila de Cêa, bispado de Coimbra, em Portugal. É filho do Capitão José Garcia de Abranches e de D. Maria dos Reys. Seu apelido - Censor - deve-se ao jornal que escrevia, o Censor, no período de 1825 a 1830, em defesa das liberdades, da Independência e do Imperador, fazendo oposição ao jornal de Odorico Mendes; e ao Lord Cochrane, o que lhe valeu o exílio para Portugal, onde se bateu pela restauração de D. Pedro ao trono português. Garcia de Abranches aportou a São Luís do Maranhão em 1789, construindo fama e fortuna, embora procedesse de uma das maiores famílias portuguesas. De seu casamento com D. Anna Victorina Ottoni, falecida em 1806, nasceram-lhe três filhos: Frederico Magno de Abranches ; João e Antônio, estes dois, falecidos antes de 1812. O primeiro, conhecido como 'O Fidalgote', teve vida longa, representando papel importante na política e no jornalismo.
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. “Pernas para o ar que ninguém é de ferro”: as recreações na São Luís do Século XIX. Prêmio “Antônio Lopes” de pesquisa histórica, CONCURSO LITERÁRIO E ARTÍSTICO CIDADE DE SÃO LUÍS, 1995;
ainda em COLETÂNEAS DO III ENCONTRO NACIONAL DA HISTÓRIA DO ESPORTE, LAZER E EDUCAÇÃO FÍSICA, Curitiba, 10 a 15 de novembro de 1995, p. 458-464;
ANAIS DA III JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFMA, São Luís, 05 a 08 de dezembro de 1995, p. 58;
ANAIS DO X CONGRESSO BRASILEIRO DE CI6ENCIAS DO ESPORTE, Goiânia, 20 a 25 de outubro de 1997, p. 1005-1008;
FREDERICO MAGNO DE ABRANCHES, o Fidalgote, nasceu em São Luís do Maranhão em 1804; professor de Phylophofia Racional; Secretário da província do Maranhão; deputado geral de 1835 a 1838; Cônsul geral em Cayenna, onde veio a falecer em 1880.
DUNSHE DE ABRANCHES MOURA, João. A SETEMBRADA – a revolução liberal de 1831 em Maranhão. Rio de Janeiro : Jornal do Brasil, 1970.
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. Querido Professor Dimas (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a educação física maranhense – uma biografia (autorizada). São Luís (Inédito), 468 pg.
ver também: VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. Querido Professor Dimas (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a educação física maranhense – uma biografia (autorizada). In LECTURAS: EDUCACIÓN FÍSICA Y DEPORTES, Buenos Aires, n. 48, maio de 2002, disponível em www.efdeportes.com/efd48/dimas.htm
BIGUÁ, Tânia e BIGUÁ, Edivaldo Pereira. Onde anda você ? Professor Ronald Carvalho. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 24 de novembro de 1997, Segunda-feira, p. 4. Caderno de Esportes;
VAZ, ARAÚJO, VAZ, inédito, op. cit
O Esporte Clube Sírio Brasileiro é fundado em 192 (?), por descendentes da colônia libanesa no Maranhão; anos mais tarde, alguns dissidentes, não concordando com a mudança de nome, em 1932, fundam o Maranhão Atlético Clube. Alguns dissidentes do Onze fundam o Luso-Brasileiro e, de uma dissidência deste, surge o Sírio...
O ESPORTE, São Luís, 14 de novembro de 1948, p. 2, Recordar é Viver
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda você ? Paulino, fundador do 8 de Maio. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 8 de novembro de 2000, 2ª feira, p. 4. Caderno de Esporte.
BIGUÁ, Tânia. Onde anda você ? Rubem Goulart em memória. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 10 de novembro de 1997, Segunda-feira, p. 4. Caderno de Esportes.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op. cit.
Ver mais sobre Rubem Goulart na história do Atletismo
VAZ, ARAÚJO; VAZ, Inédito, op.cit.
O ESPORTE, São Luís, 25 de outubro de 1947, p. 2. Recordar é Viver.
