Resumo

Este trabalho discute aspectos constitutivos da(s) subjetividade(s) de um grupo de surdos adultos, a partir do desenvolvimento de oficinas bilíngües de leitura. A partir de interações discursivas em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), tal espaço possibilitou uma transformação dos lugares sociais assumidos pelos sujeitos, ao permitir o estabelecimento de diálogos entre histórias de vida e entre as diversas relações sociais construídas em e pelo grupo. Considerando que a subjetividade é sempre relativa, determinada pelos diversos olhares dos outros e construída em lugares e em tempos sócio-ideológicos distintos; um evento plural, marcado discursivamente, no qual o eu se completa dialogicamente na(s) relação(ões) com o(s) outro(s), as discussões realizadas neste estudo apontam para a necessidade de um repensar dos espaços educacionais como lócus de interações discursivas e, portanto, de transformação e de constituição dos sujeitos