Resumo

No estudo de Gama (2019), por meio de pesquisa com estudantes de bacharelado em Educação Física, confirmou-se uma percepção biologista, instrumentalizada e acrítica sobre o corpo e a estética, como resultado de uma formação em educação física proposta pela ordem vigente que vem tão somente para atender aos anseios capitalistas. Sem que haja um entendimento ontológico do ser social e da estética como filosofia do belo, de maneira genérica, a educação imposta pelo capital vem tratando o corpo e a estética como mercadorias de consumo, a partir da naturalização e propagação de padrões “ideais” de corpo,principalmente pela cultura mercantil e o seu capital comunicacional2 , no qual esses modelos de corpo são tidos como “belos” e acabam levando a estética a ser desconsiderada pela sua essência, para encontrar-se tratada na mera aparência como “estética corporal”. Como no modo de produção vigente tudo se transforma em mercadoria para fins de consumo, a estética perde seu caráter filosófico e se torna, pelo capital, uma ferramenta de dominação sociocultural. Da arte bela para o corpo belo, a estética sofre uma polissemia, passando a ser entendida pela sociedade em geral como estética corporal, em que a beleza do corpo estabelecida pelo fetiche da mercadoria se torna um produto a ser consumido (GAMA, 2019).

Acessar