CÉSAR ALEXANDRE ABOUD - nasceu no Acre, na cidade de Cruzeiro do Sul, em 23 de fevereiro de 1910, filho de Júlia Drubi (viúva) e de Alexandre Aboud (com quem casa em segundas núpcias). Quando contava dois anos, a família muda-se para São Luís; aqui, foi alfabetizado por dona Santinha e mais tarde passa a estudar no Colégio dos Maristas, onde fez o curso primário. Com o falecimento do pai, Alexandre Aboud, a família muda-se para Buenos Aires, em 1920; na Argentina, César estudou na Escola Bartolomeu Mitre e, aos 11 anos, estava trabalhando na firma de José Gasard, como transportador de mercadorias. Em 1922, a família está de volta a São Luís, passando a estudar no Colégio Gilberto Costa, e, com 14 anos, empregou-se na firma Chames Aboud. Após anos de trabalho, já se transformara em um comerciante sólido e industrial, vindo a adquirir a Fábrica Santa Izabel, de Nhozinho Santos, em 1938.
A devoção de César pelo esporte encontra-se em sua infância, quando começou a formar sua personalidade de esportista. Em Buenos, dedicava-se ao boxe, chegando a ser pugilista de renome. Quanto ao futebol, aos 4 anos de idade (sic) já tinha organizado em São Luís um time - o Botafogo - que saia pela cidade a desafiar a garotada. Na adolescência fez parte do Esporte Clube Sírio Brasileiro, formado à base de descendentes libaneses, do qual foi dirigente e jogador. Anos mais tarde, depois de liderar uma dissidência do Sírio Brasileiro, fez-se técnico do Maranhão Atlético Clube. Faleceu em 1996.
BUZAR, Benedito. VITORINISTAS & OPOSICIONISTAS. São Luís : Lithograf, 2001, p. 107-115
O ESPORTE, São Luís, 14 de setembro de 1947
EURÍPES BERNARDINO BEZERRA - nasceu em 17 de dezembro de 1915, na cidade de Curador (hoje, Presidente Dutra); filho de Ludgero Alves Bezerra (cearense) e de Maria Bernardina de Oliveira (maranhense). Maria Bernardina era irmã do legendário Manoel Bernardino, o Lenine do Sertão. Ingressou na Polícia Militar, como soldado, em 1936; promovido a 3º Sargento, por ter feito curso de enfermeiro; em 1941, foi para o Rio de Janeiro cursar Educação Física, na Escola do Exército, a mando do Interventor Paulo, Ramos; na volta, passa a ser o responsável pela educação física na Polícia e torna-se professor dos colégios Marista e São Luís. Em 1967, é reformado no posto de Coronel PM, após passar pelo Gabinete Militar do Governo Sarney - José Sarney fora seu antigo aluno de educação física, nos Maristas. Foi Deputado Estadual, Prefeito de Imperatriz, Vereador por São Luís; Delegado de Polícia em 105 municípios maranhenses. Por 65 anos prestou serviço público; 55 anos de casamento; 35 de Lions Clube; 40 anos de PTB.
In BUZAR, Benedito. Eurípedes Bezerra: o homem que derrotou as forças do "general" Bastinhos. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 6 de agosto de 1995, Domingo, p. 26. Caderno Alternativo;
BUZAR, Benedito. EURÍPEDES, uma vida, uma história (o homem que derrotou as forças do "general" Bastinhos). (s.l.; s.e.; s.d.). (edição mimeografada) .;
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op. cit
O ESPORTE, São Luís, 18 de janeiro de 1948, Domingo, p. 4.
Por analogia com a geração anterior, de literatos, a “Geração de 45”, em que se destacaram Ferreira Goulart, Josué Montelo, José Sarney, Bandeira Tribuzzi, Lago Burnett, e outros
VAZ, ARAÚJO, VAZ, Inédito, op. cit
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op. Cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op. Cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op. Cit
Antigo campo do Fabril Atletic Clube, fundado em 1907, por Nhozinho Santos; na década de 40, César Aboud (adquiriu a fábrica de tecidos da família de Nhozinho Santos, em 1938...), instalou o Moto Clube, do qual era presidente, nas instalações esportivas existentes na Fábrica Santa Isabel; ficava no Canto da Fabril, onde hoje está localizada a Igreja Universal, e a TV Difusora, e parte do Parque Bom Menino ...
