A luta dionisíaca pela manutenção do caráter de celebração no esporte
Resumo
Apenas quem já esteve à beira de uma estrada na França, na Itália ou na Espanha é capaz de entender o que acontece por esses países quando começam as provas de ciclismo que percorrem esses territórios.
Comparar o ciclismo nesses países com práticas esportivas consideradas de caráter nacional como o beisebol em Cuba, o basquete nos EUA, o futebol no Brasil e outros países mundo afora, seria desnecessário. Isso porque essas provas de estrada acontecem em ambientes públicos e a mobilização social em torno do evento envolve pessoas que se sentam, dormem ou acampam na beira do caminho em busca do congelamento do momento mágico da passagem de um ciclista ou dos diversos pelotões que formam a prova. E aí está o primeiro ponto dessas celebrações que são mais do que competições: o esporte é um fenômeno social que depende da interação entre atleta e público espectador.