Resumo

 Este artigo é instigado especialmente pela Praxiologia Motriz (PM) de Pierre Parlebas contextualizando o grau de comprometimento da PM ou ciência da ação motriz no desvelar uma situação motriz específica: a Equoterapia. Objetivou-se compreender a logicidade interna dessa prática motriz no conjunto das suas relações e ações observáveis. O procedimento metodológico foi à análise praxiológica do como uma equipe equoterápica envolvida com essa prática equestre concebe o seu fazer e pensar. Os sujeitos da pesquisa foram dez agentes equoterápicos que participam do programa de atendimento equoterápico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (a UFRRJ). Conhecendo esse processo, indicamos as condições da observação e escuta das ações motrizes regulares, normatizadas por esses agentes, permitindo assim, olhar o curso de ações definidas de acordo com a lógica interna da situação analisada. Impetramos, então, que é possível conhecer a logicidade interna da Equoterapia a partir das ações motrizes, relações corpóreas e noções espaciais significativas dos agentes equoterápicos investigados.

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