A Massa Gorda de Risco Afeta a Capacidade Aeróbia de Jovens Adolescentes
Por Luís Massuçai (Autor), Jorge Proençai (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 19, n 6, 2013. Da página 399 a 403
Resumo
OBJETIVO: Estudar o comportamento do sexo e os efeitos da idade e da massa gorda sobre a capacidade aeróbia de jovens adolescentes.
MÉTODOS: Os 621 estudantes do ensino secundário participantes no estudo (14 aos 17 anos; feminino: n = 329, idade, 15,84 ± 0,92 anos; masculino: n = 292, idade, 15,82 ± 0,87 anos) foram avaliados em duas categorias: morfologia (altura, peso e % massa gorda - %MG) e aptidão física (capacidade aeróbia). As medições antropométricas foram realizadas de acordo com o protocolo descrito por Marfell-Jones e a %MG foi calculada por bioimpedância. A avaliação da capacidade aeróbia foi realizada com o teste aeróbio de corrida - PACER, e VO2máxrelativo foi calculado utilizando a equação de Léger. Os resultados das avaliações foram classificados de acordo com os valores normativos das tabelas de referência da bateria de testes FITNESSGRAM® As técnicas estatísticas utilizadas foram: 1) cálculo de frequências; 2) teste t de Student para amostras independentes; e 3) ANOVA two-way seguida do teste post-hoc HSD de Bonferroni.
RESULTADOS: 1) existem diferenças significativas entre sexos no que se refere à %MG e ao VO2máx; 2) durante a adolescência, o VO2máx estabiliza nos rapazes e sofre um declínio nas moças; 3) independentemente do sexo, a classe de %MG e a idade cronológica têm um efeito significativo sobre a capacidade aeróbia; e 4) em jovens adolescentes, com %MG de risco, a redução da %MG para níveis saudáveis parece resultar na melhoria da capacidade aeróbia.
CONCLUSÃO: O impacto da %MG na capacidade aeróbia, reforça a importância da educação física escolar na promoção da saúde cardiovascular.