A Necessidade de Orientações Específicas Para o Desenvolvimento do Comportamento Pró- Ambiental em Praticantes de Atividades de Aventura na Natureza
Por A. J. M. D. Santos (Autor), C. H. N. Chao (Autor), D. F. Auriemo (Autor), J. P. S. Pacheco (Autor), I. C. Ribeiro (Autor), N. H. Rodrigues (Autor), Gisele Maria Schwartz (Autor), M. F. S. Bezerra (Autor).
Resumo
A urgência de desenvolver o comportamento pró-ambiental e as falhas nas ações em curso tem sido foco de interesse em muitos estudos em diferentes áreas do conhecimento (Newhouse, 1991, Stern, Dietz & karlof, 1993; Bissing-Olson, Iyer, Fielding, e Zacher, 2013). No âmbito psicológico, Steg & Vlek (2009) sublinharam que a qualidade ambiental está intimamente relacionada com os comportamentos humanos. No entanto, ainda não há estratégias claramente definidas para compreender e mudar o comportamento humano, a fim de desenvolver o comportamento pró-ambiental. O objetivo deste estudo foi investigar se as participações esporádicas de idosos em atividades de aventura na natureza podem desenvolver comportamentos pró-ambientais. Este estudo qualitativo envolveu uma amostra intencional de 24 idosos, 12 mulheres, com idade média de 63 ± 3 e 12 homens com idade média de 67 ± 7, que eram praticantes de atividades de aventura na natureza, como trekking, natação em águas abertas e canoagem. A pesquisa foi realizada em Natal, no Rio Grande do Norte, Brasil. Como instrumento de coleta de dados foi aplicado a escala de Ecocentrismo e Antropocentrismo, projetada por Thompson & Barton (1994). A avaliação do conteúdo (Bardin, 2010) foi conduzida para analisar a escala e, os resultados levam à conclusão de que, para esta amostra, conhecimento e educação ambiental sobre atividades ao ar livre é um fator importante para o desenvolvimento de comportamento pró- ambiental. Os idosos se apresentam ecocêntricos, e mesmo em índices menores, com certo nível de antropocentrismo e apatia ambiental, isso é explicado segundo a Teoria da Dissonância Cognitiva de Festinger (1957), na qual, nem sempre as atitudes (valores e crenças) definem a priori as condutas (comportamentos e ações). Desta forma, sob orientação de guias a partir de princípios da educação ambiental, o comportamento observado foi mais ecocêntrico que apenas participando de atividades de aventura esporadicamente na natureza. Mais estudos são necessários, a fim de examinar o papel de outras variáveis no desenvolvimento de comportamento pró-ambiental.