Resumo

O artigo analisa os recursos utilizados pela imprensa na cobertura da morte de Ayrton Senna, ocorrida em 1º de maio de 1994, durante o Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália. Foram analisadas as matérias publicadas no jornal O GLOBO no período de 1º a 6 de maio de 1994, ou seja, do dia da morte até um dia após o funeral. A “construção” da biografia de Senna no noticiário logo após sua morte mesclou uma quantidade expressiva de matérias sobre o acidente em si e os supostos responsáveis pela morte do piloto, com outras sobre homenagens e realizações de feitos em corridas passadas. O acionamento destas edições e desta memória preparou o terreno para a “construção” definitiva de Senna como um mito. A “construção” foi exitosa porque houve uma sintonia entre o noticiário jornalístico, Ayrton Senna e o contexto social mais amplo.

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