A privação parcial de sono afeta o desempenho aeróbio de adultos fisicamente ativos?
Por Gilberto José de Oliveira Junior (Autor), Eduardo Diogo da Silva Santana (Autor), Cleisson Barros Damasceno (Autor), Leonardo da Costa Pereira (Autor), André Sousa da Silva (Autor).
Em 13º Congresso Internacional do Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região CONCREF
Resumo
O sono resulta de um conjunto de comportamentos neurais e é indispensável para a manutenção da saúde e bem-estar. Durante o sono o organismo recupera substratos energéticos e restaura funções fisiológicas. Contudo, sua privação deprime tais funções e associa-se com um menor desempenho físico-motor a depender de sua extensão. Porém, pouco é conhecido acerca da relação entre a privação parcial de sono e esforços cíclicos progressivos. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo é analisar a influência da privação parcial e aguda de sono sobre o desempenho aeróbio e frequência cardíaca máxima. Dez homens fisicamente ativos e aparentemente saudáveis (24±1,70 anos, 177,2±6,49 cm 23,62±10,62 kg/m²) foram submetidos a dois testes incrementais em esteira rolante. A intensidade do teste foi progressiva com taxa de incremento de 1 km/h por minuto até a desistência individual. Os testes foram aplicados em duas condições: sem (controle - C) e com (experimental - E) privação do sono habitual. As variáveis de desempenho aeróbio velocidade final (p = 0,535) e tempo total de esforço (p =0,568) foram semelhantes entre as condições (p>0,05), tal como a frequência cardíaca máxima ao final do teste (p=0,524). Os achados sugerem que a privação parcial de sono habitual não altera, agudamente e subsequentemente, o desempenho aeróbio e a resposta cardiovascular máxima de adultos fisicamente ativos.