A modulação parassimpática durante o sono é reduzida após o exercício máximo e está correlacionada com a aptidão aeróbia em mulheres jovens
Por Gabriel Kolesny Tricot (Autor), Jaqueline Alves Araújo (Autor), Fabiula Isoton Novelli (Autor), Guilherme Moraes Puga (Autor), Gisela Arsa (Autor), Lucieli Teresa Cambri (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 23, 2021.
Resumo
Sabe-se que o risco cardiovascular aumenta durante o exercício e sua recuperação. Assim, é necessário avaliar todo o risco associado ao exercício para minimizar a chance de eventos cardiovasculares. Objetivou-se verificar se um exercício máximo altera a modulação autonômica cardíaca ambulatorial em mulheres não treinadas e se a aptidão aeróbia está correlacionada à modulação autonômica cardíaca. Doze mulheres (25,35 ± 5,44 anos) foram equipadas com monitor Holter em um dia experimental (após exercício máximo) e dia controle para avaliação da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). O exercício máximo aumentou a frequência cardíaca em 24 h (82 ± 14 vs 77 ± 11 bpm; p = 0,04) e durante o sono (72 ± 14 vs 65 ± 9 bpm; p = 0,01), bem como reduziu a modulação parassimpática (HF - nu 49,96 ± 11,56 vs 42,10 ± 14,98; p = 0,04) e aumentou a razão de baixa frequência / alta frequência - LF/HF (2,88 ± 3,24 vs 1,31 ± 0,60; p = 0,03) durante o period do sono em comparação com o dia de controle. A aptidão aeróbia foi correlacionada positivamente com os índices LF, HF e HF (nu) (r = 0,61 a 0,73, p <0,05) e negativamente correlacionada com LF (nu) e razão LF / HF (Rho = - 0,57 a - 0,69; p <0,05). O exercício máximo altera a modulação parassimpática durante o sono em mulheres não treinadas. A modulação autonômica cardíaca ambulatorial após o exercício foi correlacionada com a aptidão aeróbia.