Resumo

O objetivo do presente estudo foi verificar a relação entre a prática de atividade física e as propagandas de televisão que a veiculam. Participaram do estudo, 100 adultos, com média de idade de 29 anos, pertencentes aos níveis sócio-econômico A e B, que foram divididos em quatro grupos: praticantes do sexo feminino (n=30), não praticantes do sexo feminino (n=20), praticantes do sexo masculino (n=30), e não praticantes do sexo masculino (n=20). Os dados foram obtidos através da lembrança que as pessoas tiveram das propagandas com atividade física veiculada na televisão (lembrança espontânea, lembrança induzida), do seu comportamento para o consumo (grau de consumo) e do seu tempo dedicado à pratica da atividade física (grau de atividade física). Utilizou-se como instrumento um questionário e uma escala de atitudes, elaborada para este fim. Os resultados obtidos através das Estatísticas Kruskal-Wallis, U de Mann-Withney e Coeficiente de Correlação de Postos de Spearmann mostraram que existe diferença significante entre os grupos masculinos quanto a lembrança espontânea e grau de consumo e entre o grupo feminino e masculino, quanto à lembrança induzida. Não se observou correlação significante entre grau de atividade física e as variáveis citadas anteriormente. Estes resultados demonstram que os homens praticantes são os que mais se lembram espontaneamente de atividade física; as mulheres são mais precisas na sua lembrança da atividade física dos comerciais; os homens praticantes são mais consumidores que os não praticantes; há uma tendência do grau de atividade física se relacionar com o grau de consumo. Pode-se concluir que, embora a publicidade com a atividade física tenha efeitos sobre as pessoas, este não é absoluto, pois, se por um lado os homens praticantes são os que tendem mais a se lembrar desta publicidade e a ter um comportamento mais consumidor, por outro, são as mulheres não praticantes que mais tendem a isto, denotando que a publicidade não atinge a todos da mesma forma.

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