Resumo

Este estudo teve como objetivos: (1) comparar a potência muscular de membros inferiores (MMII) entre idosas obesas e não obesas e (2) correlacionar a massa livre de gordura (MLG) com a potência muscular de MMII de idosas fisicamente ativas. Metodologia: A amostra foi composta por 32 idosas fisicamente ativas. A estatura e a massa corporal (MC) foram obtidas por meio de balança digital com estadiômetro acoplado. A presença de obesidade foi avaliada pelo Índice de Massa Corporal (IMC) ≥ 30 kg/m². Para obtenção da MLG utilizou-se o método de impedância bioelétrica. Para mensurar a potência muscular dos MMII utilizou-se a plataforma de força (EMG, System do Brasil®), na qual foi realizado o teste de salto Counter Movement Jump (CMJ). Utilizou-se o teste de Mann Whitney para a comparação entre grupos. Foram utilizadas as correlações de Pearson ou Spearman. Resultados e Discussão: Como esperado, a MC (p<0,0000), o IMC (p<0,0000) e a MLG (p<0,010) foram significativamente maiores nas idosas obesas comparadas às não obesas. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas na potência absoluta (p=0,45), potência relativa à MC (P=0,08) e potência relativa à MLG (p=0,97) entre idosas obesas e não obesas. Verificou-se correlação positiva e significante entre a potência absoluta de MMII e a MLG considerando o total da amostra (r=0,76, p<0,001), sendo que a variação da MLG explicou 58% da variação da potência absoluta de MMII observada entre as idosas. Conclusão: O presente estudo demonstrou que a presença da obesidade não afetou a potência muscular de MMII em idosas fisicamente ativas.

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