A Motivação Para Aulas de Educação Física: Um Estudo em Escola da Cidade do Recife
Por Karla Chagas Toniolo (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: A motivação e tem forte interferência na aprendizagem dos alunos
(WITTROCK 1986; LEE & SOLMON, 1992) e definir motivação não parece ser algo
simples para a ciência. O objetivo do estudo foi o de analisar a motivação dos alunos
para aulas de Educação Física do ensino médio de uma escola municipal do Recife,
e compará-lo a estudo feito em Portugal. Material: o sujeito formado de alunos de
ambos os gêneros do ensino médio. A amostra constou de 35 (68,6%) do gênero
feminino e 16 (31,41%) do masculino. O instrumento aplicado foi um questionário
(QMEF) constituído por 14 itens respondidos em escala Likert que variava de
4=muito importante a 1=nada importante. Procedimentos - os dados
foram analisados através programa de estatística SPSS 9.0 sendo utilizadas as técnicas
de estatística descritiva: distribuições absolutas, percentuais, medidas
estatísticas (médias, desvio padrão e coeficiente de variação). Resultados: Os motivos
mais valorizados foram: "sempre que um colega consegue realizar corretamente
uma tarefa difícil na aula de educação física, eu o admiro": "se na escola aumentassem
o numero de horas semanais de educação física ficaria contente"; "obter uma boa
nota na disciplina de educação física é tão importante quanto às outras"; "gosto das
aulas de educação física"; "gosto de fazer exercício físico" e "gosto das matéria
ensinadas nas aulas de educação física". Os motivos menos valorizados foram:
"obter melhores resultados (correr mais, etc.) que os colegas na disciplina de educação
física para mim é importante" e "gosto que o professor proponha tarefas difíceis na
aula de educação física". Conclusão: Quando comparados com os estudos de PEREIRA
et al. (1998), observou-se uma relação positiva entre dois motivos: "gostar das aulas
de Educação Física" e "gostar de fazer exercício físico". No entanto, a classificação
de importância atribuída entre as duas populações apresentou-se de forma
diferenciada. Observamos ainda uma coincidência nos motivos "nas aulas de
Educação Física eu sou empenhado e "obter melhores resultados (correr mais, etc.)
que os colegas na disciplina de Educação Física para mim é importante", no entanto,
não estão classificados na mesma ordem. Conclusão: Observamos que em ambos
os estudos, os fatores intrínsecos aparecem com mais freqüência que os extrínsecos
o que para o processo de ensino aprendizagem é muito importante, uma vez que o
primeiro passo para uma boa aprendizagem é o aluno desejar participar das aulas.