A Origem da Ginástica
Por Allan O. Santos (Autor), Bernardo A. D. Souza (Autor), Bernardo Pacheco (Autor), Fabiana C. Malagutti (Autor).
Em XV Congresso de História do Esporte, Lazer e Educação Física - CHELEF
Resumo
Vivemos em um momento em que a frase “saúde e atividade física” é divulgada e vendida por meios de comunicação, criando a procura por desenvolver o que a sociedade julga como corpos belos. O objetivo deste trabalho é debater a história tentando compreender a origem desse ideal de beleza. Para a confecção desta produção foi realizado um processo de revisão bibliográfica, utilizando grelha de análise física e virtual (biblioteca da Universidade Positivo e plataforma PubMed) para seleção de obras. Costa (1998), em suas pesquisas, relata não haver um período definido de origem dos exercícios físicos, mas que em 3000 a.c., na China, estes possuíam funções terapêuticas. No Egito, através de pinturas, há o relato de esportes individuais, jogos, combates e prática de dança. Thurston (2009), relata que na Índia, destaca-se a contribuição do livro “Yajur Veda”, o qual cita o sistema ginástico respiratório com manobras massoterapêuticas e formas de respirações como terapia. Na Grécia antiga, e mesmo depois da conquista romana, o ponto crucial desses ensinamentos era o uso do exercício, entre outras coisas, para promover e manter a saúde, que aos poucos começou a mudar para preocupações sobre a saúde dos atletas e os problemas médicos causados pelo exercício. Capinussú (2005) conta como na Idade Média foi conhecida como um período de estagnação e obscurantismo, onde as manifestações de caráter físico, como a prática esportiva e o culto ao corpo, tão celebrados pelos gregos e romanos, não encontraram o mesmo estímulo. A imagem do cavaleiro, exímio no ato de montar e no uso da espada, tinha maior destaque. Segundo Tesche (2001) a partir da Revolução Industrial tem início pesquisas na área de Educação Física e saúde, sendo os países pioneiros: Alemanha, Suécia e França Posteriormente esses serão os responsáveis pela criação de alguns dos movimentos ginásticos mais importantes da história. Chapman e Gori, (2010) descrevem que já no sec. XIX, na Itália, haviam novelas que exploravam os estereótipos femininos de saúde (boa forma), dando início ao papel da mídia na construção dos padrões de beleza. Percebe-se que desde 3000 a.c. foi-se construindo uma relação direta entre a prática de atividade física e saúde. Quando a sobrevivência era um fator importante, saúde significava beleza. Com o passar do tempo, as fronteiras entre ideal de beleza e a prática de atividade física foram se diluindo, pendendo então o sentido de saúde. Assim, na atualidade, acabamos aceitando como verdade que, independente das atividades, aqueles que a praticam tem um apelo social maior.