Resumo

Introdução: O percentual de idosos vem aumentando com o passar dos anos, levando a um envelhecimento da população mundial e brasileira e, individualmente, provocando o declínio das capacidades funcionais e comprometendo a qualidade de vida deste grupo populacional. Objetivo: Comparar a percepção de qualidade de vida de idosos moradores da Zona Oeste do município do Rio de Janeiro praticantes de atividades físicas sistematizadas com percepção de idosos sedentários. Métodos: Estudo de caráter descritivo e qualitativo, que utilizou o questionário WHOQOL-OLD(OMS). Os sujeitos do estudo foram 50 idosos, com média de idade de 65,82 ± 6,62 anos, divididos em dois grupos: (1) praticantes de exercícios físicos e (2) sedentários. O estudo atendeu as Normas para a Realização de Pesquisa em Seres Humanos, Resolução 466/96, do Conselho Nacional de Saúde de 12/12/2012. Os dados foram analisados mediante estatísticas descritiva (médias e desvio padrão). Resultados: Foi encontrado um escore médio de 70,96 ± 12,43 pontos, demonstrando satisfação geral dos idosos na percepção da qualidade de vida. Na faceta do funcionamento do sensório do grupo de sedentários, o escore foi de 82,35 ± 17,37 pontos e dos ativos de 77,37 ± 26,99 pontos. Na autonomia os sedentários obtiveram 68,57 ± 16,25 pontos, mostraram um bom resultado e os ativos de 76,95 ± 13,25, com um resultado positivo. Para faceta de atividades passadas, presentes e futuras, os sedentários alcançaram um resultado positivo com 72,98 ± 20,16 pontos e os ativos com 72,27 ± 17,67. O resultado dos idosos sedentários na participação social foi o mais baixo dentre as facetas com 63,42 ± 18,64, porém, ainda sim, mostra um resultado considerado com boa média para qualidade de vida e os idosos ativos a pontuação foi de 62,50 ± 20,54. Já em Morte e Morrer 59,49 ± 20,51 revela que os idosos sedentários mostraram preocupação com o assunto. E a intimidade foi a face que obteve média de 68,93 ± 20,32 e 72,27 ± 22,24 para os idosos sedentários e ativos, respectivamente, alcançando resultados satisfatórios. Conclusão: Com os resultados satisfatórios encontrados, parece que ambos os grupos de idosos percebem possuir qualidade de vida satisfatória independente da prática ou não de atividade física. Os praticantes se percebem com resultados ligeiramente melhores em algumas facetas. No grupo estudado a atividade física não parece ter mudado ainda a percepção dos idosos sobre a qualidade de vida que possuem.

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