A Perspectiva dos Técnicos Portugueses e Brasileiros Sobre a Formação de Jovens Jogadores
Por Isabelle Plociniak Costa (Autor), Mayara Torres Ordonhes (Autor), Thaynara do Prado Szeremeta (Autor), Fernando Renato Cavichiolli (Autor).
Em XVI Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O objetivo desse estudo foi analisar a formação de jovens futebolistas sob a perspectiva de técnicos do Brasil e Portugal. A pesquisa se caracteriza como qualitativa de cunho exploratório (Marconi & Lakatos, 2003), contou com a participação de oito técnicos das categorias de formação entre 12 a 18 anos da primeira divisão em seus respectivos países, sendo quatro brasileiros e quatro portugueses. Foi utilizada entrevista semiestruturada composta por doze questões que resultaram nas categorias: (a) experiência e capacitação profissional; (b) recrutamento, manutenção e exclusão; (c) relação familiar, pedagógica e com a saúde; (d) relação com terceiros e subsídio financeiro; (e) responsabilidade social. Para interpretar os dados utilizou-se da análise de conteúdo a qual é composta de basicamente três fases: (1) pré-análise, (2) exploração do material e (3) tratamento dos resultados (Bardin, 2004). Há uma preocupação com a formação de jovens futebolistas, que em alguns casos estão atreladas ao determinismo do futebol, como exemplo, o fim da “lei do passe” que resultou no crescimento da mobilidade espacial de jogadores, concentração de poder nos clubes mais ricos, crescimento dos salários de grandes jogadores (Giulianotti, 2002). Mas há algumas diferenças a serem consideradas na formação “a brasileira” e “a portuguesa” que resulta das características singulares de cada país como, por exemplo, ações voltadas a aquisição de outras formas de capitais (Bourdieu, 1987) para os escalões menores em Portugal, além das necessidades específicas do futebol.