Resumo

Este estudo caracterizado como ensaio clínico investigou a relação entre a
redução de sintomas psicossomáticos da depressão e a prática regular de
exercícios físicos aeróbios em mulheres com idade média de ± 43,66 anos,
atendidas pelo SUS através do Programa de Residência Médica em
Psiquiatria, do Hospital Universitário Regional de Maringá, Paraná. O design
expe r iment a l t eve du ra ç ão de 1 2 s emana s, e como amos t ra fo ram
selecionadas 18 pacientes aleatorizadas em dois grupos (experimental e
controle), sendo que o grupo experimental foi submetido a 02 sessões
semanais de exercícios físicos, com base na hidroginástica. O parâmetro
de medida em ambos os grupos foi a Escala de Hamilton para Depressão
e como procedimento estatístico foi utilizado o teste Wilcoxon para
a m o s t ra s d ep e n d e n t e s. O s re s u l t a d o s re ve l a ra m u m a re d u ç ã o
estatisticamente significativa nos sintomas de depressão nas mulheres
aderentes (experimental) ao programa de exercícios físicos regulares (32,66
± 3,12 para 24,88 ± 2,13 pontos (p = 0,007) em relação ao grupo de
controle, mulheres medicadas apenas com antidepressivos (31,11 ± 3,51
para 30,22 ± 3,04 pontos (p = 0,059). Embora não tenha havido redução
do estado patológico da doença para o nível normal nas mulheres que
compuseram a grupo experimental, houve modificação do quadro de
depressão moderada para leve do grupo praticante do programa de
exercícios físicos regulares em relação ao grupo controle. Pode-se concluir
que existem evidências que o exercício físico regular é um auxiliar terapêutico
e fe t ivo n o t rat a m e n t o d a d ep re s s ã o n e s t e p e r fi l d e p o p u l a ç ã o,
hipoteticamente, pelos benefícios psicológicos, a sensação de bem-estar,
melhora do auto-conceito e nos parâmetros antropométricos devido às
adaptações metabólicas provocadas pelo exercício físico regular.

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