BIGUÁ, Edivaldo Pereira e BIGUÁ, Tânia. Onde anda você ? Cândido e sua paixão pelo Basquete. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 10 de agosto de 1998, Segunda-feira, p. 4. Caderno de Esportes
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda você ? Januário de Sillos Oliveira Goulart. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 09 de agosto de 1999, 2ª feira, p. 4. Caderno de Esporte.
BIGUÁ, Edivaldo Pereira e BIGUÁ, Tânia. Onde anda você ? Luís Fernando, artilheiro do Brasil. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 17 de maio de 1999, Segunda-feira, p. 4. Esportes).
VAZ, ARAÚJO, VAZ(Inédito, op. cit.
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda você ? Hermínio Nina, o melhor do basquete. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 12 de julho de 1999, Segunda-feira, p. 4. Esportes).
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito. Op. cit
GAFANHOTO, como é conhecido JOSÉ DE RIBAMAR MIRANDA, foi atleta de Basquetebol da Escola Técnica Federal do Maranhão, sagrando-se campeão brasileiro; foi Coordenador de Desportos da SEDEL, na administração Elir Gomes; graduado em Economia, exerce a função de assessor parlamentar do deputado Manoel Ribeiro, presidente do Sampaio Corrêa.
PAULÃO, como é conhecido PAULO ROBERTO TINOCO DA SILVA, também daquela segunda geração de ouro do esporte maranhense; dentista, e professor de educação física; técnico de basquetebol, chegou a atuar como assistente técnico da Seleção Brasileira Feminina.
Os irmãos HERMÍLIO, ZECA, FILOMENO e GILSON e o cunhado ALBINO; os três primeiros e o cunhado, destacaram-se no Basquetebol, o último, na natação, onde é técnico até hoje, dos Maristas e da Escola Nina de Natação.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op. cit.
BIGUÁ, Tânia e BIGUÁ, Edivaldo Pereira. Onde anda você ? Professor Ronald Carvalho. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 24 de novembro de 1997, Segunda-feira, p. 4. Caderno de Esportes;
VAZ, ARAÚJO, VAZ, Inédito, op. cit.
BIGUÁ, Tânia e BIGUÁ, Edivaldo Pereira. ONDE ANDA VOCÊ ? RAUL GUTERRES, ATLETA COMPLETO. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 20 de outubro de 1977, Segunda-feira, p. 4. Esportes.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op. cit.
BIGUÁ, Tânia; BIGUÁ, Edivaldo Pereira. Onde anda você ? Alves - atleta e técnico. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 17 de novembro de 1997, Segunda-feira, p. 4. Caderno de Esportes.
VAZ, ARAÚJO, VAZ, Inédito), op.cit.
BIGUÁ, Tânia; BIGUÁ, Edivaldo Pereira. ONDE ANDA VOCÊ ? BEBETO: do basquete ao futebol. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, Segunda-feira, 13 de outubro de 1977, p. 4. Esporte
BUZAR, Benedito. Prefeitos de São Luís no século XX. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 1º de outubro de 2000, p. 15. Caderno Especial.
BIGUÁ, Tânia; BIGUÁ, Edivaldo Pereira. Onde anda você ? O grande Fabiano do basquete. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 16 de fevereiro de 1998, Segunda-feira, p. 4. Esportes.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
BIGUÁ, Tânia; BIGUÁ, Edivaldo Pereira. Onde anda você ? Hermílio Nina, o melhor do Basquete. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 12 de julho de 1999, Segunda-feira, p. 4. Caderno de Esporte.
BRITO, Sebastião Barreto de. A HISTÓRIA DO CLUBE RECREATIVO JAGUAREMA. São Luís : (s.e.), 2000
O Esporte Clube Sírio Brasileiro foi fundado em 192(?); anos mais tarde, alguns dissidentes, devido a um aborrecimento, fundaram o Maranhão Atlético Clube. O caso é que o sr, Jurandir Sousa Ramos queria mudar o nome do Sírio e muitos associados não concordaram. Em conseqüência, 86 sócios do grêmio da colônia síria abandonaram o citado esquadrão e fundaram o MAC. (O ESPORTE, São Luís, 30 de maio de 1948, p. 2)
O ESPORTE, São Luís, 14 de novembro de 1948, p. 2, Recordar é Viver
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda você ? Paulino, fundador do 8 de Maio. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 8 de novembro de 2000, 2ª feira, p. 4. Caderno de Esporte.
