Sobre
" Juntamente com prostitutas, malandros, boêmios, estivadores e policiais, os capoeiras faziam parte da buliçosa “fauna” das ruas da Corte Imperial do Rio de Janeiro nos últimos anos do século XIX. As “maltas de capoeira” grupos de negros ou homens pobres de todas as origens, portando facas e navalhas, atravessando as ruas em “correrias”, assustavam as camadas médias e as elites, sendo igualmente temidos pelos hábeis golpes de corpo. Na metade do século XIX a capoeira era quase exclusiva dos escravos e da população negra urbana em geral. Com o correr das décadas, porém, ela incorporaria homens brancos e imigrantes europeus de várias nacionalidades, mostrando a riqueza e a complexidade da cultura urbana construída por africanos e “crioulos” em terra carioca. Os capoeiras e suas maltas também tiveram papel decisivo no jogo político na Corte durante as duas últimas décadas da monarquia, em atuação interrompida pelo novo regime republicano. Somente nos anos 1930 e 1940 a capoeira voltaria ao cenário, mas agora como “esporte popular” e símbolo da nacionalidade brasileira. É todo esse mundo, desafiador e desconhecido que o livro de Carlos Eugênio Líbano Soares nos revela".
(contra capa do livro)
Continuação da sua obra: A Capoeira Escrava e outras tradições rebeldes no Rio de Janeiro (1808 - 1850), o historiador revela o lado que a história escolar não aborda deixando o povo totalmente ignorante da realidade gerada no Brasil pela ambição portuguesa.
As obras do professor Carlos nos passa a compreensão da força da capoeira no tempo do Império.