Resumo

O sono resulta de um conjunto de comportamentos neurais e é indispensável para a manutenção da saúde e bem-estar. Durante o sono o organismo recupera substratos energéticos e restaura funções fisiológicas. Contudo, sua privação deprime tais funções e associa-se com um menor desempenho físico-motor a depender de sua extensão. Porém, pouco é conhecido acerca da relação entre a privação parcial de sono e esforços cíclicos progressivos. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo é analisar a influência da privação parcial e aguda de sono sobre o desempenho aeróbio e frequência cardíaca máxima. Dez homens fisicamente ativos e aparentemente saudáveis (24±1,70 anos, 177,2±6,49 cm 23,62±10,62 kg/m²) foram submetidos a dois testes incrementais em esteira rolante. A intensidade do teste foi progressiva com taxa de incremento de 1 km/h por minuto até a desistência individual. Os testes foram aplicados em duas condições: sem (controle - C) e com (experimental - E) privação do sono habitual. As variáveis de desempenho aeróbio velocidade final (p = 0,535) e tempo total de esforço (p =0,568) foram semelhantes entre as condições (p>0,05), tal como a frequência cardíaca máxima ao final do teste (p=0,524). Os achados sugerem que a privação parcial de sono habitual não altera, agudamente e subsequentemente, o desempenho aeróbio e a resposta cardiovascular máxima de adultos fisicamente ativos.