Provável, no time do Padre Dourado, que organizava a equipe de volei da União dos Moços Católicos, no pátio da Arquidiocese
ALEXANDRE ALVES COSTA nasceu em Caxias, em 13 de outubro de 1921, filho de Raimundo Costa sobrinho e de Emília Gonzaga Costa. Depois de concluir o curso primário em sua cidade natal, e o secundário em São Luís, no Liceu Maranhense, os pais o mandaram para um centro mais adiantado: Belo Horizonte. Lá, concluiu seu curso de Engenharia Civil, em 1948, pela UFMG. Regressando a São Luís, envolve-se com a política, sendo nomeado, em 1952, Secretário de Interior, Justiça e Segurança. Em 1957, é diplomado vice-governador do Estado. Com a cassação de Neiva Moreira, pela revolução de 64, assume a cadeira de Deputado Federal, reelegendo-se em 1966 e, em 1970, eleito senador, cargo que exerceu até sua morte, em 1998.
in BUZAR, Benedito. VITORINISTAS & OPOSICIONOISTAS. São Luís : Lithograf, 2001, p. 37-46
O ESPORTE, São Luís, 23 de abril de 1950, p. 5-6. Recordar é Viver
BIGUÁ. Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda Você ? Glacymar Pereira Marques. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 26 de março de 2001, Segunda-feira, p. 4. Esportes.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
O EESPORTE, São Luís, 25 de outubro de 1947, p. 2. Recordar é Viver.
BIGUÁ, Tânia e BIGUÁ, Edivaldo Pereira. Onde anda você ? Raul Guterres, atleta completo. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 20 de outubro de 1977, Segunda-feira, p. 4. Esportes.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
Idem
Idem
BIGUÁ, Tânia e BIGUÁ, Edivaldo Pereira. Onde anda você ? Raul Guterres, atleta completo. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 20 de outubro de 1977, Segunda-feira, p. 4. Esportes.
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda você. Professora Graça Helluy. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 07 de dezembro de 1998, Segunda-feira, p. 4. Esportes).
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
BIGUÁ, Tânia; BIGUÁ, Edivaldo Pereira. Onde anda você ? Professora Helena Castro de Sousa. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 6 de julho de 1998, 2ª feira, p. 8. Caderno de Esportes
MARY SANTOS - professora de Educação Física, graduada pela Escola Nacional de Educação Física, hoje, EEF/UFRJ, da então Universidade do Brasil, hoje, UFRJ, no início da década de '40. Já falecida. Conforme consta em EDUCAÇÃO (CRÔNICAS), de sua autoria, "... Lecionou várias disciplinas, em diversos colégios do Estado. Foi Deputada Estadual. Diretora do Serviço de Educação Física, Recreação e Esportes do Estado, hoje SEDEL, durante o Governo José Sarney. Foi brilhante organizadora, durante 4 anos consecutivos, dos desfiles escolares e dos jogos Inter-colegias, atualmente, Jogos Estudantis Maranhenses, É jornalista filiada à ABI e ao Sindicato dos Jornalistas profissionais de São Luís, tendo sido agraciada com diversas comendas estaduais e municipais. Representante do Maranhão, junto ao 6º Congresso Nacional de Educação...". (SANTOS, Mary. EDUCAÇÃO (CRÔNICAS). 2 ed. São Luís : Grafite, 1988. p. 8).
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda você ? Ivone Dias nazareth. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 18 de março de 2002, Segunda-feira, p. 4. Esportes.
EURÍPES BERNARDINO BEZERRA - nasceu em 17 de dezembro de 1915, na cidade de Curador (hoje, Presidente Dutra); filho de Ludgero Alves Bezerra (cearense) e de Maria Bernardina de Oliveira (maranhense). Maria Bernardina era irmã do legendário Manoel Bernardino, o Lenine do Sertão. Ingressou na Polícia Militar, como soldado, em 1936; promovido a 3º Sargento, por ter feito curso de enfermeiro; em 1941, foi para o Rio de Janeiro cursar Educação Física, na Escola do Exército, a mando do Interventor Paulo, Ramos; na volta, passa a ser o responsável pela educação física na Polícia e torna-se professor dos colégios Marista e São Luís. Em 1967, é reformado no posto de Coronel PM, após passar pelo Gabinete Militar do Governo Sarney - José Sarney fora seu antigo aluno de educação física, nos Maristas. Foi Deputado Estadual, Prefeito de Imperatriz, Vereador por São Luís; Delegado de Polícia em 105 municípios maranhenses. Por 65 anos prestou serviço público; 55 anos de casamento; 35 de Lions Clube; 40 anos de PTB.
