A prevalência da síndrome de Burnout em atletas universitários
Por Roselane de Almeida Paula (Autor), João Vitor Figueiredo Favacho (Autor), Higson Rodrigues Coelho (Autor), Renêe Caldas Honorato (Autor), Daniel Alvarez Pires (Autor).
Resumo
A síndrome de burnout no esporte é caracterizada pelas dimensões exaustão física e emocional, desvalorização esportiva e reduzido senso de realização esportiva. Atletas universitários podem estar expostos à síndrome pela necessidade de conciliar as funções acadêmicas e esportivas. Os objetivos do presente estudo foram: a) mensurar a prevalência de burnout; e b) verificar o efeito da variável sexo na prevalência de burnout. Participaram do estudo 126 atletas universitários de esportes coletivos (n=77 homens e n=49 mulheres), com idade média de 22,47 ± 3,92 anos. Todos competiram na Superliga Universitária do Pará. Foram utilizados o Questionário de Burnout para Atletas (QBA) e um questionário sociodemográfico. Para a análise de dados foram utilizadas a estatística descritiva e o teste Qui-Quadrado por meio do software JAMOVI, versão 2.2.5. Foi utilizado o teste de contingência V de Cramer para a verificação do tamanho do efeito. O índice de significância adotado foi p < 0,05. Quanto à prevalência de burnout, mais da metade dos atletas universitários (65,0%) não apresentam a síndrome. Porém, menores parcelas apresentam burnout em níveis leves (28,6%), moderados (4,8%) e graves (1,6%). Homens apresentam menor prevalência da síndrome (p<0,05), porém o tamanho de efeito foi pequeno (V de Cramer= 0,251). Embora a maioria dos atletas não apresentem burnout, as menores parcelas que apresentam algum grau da síndrome necessitam de atenção, devido às possíveis consequências negativas para a saúde e o desempenho. Embora o tamanho do efeito tenha sido pequeno, profissionais do esporte universitário devem estar atentos às singularidades psicossociais das mulheres atletas.