Resumo

O presente texto trata de considerações iniciais de um estudo que se propõe a compreender a percepção de estudantes negros sobre as relações étnico-raciais e as práticas corporais, a partir de três grupos de discussão, realizados em duas escolas municipais de Porto Alegre. A interpretação inicial revela certa rejeição do negro em definir-se como tal, procurando se afastar da imagem pejorativa construída e naturalizada na sociedade brasileira. Assim, desenvolve maneiras de sobreviver à discriminação, por vezes disfarçada em brincadeiras socialmente aceitas. A repetição das representações do padrão eurocêntrico nos produtos culturais dificulta a percepção sobre a construção intencional desse padrão