In BUZAR, Benedito. Eurípedes Bezerra: o homem que derrotou as forças do "general" Bastinhos. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 6 de agosto de 1995, Domingo, p. 26. Caderno Alternativo;
BUZAR, Benedito. EURÍPEDES, uma vida, uma história (o homem que derrotou as forças do "general" Bastinhos). (s.l.; s.e.; s.d.). (edição mimeografada) .;
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ.Inédito, op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
Para saber mais sobre essa partida de Basquete – 1 x 0 – ver a introdução do Basquetebol.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; Biguá, Tânia. Onde anda você ? Januário de Sillos Oliveira Goulart. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 09 de agosto de 1999, 2ª feira, p. 4. Caderno de Esporte.
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda voc6e ? Luizinho, o canhão da Vila Beira-Mar. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 14 de setembro de 1998, 2ª feira, p. 4. Caderno de Esporte
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda você ? Nilson ferreira Santiago. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 14 de dezembro de 2000, 2ª feira, p. 4. Caderno Esporte.
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda você ? Goleiro João “Manga” Cunha. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 14 de fevereiro de 2000, 2ª feira, p. 4. Caderno Esporte.
BIGUA, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda você ? Joacy Fonseca Gama. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 10 de abril de 2000, 2ª feira, p. 4. Caderno Esporte
Geraldo foi Professor de Matemática do Colégio dos Marista e de 1966 a 1972, coordenador de esportes e professor de Futebol de Salão; foi chefe de gabinete do Professor Antônio Carlos Beckmann na Secretaria de Educação, tendo assumido diversas vezes a função de Secretário de Educação, nos impedimentos do titular; trabalhou no CEFET-MA, onde foi Diretor de Relações Empresariais e Diretor de Ensino; com a aposentadoria, permaneceu trabalhando apenas na UEMA; ingressou no UniCEUMA, levado pelo prof. Beckman, de onde já saiu. Sempre incentivou o esporte, tendo sido presidente da Federação de Atletismo do Maranhão.]
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
BIGUÁ, Tânia e BIGUÁ, Edivaldo Pereira. Onde anda você ? Raul Guterres, atleta completo. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 20 de outubro de 1977, Segunda-feira, p. 4. Esportes.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
MOREIRA, Carlos. Onde anda você? Motta, o “mestre” do futsal. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 18 de agosto de 1997, Segunda-feira, p. 4. Caderno de Esportes
Em janeiro de 1958, os irmãos Saldanha – Sérgio, Guilherme e Roberto – fundaram a Associação Esportiva Drible. O novo time viria a fazer frente às equipes de elite do futsal de então – o Santelmo e o Próton (este, do Liceu Maranhense) -. Mesmo sem dinheiro, conseguem formar uma das maiores equipes que o futsal maranhense já viu jogar. (MOREIRA, Carlos. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 18 de agosto de 1997, Segunda-feira, p. 4. Caderno de Esportes).
BIGUÁ, Tânia; BIGUÁ, Edivaldo Pereira. Onde anda você ? O clássico, o catimbeiro, Poé. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 13 de julho de 1998, 2ª feira, p. 7. Caderno Esporte.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito,op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito,op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito,op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito,op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito,op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito,op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito,op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito,op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda Você ? Luís Fernando, o artilheiro do Brasil. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 17 de maio de 1999, Segunda-feira, p. 4. Esportes).
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda Você ? Fátima, a capitã do handebol. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 1º de novembro de 1999, Segunda-feira, p. 4. Esportes.
SANTOS, Luciene. Winglitton Rocha – o China. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 24 de agosto de 2003, Domingo, p. 10. Perfil.
Com esse resultado, o Maranhão passa a ter os dois maiores artilheiros do handebol escolar brasileiro; o primeiro, foi Luís Fernando Figueiredo – biografia mais acima – com 109 gols ...
