Resumo

Com pesquisadores orientando vários pós-graduandos ao mesmo tempo, a única forma de absorver todos os novos doutores na academia seria a expansão contínua do sistema universitário

Como tantos outros meses na era Bolsonaro, dezembro de 2022 começou de forma não muito auspiciosa para a ciência brasileira. Devido ao contingenciamento no orçamento do Ministério da Educação, a Capes anunciou que seria forçada a cortar o pagamento de seus mais de 200 mil bolsistas de pós-graduação.

A decisão acabou revertida, mas isso não deixou os pós-graduandos do país em situação confortável. Com os valores das bolsas de mestrado e doutorado estagnados há dez anos em R$ 1.500 e R$ 2.200, a remuneração da categoria viu seu poder de compra frente à inflação cair quase pela metade desde 2013. A defasagem foi suficiente para que a equipe de transição declarasse o reajuste das bolsas como uma das primeiras prioridades para o novo governo na área de ciência e tecnologia.

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