Resumo

A partir da constatação da recorrência do termo "moderno" ou "modernização" no discurso dos agentes envolvidos com o campo futebolístico, em especial dirigentes de entidades e jornalistas especializados, o objetivo do presente ensaio é o de criticar a naturalização do conceito. Para isso realiza um mapeamento da Filosofia Política, localizando na tradição iluminista, em especial em Hegel, os fundamentos ideológicos do termo moderno como uma estratégia das classes hegemônicas do ocidente capitalista. Também propõe discutir como os historiadores do futebol, ao reproduzirem o conceito de forma acrítica e naturalizada, revelam se encontrar no mesmo campo ideológico do liberalismo. Para refletir sobre essa forma de apropriação, são analisados dois autores que, de maneira diferenciada, influenciam as interpretações históricas do futebol: Norbert Elias e Eric Hobsbawm.

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