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. INDICIOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA (“GYMNASTICA”) EM MARANHÃO. Inédito
JORNAL MARANHENSE,, São Luís, n. 36, 12 de novembro de1841
JORNAL MARANHENSE,, São Luís, n. 37, 16 de novembro de1841
CALISTENIA: palavra de origem grega: kalós= belo; sthenos= força; sufixo - ia; ou kalli-sthenes = "cheio de vigor", melhor traduzido por "força harmônica". Tendo por objetivo promover a graça e força corporal por meio de exercícios musculares, é um sistema de ginástica que encontra as suas origens na ginástica sueca e que apresenta, como características, a predominância de formas analíticas, a divisão dos exercícios em oito grupos, a associação da música ao ritmo dos movimentos, a predominância dos movimentos sobre as posições e exercícios à mão livre e com pequenos aparelhos (halteres, bastões, maças, etc.).
GINÁSTICA ACROBÁTICA: é a expressão de um movimento que encontrou campo propício sobretudo nos Estados Unidos, de onde se transportou a vários países, entre os quais o Brasil e a Suécia. Entre nós, a Escola de Aeronáutica foi a verdadeira introdutora da ginástica acrobática sistematizada, tendo seu Departamento de Educação Física publicado, em 1945, um opúsculo sob o título de "Normas para a Instrução de Saltos e Acrobacias Elementares", calcado no "The Tumbler's Manual". Posteriormente, a ginástica acrobática teve grande aceitação na Escola Nacional de Educação Física (hoje, EEF/UFRJ) e na Escola de Educação Física do Exército, devendo-se a esta última o "Manual de Ginástica Acrobática", adaptado às características do Método Francês de Joinville-le-Pont. A ginástica acrobática, em seu tríplice aspecto - de chão, em aparelhos e pirâmides - fornece a seus instrutores os recursos técnicos necessários à realização do trabalho físico compatível com a finalidade a atingir.
VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
LUIZ DE MORAES REGO - é natural do Maranhão. Nasceu em 28 de outubro de 1906, no lar de João Maia de Moraes Rego e Custódia Veloso de Moraes Rego, à rua da Palma, 14, tendo aprendido as primeiras letras na Escola Modelo Benedito Leite. Futebol para Luiz Rego começou muito cedo; ele fazia parte das peladas da Praça Antônio Lobo, em companhia de Antônio Frazão, José Ramos, Júlio Pinto, Marcelino Conceição, Totó Passos, Fernando Viana, e outros. Jogava na ponta canhota e muitos candieiros de gás andou quebrando com seus violentos petardos.
Luiz Rego nunca se esqueceu daqueles tempos de peladas, lembrando que os treinos aconteciam no corredor de um sobradão da Rua da Cruz, entre a rua do Alecrim e Santo Antônio, sob a luz de uma lamparina, às 4 horas da madrugada. Nessa época, tinha 14 anos de idade.
Na Escola Normal, jogava no Espartaco, um clube formado exclusivamente por alunos daquele estabelecimento de ensino; seus colegas eram Oldir, Valdir Vinhaes, Carlos Costa, José Costa, José Ribamar Castro, Jaime Guterres, Peri Costa, e outros. E como adversário do Espartaco apareceu logo depois o "João Rego", clube formado por Antônio Lopes, que contava com Frazão, Penaforte, Aragão, Clodomir Oliveira e Luiz Aranha.
Quando passou para a Escola de Farmácia, mudou para o time dessa escola, formando com Milton Paraíso, Chareta e Frazão.
Em 1927, quando terminou a Escola de Farmácia, o endiabrado crack passou a ser o respeitado Professor Luiz Rego. Foi diretor da Escola Normal entre 1932 e 1936, tendo sido dono da parte da educação no Governo Paulo Ramos (Diretor de Instrução Pública). A fundação de seu colégio data de 1935. No Colégio de São Luiz sempre cuidou do esporte. Incentivava a prática de jogos, organizava clubes e embaixadas esportivas, que muitas das vezes saiam de São Luís a fim de fazer grandes apresentações em outras plagas vizinhas.
