A modelação da dinâmica do crescimento de crianças: O estudo de Vouzela sobre crescimento, desenvolvimento motor e cognição.
Por Ana Reyes (Autor), Raquel Chaves (Autor), Adam Baxter-Jones (Autor), Olga Vasconcelos (Autor), Go Tani (Autor), José Maia (Autor).
Resumo
O presente estudo teve por objetivos: (a) modelar o crescimento estatural, ponderal e índice de massa corporal de crianças; (b) descrever eventu - ais diferenças entre sexos; (c) pesquisar os efeitos do estatuto socioeco - nómico, peso e comprimento à nascença, e ganhos de peso e comprimen - to aos 18 meses de idade, nas velocidades de crescimento; e (d) situar as trajetórias do crescimento nas referências da Organização Mundial de Saúde. A amostra foi constituída por 314 crianças de diferentes idades seguidas consecutivamente durante três anos com recurso a um delin - eamento longitudinal-misto. Foi obtida informação sobre a altura, peso, índice de massa corporal, peso e comprimento à nascença, os ganhos de peso e comprimento aos 18 meses e o estatuto socioeconómico. As aná - lises estatísticas foram realizadas nos softwares SPSS v.24.0 e SuperMix v.1. As trajetórias médias da altura e peso não diferiam entre rapazes e raparigas. O comprimento à nascença e os ganhos de comprimento aos 18 meses apenas foram significativos nas trajetórias estaturais. O peso à nascença e os ganhos de comprimento à nascença aos 18 meses foram estatisticamente significativos nos três marcadores de crescimento. Não se verificou qualquer efeito significativo do estatuto socioeconómico e das coortes. Em conclusão, as trajetórias de crescimento da altura, peso e índice de massa corporal estavam nos intervalos normais das referên - cias da Organização Mundial de Saúde. Quanto maior for o comprimento e peso à nascença, e maiores forem os ganhos de comprimento e peso aos 18 meses tanto mais altas e pesadas eram as crianças. O estatuto socioeconómico e os contextos escolares não estavam significativamente relacionados com as trajetórias de crescimento das crianças.