Resumo


Diante do nível altíssimo de sedentarismo entre os jovens em geral e em especial entre adolescentes obesos, realizou-se este estudo, com o objetivo de verificar o nível de atividade física dos 52 adolescentes obesos, de ambos os sexos (27 meninas e 25 meninos), de 10 a 18 anos, em tratamento no Ambulatório de Obesidade na Infância e Adolescência (HUSM), da UFSM. Para este fim, utilizou-se como instrumento de pesquisa uma adap­tação do Questionário Internacional de Nível de Atividade Física (IPAQ - Versão 6). Sua análise foi realizada a partir do critério de Atividade Física Total (AFT), segundo a recomendação atual em saúde, sendo considerados ativos aqueles que obtiveram a somatória de pelo menos 150 minutos por semana de atividade física moderada ou de pelo menos 60 minutos por semana de atividade vigorosa. Os resultados mostraram que, se por um lado o tempo de inatividade foi bastante grande, verificado neste estudo a partir do tempo de assistência à televisão (em média, quase 5 horas diárias), o nível de prática de atividade física foi muito mais de sedentarismo do que de atividade (63,46% de sedentários e 36,54% de ativos), fato que vem ao encontro da literatura, tanto em relação ao estilo de vida inativo, o qual parece estar cada vez maior na adolescência, quanto ao indício do sedentarismo ser maior entre os adolescentes obesos do que em seus pares não obesos. Ambas as situações podem explicar os altos percentuais de inatividade encontrados neste estudo entre os adolescentes obesos investigados, denotan­do a preocupação mundial com o estilo de vida, enquanto um dos grandes responsáveis pelo quadro da epidemia de obesidade na atualidade.

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