Resumo

Este trabalho tem como objetivo argumentar sobre a caracterização da modernidade desconfiada de Belo Horizonte a partir de indícios das relações entre agentes políticos e sujeitos jornalísticos que compunham a cidade entre 1947 e 1950, no mandato do prefeito Otacílio Negrão de Lima (SOUZA, 2022), com clubes de futebol – como o América Futebol Clube e o Sete de Setembro Futebol Clube. Para tanto, a análise entende as páginas da “Revista América, a voz dos americanos” enquanto verbovisualidades (ABRIL, 2018) capazes de contextualizar (LEAL; CARVALHO; JÁCOME, 2019) o período correspondente. As edições 1, 2 e 3 da revista, disponibilizadas digitalmente pela Coleção Linhares, da Universidade Federal de Minas Gerais, foram escolhidas para a análise por apresentarem relatos sobre os estádios da cidade e o empréstimo municipal concedido aos clubes esportivos nesse período. Como resultado, apresentamos como as relações dadas por/pelo Otacílio instauram-se na modernidade desconfiada da capital administrativa de Minas Gerais.

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