A Mercadorização Do Belo E Do Corpo Na Sociedade Do Capital
Por Augusto César Vilela Gama (Autor), Eldernan Dos Santos Dias (Autor), Tadeu João Ribeiro Baptista (Autor), Edson Marcelo Húngaro (Autor).
Em XXIII Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte. IX CONICE - CONBRACE
Resumo
No estudo de Gama (2019), por meio de pesquisa com estudantes de bacharelado em Educação Física, confirmou-se uma percepção biologista, instrumentalizada e acrítica sobre o corpo e a estética, como resultado de uma formação em educação física proposta pela ordem vigente que vem tão somente para atender aos anseios capitalistas. Sem que haja um entendimento ontológico do ser social e da estética como filosofia do belo, de maneira genérica, a educação imposta pelo capital vem tratando o corpo e a estética como mercadorias de consumo, a partir da naturalização e propagação de padrões “ideais” de corpo,principalmente pela cultura mercantil e o seu capital comunicacional2 , no qual esses modelos de corpo são tidos como “belos” e acabam levando a estética a ser desconsiderada pela sua essência, para encontrar-se tratada na mera aparência como “estética corporal”. Como no modo de produção vigente tudo se transforma em mercadoria para fins de consumo, a estética perde seu caráter filosófico e se torna, pelo capital, uma ferramenta de dominação sociocultural. Da arte bela para o corpo belo, a estética sofre uma polissemia, passando a ser entendida pela sociedade em geral como estética corporal, em que a beleza do corpo estabelecida pelo fetiche da mercadoria se torna um produto a ser consumido (GAMA, 2019).