Resumo

O impacto causado pela pandemia do coronavírus impôs drásticas mudanças na rotina da população mundial, fazendo com que famílias do mundo inteiro se reorganizassem para seguir as medidas sanitárias, trazendo impactos também para a educação, que precisou pensar novos projetos de interação online para os/as estudantes de todo o país, na tentativa de manter o vínculo e colaborar com o processo de aprendizagem e desenvolvimento durante o período de isolamento social. O Laboratório de Educação Física Adaptada do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo (LAEFA-CEFD-UFES), que por meio do projeto de extensão “Brinquedoteca: aprender brincando”, atendia 40 do Centro de Educação Infantil Criarte/Ufes (CEI — grupos quatro e cinco anos) e 20 com autismo, oriundas do Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil de Vitória e Serra (CAPSi-Vitória e Serra), Associação dos Amigos dos Autistas do Espírito Santo (AMAES) e comunidade no mesmo espaço-tempo de interação, também precisou modificar suas ações. A partir de março de 2020, em decorrência da disseminação da covid-19, as aulas presenciais na universidade foram suspensas e a equipe de trabalho foi desafiada a adotar o ensino-aprendizagem remoto temporário e emergencial (Earte), no atendimento as crianças com e sem autismo no projeto de extensão. Nesse sentido, perguntamos: como as ações pedagógicas desenvolvidas para o modo presencial de ensino com as crianças atendidas no projeto foram reorganizadas e efetivadas pela equipe de trabalho, para o modo de ensino remoto? Como capacitar essas famílias para brincarem com as crianças? Em frente a essa situação problema, este estudo tem por objetivo analisar a proposta pedagógica de ensino-aprendizagem remoto temporário e emergencial (Earte), organizada pela equipe de trabalho do Laefa, relacionadas a orientação dos familiares para atuar no papel de brinquedistas na mediação da brincadeira das crianças com autismo em casa.

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