Resumo

Atraindo admiradores de todas as categoriais sociais, inclusive escritores, o boxe reencena no ringue, agora com regras civilizadas, as lutas sangrentas da Antiguidade.

Embora a serviço da paz, o esporte pode ser entendido como uma dramatização da guerra, e isto se revela na sua própria linguagem. No futebol há o “ataque”, a “defesa”, o “artilheiro” e o “capitão”, num claro deslocamento do vocabulário bélico para uma experiência que revive as emoções do campo de batalha. Com o boxe não é diferente, mas, por ser uma luta, ele atualiza de forma sutil o combate corpo a corpo: em vez de buscar a destruição do inimigo, procura a vitória sobre o adversário. O combate no boxe nada tem a ver com descontrole e brutalidade. É, antes, o momento de exibir a técnica e o domínio do gesto dos pugilistas. Em outras palavras, o boxe é uma arte.

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