Resumo

Em 1992, o livro “Metodologia do Ensino da Educação Física” (SORES et al, 2009), apresentou uma proposta para o desenvolvimento da educação física escolar com algumas propostas: 1. O objeto de estudo da educação física é a cultura corporal; 2. O paradigma fundamental é o materialismo histórico; 3. Os componentes da cultura corporal devem ser compreendidos historicamente; Tendo este pano de fundo, a reflexão a respeito da cultura corporal deve: Os conteúdos propostos vêm sendo desenvolvidos, com certa fragilidade quanto à mímica. Assim, o objetivo geral deste texto é apresentar, a partir de uma revisão bibliográfica, a mímica como um conteúdo a ser desenvolvido na educação física escolar no Ensino Médio: Ciclo de aprofundamento da sistematização do conhecimento (SOARES et al., 2012). A mímica é uma forma de expressão corporal e artística pela qual busca-se expressar pensamentos, sentimentos, contar histórias com gestos e signos, sem o uso da fala. A expressão corporal, está na vida humana desde a primeira infância, quando representa a maior parte dos recursos que a criança tem para se comunicar, pois: “O movimento é tudo o que pode dar testemunho da vida psíquica e traduzi-la completamente, pelo menos até o momento em que aparece a palavra.” (WALLON, 1975 apud SIMÃO, 2005, p. 166). A existência da mímica na arte cênica também é muito antiga, na Grécia Antiga haviam apresentações improvisadas dos saltimbancos com objetivo de imitar a natureza de homens e animais de forma caricata. Após o Império Romano conquistar a Grécia, os mimos continuaram suas apresentações nos intervalos dos jogos romanos denominado de “Ludi Romani” e pela teatralidade se desenvolveu na Roma Antiga a Pantomima. (BARRETO, 2015). No século XX, a mímica cresceu muito em Paris e Etienne Decroux (1924-1991) – o pai da Mímica Moderna, criou a Mímica Corporal Dramática, subvertendo o jogo teatral considerando a corporalidade como expressão da linguagem mental (SILVA, 2011).

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