Resumo
Esta dissertação teve por objetivo investigar se a prática desportiva do hipismo é capaz de ser utilizada como uma ferramenta educacional no desenvolvimento de competências afetivas, além de comparar essas percepções por grupo, sexo e tempo de prática. Para tanto foram avaliados 1.260 voluntários subdivididos em três universos distintos (participantes de hípicas militares, civis nacionais e internacionais), oriundos de 67 diferentes países. Utilizou-se como base para este estudo uma seleção de aptidões definidas e trabalhadas pelo Exército Brasileiro desde a década de 1970, a qual visa a avaliar características demonstradas e observadas em seus militares. Por intermédio de um questionário adaptado, distribuído por link digital como 42 competências, foi possível avaliar a percepção que os participantes têm com relação ao quanto a prática do hipismo possibilita o desenvolvimento de competências afetivas, amparadas na fundamentação das Teorias Educacionais de Benjamin Bloom, correlacionando esses conceitos com os dados obtidos na pesquisa de campo. Para análise dos dados utilizou-se dois softwares estatísticos (SPSS- IBM 22.0 e FACTOR 10.10.03). Os resultados demonstraram que o hipismo é percebido com grande capacidade de desenvolvimento de competências pela comunidade hípica mundial e que, os indivíduos com mais tempo de vivência em hípicas apresentaram maiores valores nos adjetivos utilizados para avaliação das competências do esporte. Outro resultado foi a fatorialidade do instrumento, antes unifatorial, utilizado pelo Exército Brasileiro, em duas dimensões distintas, sendo uma mais pessoal (intrapessoal) e outra relacionada ao comportamento com o outro (interpessoal), sendo assim, um instrumento de pesquisa capaz de avaliar estas duas possibilidades de percepção. Pode-se concluir que o hipismo é avaliado com uma excelente ferramenta educacional de desenvolvimento emocional.
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