Resumo

Sabe-se que o risco cardiovascular aumenta durante o exercício e sua recuperação. Assim, é necessário avaliar todo o risco associado ao exercício para minimizar a chance de eventos cardiovasculares. Objetivou-se verificar se um exercício máximo altera a modulação autonômica cardíaca ambulatorial em mulheres não treinadas e se a aptidão aeróbia está correlacionada à modulação autonômica cardíaca. Doze mulheres (25,35 ± 5,44 anos) foram equipadas com monitor Holter em um dia experimental (após exercício máximo) e dia controle para avaliação da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). O exercício máximo aumentou a frequência cardíaca em 24 h (82 ± 14 vs 77 ± 11 bpm; p = 0,04) e durante o sono (72 ± 14 vs 65 ± 9 bpm; p = 0,01), bem como reduziu a modulação parassimpática (HF - nu 49,96 ± 11,56 vs 42,10 ± 14,98; p = 0,04) e aumentou a razão de baixa frequência / alta frequência  - LF/HF (2,88 ± 3,24 vs 1,31 ± 0,60; p = 0,03) durante o period do sono em comparação com o dia de controle. A aptidão aeróbia foi correlacionada positivamente com os índices LF, HF e HF (nu) (r = 0,61 a 0,73, p <0,05) e negativamente correlacionada com LF (nu) e razão LF / HF (Rho = - 0,57 a - 0,69; p <0,05). O exercício máximo altera a modulação parassimpática durante o sono em mulheres não treinadas. A modulação autonômica cardíaca ambulatorial após o exercício foi correlacionada com a aptidão aeróbia.

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