A Mídia Social e a Criação da Imagem do Atleta Paralímpico: Rio 2016 a Tóquio 2020

Por Vitor Ploharski Luft (Autor), Alessandra Maria Scarton (Autor), Fernanda Torres Faggiani (Autor), Carlos Roberto Gaspar Teixeira (Autor), Diego Bittencourt (Autor), Fabiana Lírio Weber (Autor).

Parte de Anais do Fórum de Estudos Olímpicos 2021 e III Simpósio Latino-americano Pierre de Coubertin . páginas 47

Resumo

Os estudos comunicacionais referentes à internet e as redes sociais podem ser considerados novos, entretanto, são utilizados de maneira recorrente, ocupando um espaço notório na cultura de qualquer sociedade, sobretudo quando utilizados como ferramenta digital de comunicação e cobertura de megaeventos. Em razão disso, visando trazer maior relevância à pesquisa, assim como a atualidade do tema referente, busca-se uma abordagem direcionada aos Jogos Olímpicos, a partir de eventos que também tem cobertura e destaque mundial: os Jogos Paralímpicos Rio 2016 até os Jogos Paralímpicos Tóquio 2020. Pensando nisso, a presente pesquisa busca descrever e analisar o processo de interação do perfil de um atleta paralímpico brasileiro na rede social Facebook e identificar a evolução dos níveis de interação e o crescimento da rede a partir do cenário atual de pandemia. Sob as perspectivas de verificar todos os aspectos indicados, a pesquisa apresenta um caráter exploratório e quantitativo, com coletas manuais de dados mensalmente via Facebook, abrangendo 10 atletas das modalidades de natação e atletismo por serem modalidades individuais com maior exposição e número de eventos. Dos 10 atletas investigados, a partir dos resultados nos Jogos do Rio 2016, apenas 5 foram classificados para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. No entanto, essa amostra nos permitirá realizar uma comparação do impacto dos Jogos entre estes dois grupos distintos. Com base nisso, analisou-se na rede social Facebook o número de publicações, curtidas, comentários e tipos de postagens, incluindo texto, gif, compartilhamento, entre outros, contemplando o início de 2016, ano dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro continuando até o fim dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. De acordo com as análises realizadas até o momento, o total de postagens foi de 3.438, sendo a maioria em fotos (75%) e vídeos (13%). Entre os resultados encontrados, a soma de interações das páginas dos atletas foi de 1.430.026 likes, 85.344 comentários e 52.286 compartilhamentos. O impacto da mídia social nos perfis dos atletas paralímpicos ainda está em avaliação, assim como os efeitos da pandemia na comunicação através das redes sociais. Contudo, percebeu-se que as estratégias utilizadas possibilitam o mapeamento dos esportistas e aumentam a capacidade de entendimento da construção da imagem do atleta paralímpico e do cenário atual com o adiamento dos Jogos de Tóquio 2020.