Resumo

Perspectivas sociológicas e antropológicas recentes que focalizam a construção social do corpo argumentam que a “materialidade do corpo” e sua construção cultural e simbólica são indissociáveis e devem ser entendidas dentro do contexto das relações de poder – principalmente, as de classe, raça e gênero – de uma ordem social particular. Também podemos ressaltar que, nas sociedades “pós-modernas” contemporâneas, imagem do corpo e práticas corporais tornam-se elementos reconhecidos e vivenciados como fundamentais para os processos de construção identitária; são o locus de numerosas lutas nas quais as identidades - e uma ampla gama de recursos sociais e simbólicos – se disputam e se negociam. Neste trabalho, apresentamos algumas reflexões teóricas sobre estes problemas, juntando debates atuais com evidências de algumas pesquisas empíricas, para sugerir caminhos para se pensar e pesquisar “a política das práticas corporais” hoje.

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