A prestação de contas nas confederações brasileiras esportivas
Por Gustavo Bavaresco (Autor), Geoff Dickson (Autor), Thiago Santos (Autor), Fernando Marinho Mezzadri (Autor).
Resumo
Nos últimos anos as entidades nacionais de administração do esporte brasileiro passam por mudanças de gestão organizacional. Em decorrência a negligência, corrupção e uma má gestão organizacional, estas entidades passaram a ser mais observadas, tanto pela sociedade quanto por órgãos reguladores. A partir da legislação brasileira, existe a obrigação destas entidades serem mais transparentes e a prestarem contas de suas ações, a fim de administrar e produzir o esporte com qualidade para a população e seus atletas. Objetivo: Neste sentido o objetivo deste trabalho foi examinar a prevalência da prestação de contas das entidades nacionais do esporte, em nosso caso específico as Confederações Olímpicas Brasileiras. Método: Foi realizada uma pesquisa longitudinal, no período de 2015 a 2021, excluindo o ano de 2020 devido a pandemia de COVID-19 prejudicar na coleta de dados. A amostra se dá com base em 34 Confederações Olímpicas, sendo a Confederação Brasileira de Futebol excluída da amostra devido ao fato de que esta entidade não recebe recursos públicos. O questionário utilizado possuía 21 questões de prestação de contas, baseado na literatura cientifica e na legislação brasileira, incluindo várias fontes como a Lei Pelé, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), o Código de Boa Governança do Esporte do Reino Unido, a Agenda 2020-IOC e a organização Play the Game com os indicadores do National Sports Governance Observer (NSGO) (Brasil, 1998; Geeraert, 2015; Geeraert et al., 2014).