Graças à disposição do Professor Luiz Rego, o Colégio de São Luiz formou destacados valores do nosso esporte, dentre os quais podem ser citados Rubem Goulart, José Rosa, José Gonçalves da Silva, Luiz Gonzaga Braga, Valber Pinho, Celso Cantanhede, Americano, Sales, David, Ataliba, Tent. Paiva, Rui Moreira Lima, e muitos outros.
In VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.
ALFREDO SALIM DUAILIBE - Médico, Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro (1931-1936): médico, fundador e chefe do Serviço de Educação Física do Maranhão, 1943; médico da enfermaria Santana e do ambulatório de clínica médica, da Santa casa de Misericórdia (1938-1941); provedor da Santa casa (1946-1950); membro do Diretório Regional de Geografia do Maranhão (1947-1950); professor da Cadeira de Biometria, da Escola Normal do Instituto de Educação (1944); professor catedrático de Histologia e Microbiologia, da Faculdade de Farmácia e Odontologia de São Luís; Membro da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra; Sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Microbiologia; membro efetivo e fundador da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Maranhão; membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia; sócio efetivo, vice-presidente e presidente interino da Liga maranhense de Combate ao Câncer; médico do IPASE; médico do Cotonifício Cândido Ribeiro; membro do Conselho do Centro da FUM; vice-coordenador do Instituto de Ciências Físicas e naturais da FUM; professor de Biometria aplicada à Educação Física, FUM; Diretor Geral de Instrução Pública em 1946, Interventoria Saturnino Bello; Secretário do interior e Justiça e Segurança do Maranhão, nomeado em 1947, no Governo Sebastião Archer da Silva; Deputado Federal (1951-1955); suplente do Senador Vitorino Freire (1954-1962); 1955 assume a Secretaria de Justiça e Segurança no período em que o Governador Matos Carvalho é impedido de exercer o cargo de governador; presidente da LBA do Maranhão (1956-1960); Vice-governador, governo Newton de Barros Bello (1961-1966); Secretário do Interior e Justiça e Segurança do maranhão do governador Pedro Neiva de Santana (1971-1974); Suplente do Senador Alexandre Costa (1970-1978); professor de Medicina do trânsito do Curso Básico de Engenharia do Trânsito FESM, IPR-S (1977).
(NUNES, Patrícia Maria Portela. MEDICINA, PODER E PRODUÇÃO INTELECTUAL. São Luís : UFMA-PROCIN-CS, 2000;
BUZAR, Benedito. VITORINISTAS & OPOSICIONISTAS. São Luís : Lithograf, 2001, p. 55-62 in VAZ, ARAÚJO, VAZ. Inédito, op.cit.).
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda você ? João Elias Mouchrek. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 23 de outubro de 2000, 2ª feira, p. 4. Caderno de Esporte
A família Mouchrek é de origem libanesa, tendo chegado ao Brasil em 1880. Suas tias-avós Benedita e Chames foram aconselhadas a se estabelecerem no Maranhão.
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda você ? Albino Viana Travincas. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 24 de abril de 2000, 2ª feira, p. 4. Caderno de Esportes.
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda você ? Irmãos Constâncio e Ferdinad. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 22 de outubro de 2001, 2ª feira, p. 4. Caderno Esporte
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda você ? Roberto José de Oliveira. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 18 de fevereiro de 2002, 2ª feira, p. 4. Caderno Esporte
Ganhou esse apelido nas peladas de rua; havia um louco, que sempre circulava por onde jogavam, que não gostava de ser chamado de babão. Um amigo disse a Roberto para chegar perto dele e gritar “babão”. O que fez, e levou uma surra. Daí em diante, quando falavam de Roberto, e perguntavam qual, todos diziam, por gozação, “aquele que apanhou do Babão”; daí para Roberto Babão ....
A primeira seleção a participar de um evento nacional, de basquete, foi o “8 de Maio”, em 1937, num Campeonato Brasileiros disputado em Belém-Pará. O “8 de maio” representou a seleção estadual ...
BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda você ? Chedão, Shedão, Xedão Saldanha.. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 03 de junho de 2002., 2ª feira, p. 6. Caderno Esporte
BIGUÁ, Tânia; BIGUÁ, Edivaldo Pereira. Onde anda você ? Antonio Carlos Vaz dos Santos - Janjão. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 22 de abril de 2002., 2ª feira, p. 4. Caderno Esporte