Resumo

A síndrome de burnout no esporte é caracterizada pelas dimensões exaustão física e emocional, desvalorização esportiva e reduzido senso de realização esportiva. Atletas universitários podem estar expostos à síndrome pela necessidade de conciliar as funções acadêmicas e esportivas. Os objetivos do presente estudo foram: a) mensurar a prevalência de burnout; e b) verificar o efeito da variável sexo na prevalência de burnout. Participaram do estudo 126 atletas universitários de esportes coletivos (n=77 homens e n=49 mulheres), com idade média de 22,47 ± 3,92 anos. Todos competiram na Superliga Universitária do Pará. Foram utilizados o Questionário de Burnout para Atletas (QBA) e um questionário sociodemográfico. Para a análise de dados foram utilizadas a estatística descritiva e o teste Qui-Quadrado por meio do software JAMOVI, versão 2.2.5. Foi utilizado o teste de contingência V de Cramer para a verificação do tamanho do efeito. O índice de significância adotado foi p < 0,05. Quanto à prevalência de burnout, mais da metade dos atletas universitários (65,0%) não apresentam a síndrome. Porém, menores parcelas apresentam burnout em níveis leves (28,6%), moderados (4,8%) e graves (1,6%). Homens apresentam menor prevalência da síndrome (p<0,05), porém o tamanho de efeito foi pequeno (V de Cramer= 0,251). Embora a maioria dos atletas não apresentem burnout, as menores parcelas que apresentam algum grau da síndrome necessitam de atenção, devido às possíveis consequências negativas para a saúde e o desempenho. Embora o tamanho do efeito tenha sido pequeno, profissionais do esporte universitário devem estar atentos às singularidades psicossociais das mulheres atletas.

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