A justificação do INEX
Por José Maia (Autor), Patrícia Coutinho (Autor), Filipa Sousa (Autor), Cláudia Dias (Autor), Daniel Barreira (Autor), José António Silva (Autor), Fernando Tavares (Autor), Ricardo Fernandes (Autor).
Resumo
A participação massiva na prática desportiva formal de rendimento é um facto indesmentível em todo o mundo. Esta evidência é devida, entre outros fatores, à crença generalizada de ser possível obter sucesso futuro nos planos nacional e internacional sempre que as respostas ao treino e à competição sejam consentâneas com as expectativas de treinadores e selecionadores, bem como a esperança de tudo começar “relativamente cedo”, i.e., na infância. Adicionalmente, dados da investigação referem que a aquisição e desenvolvimento de competências, capacidades e habilidades com vista ao alto rendimento exigem que se analisem as componentes nucleares do sucesso bem como a sua “viagem” até ao desempenho competitivo da elite (Coutinho et al., 2016). Ainda que no passado os investigadores tenham dirigido o seu olhar sobre estas matérias a partir de lentes específicas e às vezes dicotómicas - nature versus nurture - (Davids & Baker, 2007), a nossa proposta é de natureza distinta sem entrar no vasto território da Genética aplicada ao Desporto e da sua associação com os novos desafios da visão centrada no Expossoma (Vrijheid, 2014). O nosso foco visa, sobretudo, unir especificidades e promover a emergência de novo conhecimento a partir de uma abordagem ecológica (centrada no contexto específico de cada modalidade), sistémica (integrada no carácter invariante dos cinco desportos) e hierárquica com distintos níveis organizacionais (atletas, pais, treinadores e clubes).