Resumo

Este artigo relata a necessidade observada de um trabalho intergeracional num programa de atividade física que tem como foco principal a manutenção de indivíduos da terceira idade em atividades regulares de treinamento de força. Mostra as barreiras internas e externas que os idosos enfrentam ao tentar superar a mudança de comportamento que a prática de exercícios exige. Depois, conclui, através de uma pesquisa, que o afastamento está ligado à dificuldade de relacionamento com indivíduos mais jovens. Cita a importância do profissional como mediador ao proporcionar atividades que visem a aproximação entre pessoas de diferentes faixas etárias, promovendo assim a troca de conhecimentos e afetos para combater a intolerância e o preconceito etário, que ainda se processam na sociedade atual. Enfatiza a necessidade do idoso se valorizar para ser valorizado, tendo sempre projetos para tornar a vida mais produtiva e para mostrar que é capaz de produzir e acrescentar, em qualquer idade, ao grupo social a que pertence. Na prática, isso corresponde ao nível de segurança em que o idoso se encontra porque, para um convívio social saudável, deve ser priorizado o respeito pelas limitações individuais para que esse idoso possa realizar qualquer atividade sem constrangimento. Por isso, criou-se um novo programa que inclui alternativas com especialistas da área para desenvolver atividades adaptadas e de integração. Concluiu-se que tanto a procura quanto a manutenção dos alunos aumentou, mas um melhor aproveitamento só aconteceria se mudássemos a compreensão da sociedade com relação ao processo de envelhecimento.