A Prática de Atividade Física e Sua Influência Sobre Fatores de Resiliência Psicológica de Idosas
Por Francisco Evaldo Orsano (Autor), Marcelo Magalhães Sales (Autor), Rodrigo Alberto Vieira Browne (Autor), Gislane Ferreira de Melo (Autor), Eulália Maria Chaves Maia (Autor).
Em Brazilian Journal of Biomotricity v. 7, n 1, 2013. Da página 28 a 36
Resumo
O presente estudo teve como objetivo investigar o efeito do nível de atividade física sobre fatores de resiliência psicológica, bem como comparar o desempenho físico entre os grupos de indivíduos estratificados com níveis de resiliência moderado e alto. Para tanto, 230 mulheres idosas foram divididas em dois grupos: ativas (n=115; 65,8±5,8 anos de idade), constituído por idosas matriculadas em um programa de atividade física orientada para idosos com período de prática igual ou superior a dois anos, e sedentárias (n=115; 69,2±7,2 anos de idade). Em seguida, foram submetidas a avaliação do nível de resiliência psicológica e da aptidão física (resistência muscular de membros superiores e inferiores, flexibilidade e resistência aeróbia). As idosas ativas apresentaram valores significativamente (p=0,001) maiores do fator 3 da resiliência psicológica quando comparado aquelas do grupo de idosas sedentárias, que está relacionado à autoconfiança e a capacidade de adaptação a situações diversas. Não foram observadas diferenças significativas (p>0,05) entre os grupos para os demais fatores (1 e 2). Quando comparado os testes de aptidão física pelo nível de resiliência psicológica moderada (n=28) e alta (n=202) do fator 3, observou-se que idosas com nível de resiliência psicológica alta apresentaram maior flexibilidade (p=0,004). Entretanto, não foram observadas diferenças significativas (p>0,05) para as demais variáveis neuromusculares. Em conclusão, considerando os achados do presente estudo, sugere-se o emprego da atividade física como método de intervenção para melhora da saúde mental e, por conseguinte, da resiliência psicológica na população em questão, uma vez que os resultados apontam que idosas fisicamente ativas apresentam escores de resiliência psicológica superiores aquelas estratificadas como sedentárias.
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